Fundamentos Volei

HABILIDADES ENVOLVIDAS NO VOLEIBOL

Segundo Garganta(1997), o voleibol caracteriza-se como uma modalidade desportiva que exige uma intensa ação motora, ou seja, o atleta deve ter uma grande capacidade de executar os movimentos técnicos e as combinações táticas ao longo de uma partida, mantendo um ritmo de movimento e suportando um grande volume de carga competitiva.

As habilidades naturais como andar, correr, saltar e rebater deve ser fortalecido por meio de métodos atraentes e facilitadores, utilizando objetos de diferentes tamanhos, pesos e formas para estimular a criança a rebatê-los com todas as partes do corpo, nos diferentes níveis de postura e para distancias e direções variadas.

Andar e correr têm de ser incluídos no aquecimento, com a maior variação possível. Os deslocamentos realizados de maneira diversificada desenvolvem o equilíbrio, que se distribui de modo diferente pelas articulações, conforme as direções tomadas. Dentro de formas e distância variadas devem ser incluídas paradas bruscas, a alternância dos níveis de postura e mudanças rápidas de direção, criando situações de equilíbrio estático, dinâmico e recuperado (Bizzocchi, 2004).

Saltar está relacionado a várias situações do jogo de voleibol executando várias formas de salto durante todo o jogo. São saltos para frente e para o alto em um ataque de fundo, saltos de correção para atacar uma bola mal levantada, saltos em projeção lateral para alcançar a bola longe do bloqueador, saltos variados de acordo com algumas jogadas de ataque ou saltos que partem de nível baixo de postura (defesa com mergulho ou rolamento), além de outros. Sendo assim, é importante para a criança saltar distancias variadas, que lhe permitam controlar o equilíbrio a fim de evitar contusões ou quedas. (Bizzocchi, 2004).

A habilidade de rebater, em que o executante mantém controle constante do objeto manipulado, geralmente junto ao próprio corpo que deve enviá-laà determinado local, dependendo do momento do jogo. (Bizzocchi, 2004).

As vantagens da prática deste esporte pela criança podem ser distinguidas no plano físico, intelectual ou cognitivo e moral ou afetivo (Cassignol, 1978; Sinfer& Dick, 1980). Sobre o plano da psicomotricidade, o vôlei desenvolve a destreza, a coordenação, a capacidade de reação, a velocidade e o domínio sobre si mesmo. Neste plano os comportamentos podem ser caracterizados pelo verbo fazer. O aspecto intelectual ou cognitivo abrange as habilidades intelectuais do aluno, assim como seu conhecimento e sua capacidade de demonstrar esse conhecimento. E no plano moral, desenvolve o espírito de apoio, de ajuda e facilita a interação social progressiva (Cassignol, 1978). No aspecto afetivo deve-se estar atento a basicamente a 12 características, tais como: agressividade, tensão, medo, determinação, desatenção, atenção, nervosismo, tranqüilidade, falta de confiança, segurança, alegria, e motivação, as quais podem ser separadas em itens facilitadores positivos ou negativos e itens inibidores positivos e negativos (Robazzaet al., 2000).

Em qualquer estágio é preciso progredir aos poucos, proporcionando a vivência de todas as habilidades envolvidas no voleibol, através e jogos recreativos e lúdicos.

O PROCESSO METODOLÓGICO E PEDAGÓGICO DO VOLEI

Mertens&Musch apud Oliveira & Paes (2004) apresentam uma proposta para o ensino dos jogos coletivos, tomando como referência a idéia do jogo, no qual as situações de exercícios da técnica aparecem claramente nas situações táticas, simplificando o jogo formal para jogos reduzidos e relacionando situações de jogo com o jogo propriamente dito.

Após a habilidade do deslocamento já estar desenvolvida o primeiro fundamento com a bola é o toque por cima oferecendo maior possibilidade de variações de exercícios e tarefas permitindo a fixação da aprendizagem. A manchete é ensinada logo após o toque, aproveitando-se a mesma posição básica para realizar as movimentações específicas e chegar às bolas enviadas distantes do corpo.

Com todos os elementos anteriores bem assimilados e uma vivência motora específica mais consistente, chega-se ao saque por baixo, logo após a cortada que é uma forma mais eficaz de alcançar o objetivo, que é colocar a bola no solo adversário.

O bloqueio deve ser ensinado depois da cortada assim que o aluno tiver adquirido um equilíbrio adequado no final dos movimentos, logo após o saque tipo tênis pode ser introduzido na aprendizagem.

A velocidade da bola exige que se