Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II
Por: antoniete • 11/9/2015 • Trabalho acadêmico • 2.760 Palavras (12 Páginas) • 200 Visualizações
[pic 1] Anhanguera Educacional
Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II
Andreza Gabrieli Silva Rodrigues RA: 4997003804
Antoniete De Souza Santos 3766728570
Janete Máxima Amâncio 4234723572
Karoline Silva Crema 4200068416
Laila de Lima Leite 4200068424
Maria Aparecida Gravena Passero 4211849128
[pic 2]
São Paulo
2013
[pic 3] Anhanguera Educacional
ATPS – Atividades Práticas Supervisionadas
- Ditadura Militar (Censura no âmbito cultural)
- Música “Cálice” – Gilberto Gil e Chico Buarque
São Paulo
2013
Súmario
Súmario..............................................................................................................01
Introdução..........................................................................................................02
Breve relato da Música “Cálice” (Gilberto Gil e Chico Buarque).....................03
Metáforas...........................................................................................................06
Conclusão...........................................................................................................11
Bibliografia.........................................................................................................12
Anexo..................................................................................................................13
Auto Avaliação....................................................................................................14
01
Introdução
Este Trabalho tem a pretensão de informá-los em relação à opressão no âmbito da cultura no período da ditadura militar, trazendo uma música composta por Gilberto Gil e Chico Buarque – Cálice, que remete toda censura exercida pelo bloco político autoritário. Além de abordar o contexto histórico do período e trazer toda a análise da música, explicitando suas metáforas e analogias.
Esperamos que este singelo trabalho esteja a contento dos leitores e que possa tirar suas respectivas dúvidas e curiosidades, pois o produzimos de uma maneira fácil de ser compreendida, baseando no estudo da letra da música Cálice e no contexto em que a mesma foi composta.
02
- Breve relato da Música “Cálice” (Gilberto Gil e Chico Buarque)
A música cálice foi composta no ano de 1973 por Gilberto Gil e Chico Buarque, teve sua execução proibida durante muitos anos no País, onde só foi lançada em disco no ano de 1978. A mesma foi escrita, com a finalidade de ser apresentada em um festival musical. Ela foi composta em uma Sexta – Feira da paixão, por este motivo a letra traz a comparação da ditadura militar com a paixão de cristo. As estrofes trazem com suas metáforas toda a realidade vivenciada naquele momento pela sociedade brasileira.
O nome dado pelos compositores possui um duplo sentido, Cálice significa o silêncio da população que foi terrivelmente censurada e oprimida, fazendo uma analogia entre a paixão de cristo e sofrimento dos indivíduos alvo do regime autoritário. Quando a música começou a ser cantada no evento, os microfones foram desligados pela gravadora, pois com medo de represarias preferiu não a divulgar, onde só foi publicada em disco depois de 5 anos.
O contexto em que a música foi escrita foi no ano de 1973 em que o Brasil passava pelo “Milagre Econômico”, onde a economia do país cresceu, resultando em empréstimos, investimentos estrangeiros e expansão industrial, Além de resultar no surgimento de grandes obras e também na desigualdade econômica da população.
Neste período da Ditadura Militar o Brasil passava por um momento de grande opressão e censura, onde os cidadãos não tinham liberdade alguma para expressar seus sentimentos e nem se manifestar com ideias opostas as do governo, por este motivo a letra da música Cálice tem intenção disfarçada de protesto.
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03
- Letra da Música
Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil)
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa.
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