Gentileza Ou Assédio: Conflito gênero E Raça Na Relação De Trabalho

1 INTRODUÇÃO

Soraia Damasceno vivenciou um conflito bastante comum, para não dizer corriqueiro, no ambiente de trabalho. Não me refiro a esta situação especificamente, mas ao assedio moral em si e as causas que o levaram a existir. De mão de tantas informações é possível explorar esse conflito de todos os ângulos possíveis com o auxílio dos temas abordados e identificados nesta situação e que nos leva a refletir quanto às possíveis causas que originaram o conflito, proporcionando-nos analisá-lo de diferentes pontos de vista.

O objetivo é observar e analisar a postura dos envolvidos, suas diferentes formas de agir, reagir e lidar com os problemas e conflitos, principalmente, nos casos em que os próprios líderes estão incluídos. Uma coisa é gerenciar a situação de fora imparcialmente, outra bem diferente, é estar envolvido e ter de conduzi-la de maneira ética e profissional, procurando minimizar os transtornos causados às partes e ao clima organizacional.

Esses fatores podem ser irrelevantes, a exemplo dos problemas com as estruturas físicas da organização, ou eles podem ter dimensões gigantescas chegando desestabilizar uma equipe inteira, interferindo no seu rendimento, no convívio, nos relacionamentos interpessoais e principalmente na qualidade do serviço.

2 DESENVOLVIMENTO

João Paulo chefe titular da área de orçamentos de finanças e contadoria do departamento de projetos do ministério de políticos estratégicos, é informado pelo médico que o problema da sua saúde exige uma intervenção cirúrgica com um pós-operatório demorado. João Paulo tinha urgência para cuidar da saúde, mas também havia uma grande preocupação em se afastar da empresa, pois seu setor estava se modernizando com a instalação recentemente de uma nova base de dados, sua preocupação maior seria sobre os relatórios emitidos mensalmente, os quais não poderiam atrasar, pois deles dependem de outros setores, mas a sua saúde, porém estava em jogo, como a equipe que chefiava, era em entrosado então a sua preocupação não foi tanta.

Soraia servidora graduada e concurso de especialização em perícia judicial de cálculo trabalhista, diferenciais que lhe possibilitaram ocupar o cargo de chefe substituto, e ela já tinha demonstrado em outras oportunidades, competência técnica e capacidade de gerar eventuais problemas, Soraia assume o desafio de manter em dia as atividades do setor, principalmente os relatórios de fechamento do mês-tarefa não muito fácil, em decorrência da maior lentidão na produção do setor após a troca da base de dados, o que nessa fase de adaptação vem suscitando dúvidas operacionais e alguns problemas técnicos de configuração.

Carlos Eduardo é considerado o “Promotor” da área de orçamentos, informalmente eleito para organizar os eventos sociais internos e externos de setor, ele é o mais recente integrante da equipe e também o mais expansivo e brincalhão, tem por hábitos contar piadas e apelidar os colegas, apelidou Soraia de “mulata exportação”.

Soraia convoca uma reunião com o setor e expõe a necessidade de ampliar as horas de trabalha, com possibilidade de fazer um rodízio entre os servidores para agilizar o termino dos relatórios. Carlos Eduardo que utiliza as ferramentas de informática com desenvoltura se disponibiliza para ficar com Soraia após o expediente a fim de concluir os trabalhos do mês, evitando assim o rodízio dos demais. Muito atencioso aos comentários da chefa sobre seus gostos, Carlos Eduardo passa a trazer doces e lanches começam a assediar Soraia e chega ao extremo de beija-la a força e prende-a em seus braços, Soraia ocultou toda aquela situação, Carlos Eduardo passa a difama-la na empresa para seus colegas de setor

e até mesmo de outros setores. Soraia não estava mais sendo