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Fundamentos Históricos Serviço Social

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Por:   •  19/11/2013  •  2.340 Palavras (10 Páginas)  •  403 Visualizações

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TEMPORANEIDADE E SERVIÇO SOCIAL: Contribuição para

Interpretação das

Metamorfoses Societárias

Ana Carolina Santini B. de Abreo

Assistente Social, PROF DO Depto de Serviço Social da UEL , doutora em Ciências

da Comunicação-USP.Coordenadora da Pesquisa.

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo promover debates pertinentes as transformações que

vem ocorrendo: no mercado mundial, na globalização, no avanço do neoliberalismo

procurando encontrar algumas hipóteses explicativas dos fenômenos da pósmodernidade

que mudaram o espaço ocupacional do Serviço Social e as demandas a

profissão

Palavras-chaves: globalização, neoliberalismo, novas tecnologias,novas demandas

profissionais

No limiar do 2000, é importante que o Serviço Social como profissão, reconheça as

profundas alterações que estão acontecendo na América Latina e no mundo.

Esta leitura deve realizar-se através de uma visão macroscópica, que estude com um

enfoque interdisciplinar o mundo contemporâneo considerando as dimensões

econômicas, sociais, culturais e políticas para analisar e delinear as principais

categorias explicativas que permitam proceder ao estudo das mudanças que se

produziram em todos os países do planeta. O Brasil, é profundamente atingido pelas

transformações originadas pela globalização dos mercados e o avanço do

Neoliberalismo. Na atualidade, o país vive um momento de redefinição, porque os

rearranjos políticos internacionais aprofundaram ainda mais as diferenças, por um lado

a concentração da riqueza e por outro o empobrecimento da população, afetando

principalmente o mundo do trabalho, altos índices de desemprego e novos modelos de

organização e estruturação, causando a flexibilidade e a precariedade nos vínculos de

trabalho. Reduzindo cada vez mais as responsabilidades do Estado sobre a

seguridade social e os direitos sociais da população. Estas transformações societárias

vem implicando, não só a emergência de novas demandas para o Serviço Social,

como na necessidade premente de redimensionar a formação profissional a partir de

procedimentos investigativos* que tomem como objeto as mudanças do espaço

ocupacional do Assistente Social. O estudo desta temática , é importante para o

Serviço Social, pois vem proporcionar uma análise das mudanças impostas pelas

novas tendências da sociedade contemporânea e seu rebatimento na prática do

Serviço Social.

1. As questões contemporâneas

Alertamos aos Assistentes Sociais para esta discussão contemporânea,

principalmente para aqueles que ainda não estão conscientes do que está

acontecendo no mundo e principalmente em América Latina. Neste debate

encontramos duas posturas: os apocalípticos , que acreditam que no final deste

século, a economia de mercado internacionalizado trará enormes prejuízos para os

trabalhadores, pois a crises que abala as bolsas é uma recente manifestação de um

processo em que o poder dos governos, o papel das empresas e o destino dos

empregos e as culturas nacionais são transformados pela integração econômica e

tecnológica.

Para Viviane Forrestier (1997), no atual modelo econômico que se instala no mundo

sob o signo da cibernética, da automatização, das tecnologias revolucionárias-, o

trabalhador é supérfluo e está condenado a passar da exclusão social a eliminação.

Na era da mundializacão, do liberalismo absoluto, na era da globalização e a

virtualidade, o trabalho é considerado como conjunto de empregos e assalariados, é

um conceito obsoleto, um parasita sem utilidade, é a falta de humanidade de um

sistema que lucra a partir da vergonha e a humilhação de milhes de desempregados

por todo o mundo .

No atual modelo econômico que se instala no mundo sob o signo da cibernética, da

automatização, das tecnologías revolucionárias-, o trabalhador é supérfluo e está

condenado a passar da exclusão social a eliminação total.

Mas em contraposição ao “Horror econômico”, Robert Kurtz manifesta outra visão: de

que o capitalismo começa a libertar o homem do sofrimento do trabalho. O que deve

diferenciar-se, é que o escasso ” tempo livre” é hoje um mero prolongamento do

“trabalho” por outros meios como prova a industria da diversão. Na atualidade, a lógica

do “trabalho”, apoderou-se das esferas cindidas e insinuo-se na cultura, no esporte até

mesmo na intimidade.

Da mesma forma o desenvolvimento das forças produtivas cientificadas leva ao

absurdo a priorização do trabalho. O principio positivo do sofrimento não pode mais

sustentar-se,

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