Formação docente de professores de matematica
Por: nessagotic • 29/9/2015 • Resenha • 936 Palavras (4 Páginas) • 225 Visualizações
O presente estudo é resultado de uma pesquisa desenvolvida em um curso de licenciatura em matemática de uma universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul. Tal pesquisa tem o intuito de analisar as contribuições (ou não) de um curso de Licenciatura em matemática para a (re)organização dos saberes que transformam um acadêmico em professor? Entendemos que promover um movimento de reflexão nesse sentido, torna significativo, tendo em vista que, por meio do processo de formação inicial e continuada, o professor constrói e reconstrói conhecimentos que, articulados com sua prática cotidiana, poderá gerar saberes que o nortearão, em sua tarefa primordial, o processo de ensino, e de aprendizagem de matemática. Para tanto elencamos como objetivos; 1- Investigar a proposta de formação presente na licenciatura em matemática com relação aos conhecimentos necessário a prática docente. 2- Investigar e analisar concepções de alunos e egressos da UEMS quanto aos conhecimentos propostos pelo curso enquanto subsídios para a sua prática docente e os desafios da sala de aula. 3- Compreender limites e possibilidades do “modelo” de formação proposto no que tange ao exercício da docência.
Entendemos que compreender a formação de professores de matemática tem se mostrado um desafio para os educadores devido a sua complexidade, por outro viés, não se pode exigir do aluno ou das escolas de educação básica um ensino de qualidade sem que os professores estejam preparados para exercerem sua função de maneira eficaz. Tal fato nos remete a compreensão de como se dá a preparação do professor de matemática, enquanto pessoa (produzir a vida do professor), profissional (produzir a profissão docente) e organizacional (produzir a escola).
Ressaltamos que nas últimas décadas muitos pesquisadores e instituições voltadas ao ensino tem direcionado suas atenções para esta questão. Um exemplo é a constituição da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), a qual congrega pesquisadores de programas de pós-graduação em educação e em educação matemática, entre outros membros, que dedica-se entre outros, a investigar a formação e o desenvolvimento do profissional que ensina matemática em todos os níveis de ensino.
Ainda com relação a formação para a docência, destacamos os estudos de Manrique (2009), que aponta que no ano de 2005 existia no Brasil 457 cursos de matemática, enquanto em 2006 esse número já havia sido elevado para 567, um aumento de quase 25%. Embora significativo este aumento não é suficiente para resolver o problema da falta de professor de matemática. Outra pesquisa intimidadora segundo o MEC/INEP (2009), mostra que dos 134.000 formados em matemática apenas 43.000 estavam em sala de aula (apud LIBÂNEO, 2011, p. 82).
Desta forma, ampliar sob a temática “formação de professores”, faz-se necessário, pois a referida área é um dos campos de educação básica onde há uma grande carência de professores como vimos na pesquisa acima. Outro fator diz respeito, aos estudantes brasileiros, que tem revelado um baixo desempenho em avaliações nacionais e internacionais.
Embora o aumento de cursos na área de licenciatura em matemática seja um fator importante para amenizar a falta de professores desta disciplina, o fato não pode ser confundido com a melhoria da qualidade da educação matemática brasileira, sendo necessário ainda que os cursos de formação inicial possam garantir a seus egressos uma formação condizente com as necessidades atuais do educando, e construam competências necessárias a atuação docente na contemporaneidade, dentre outra a de atender um novo desenho educacional, onde, conforme assegura as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM).
A perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de uma formação continuada, considerando
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