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Fases Históricas Da Educação Especial

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Por:   •  24/10/2013  •  1.137 Palavras (5 Páginas)  •  761 Visualizações

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FASE DA NEGLIGÊNCIA

A antiguidade foi marcada pela fase da Negligência, também conhecida por muitos como fase da exclusão total do contato e da vida social, ou seja, neste momento da história em que as sociedades Greco-romanas valorizavam a beleza e a perfeição, as pessoas que nasciam com qualquer tipo de deficiência certamente não correspondiam a estes padrões e eram abandonadas ou até mesmo mortas, sendo assim podemos entender que eram excluídas da sociedade.

Já na Idade Média (séculos 5 ao 15), em que prevalecia uma visão teocêntrica, a sociedade medieval concebia a deficiência como sendo algo sobrenatural, ou seja, as pessoas que nasciam com qualquer tipo de deficiência eram vistas como seres possuídos pelo demônio, portanto deveriam ser maltratadas e marginalizadas pela sociedade, muitos foram vitimas da inquisição, mas paralelo a isso haviam uma corrente de pessoas que acreditavam que as pessoas com deficiências eram “filhas de Deus” (possuidoras de almas), tidos até mesmo como profetas.

É neste período que as pessoas com deficiências passam a ser acolhidas por instituições de caridades, pois segundo o pensamento desta época deveriam ser acolhidas (ato de caridade) para que buscassem a salvação da sua alma.

FASE DA INSTITUCIONALIZAÇÃO

Segundo Pessotti (1984), esta postura de acolhimento evidência uma visão assistencialista, ou seja, até esse momento não houve nenhuma iniciativa educacional, mas sim assistencial, sendo assim todas as pessoas tidas como diferentes passaram a ser institucionalizadas (por isso denominada Fase da Institucionalização), época que deu origem as Santas Casas de Misericórdia.

E este pensamento permaneceu por um longo período, mesmo com o fim da idade média e inicio da idade moderna, passando pela transição do feudalismo para o capitalismo, as pessoas com deficiência continuaram sendo segregadas em instituições.

Com o marco histórico das ciências expresso no Renascimento, aconteceu uma mudança bem significativa, ou seja, com a evolução da ciências – surge originária dos primeiros avanços da medicina, uma visão organicista, em que a deficiência passa a ser associada a doença, vista por muitos como contagiosa, uma ameaça para a sociedade, portanto as pessoas vítimas da deficiência deveriam ser isoladas e tratadas, em geral em hospitais psiquiátricos e ou manicômios.

Segundo Amiralian (1986) é neste período em que observasse o equivoco entre deficiência mental e doentes mentais.

FASE DA CRIAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS (conhecida por muitos como fase da integração)

Apenas a partir do século 19 a sociedade científica começa a interessar-se pelos estudos referentes à deficiência mental, superando a visão de deficiência como sobrenatural ou doença e começam a entender a necessidade de estudo e união das diferentes áreas do conhecimento (psicologia, médica, social e assistencial) a fim de favorecer a integração e o desenvolvimento destas pessoas.

No inicio do século 20, no cenário norte americano surge os primeiros pensamentos voltados para o educacional, ou seja, é o momento em que surgem as classes especiais nas escolas públicas possibilitando a educação das pessoas com deficiências.

(notem como demorou para que a sociedade em geral pudesse compreender que a pessoa com deficiência poderia receber apoio educacional).

Temos registros que somente em 1940 foram registrados os primeiros movimentos da sociedade civil composta por pais e familiares, que segundo Mazzotta (2005) tinha como intuito estimular a criação de uma legislação, capacitação de profissionais e oferta de atendimento em escolas públicas.

Aos poucos os serviços relacionados à educação especial foram se ampliando e no Brasil não foi diferente, passamos pelas mesmas fases só que em momentos diferentes.

No Brasil até 1800 prevaleceram as Fases da Negligência e da Institucionalização, mantendo as mesmas características, ou seja, marcadas pelo abandono e pelo descaso a educação especial.

Mazzotta (2005) - Primeiras iniciativas oficiais e particulares no atendimento à pessoa com necessidades educacionais especiais podemos notar que em pouco mais de um século foram fundados institutos, escolas particulares e instituições que continuam a existir até os dias atuais e são considerados referências nacionais, oferecendo atendimento educacional especializado para as pessoas com necessidades educacionais especiais.

A APAE – Associação de Pais e Amigos do Excepcional embora não atenda o modelo ideal almejado na fase atual, representa uma grande conquista tendo hoje mais de 1000 associações espalhadas por todo o Brasil, podemos perceber que muitas ainda mantém um teor segregacionista e assistencialista, outras vêem se reestruturando, mas podemos afirmar que sem sombras de dúvidas que todas elas tem o seu valor, pois representou uma conquista muito importante para os pais, familiares e pessoas

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