Gestor De Recursos Humanos
Trabalho Escolar: Gestor De Recursos Humanos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lufsantiago • 11/4/2013 • 1.884 Palavras (8 Páginas) • 1.006 Visualizações
GESTOR DE RECURSOS HUMANOS
Natureza do Trabalho
A principal função dos gestores de recursos humanos consiste em promover a eficiência e a eficácia dos trabalhadores de uma dada organização, para que esta consiga atingir os seus objetivos da melhor forma possível. Para isso, planejam, dirigem e coordenam atividades que visam proporcionar aos trabalhadores condições que contribuam para a sua realização profissional e satisfação pessoal, de modo que tenham uma atitude perante o trabalho mais empenhada e motivada. A atividade destes profissionais baseia-se, assim, em conciliar os interesses da organização com os interesses de quem nela trabalha.
Embora as suas tarefas variem consideravelmente de organização para organização, as suas áreas de trabalho mais comuns são as seguintes:
Recrutamento e seleção, no âmbito da qual são responsáveis pela efetivação de novas pessoas à organização. As tarefas desta área podem incluir preparação de anúncios de emprego, seleção e análise de currículos, aplicação de testes (psicotécnicos, de personalidade, de conhecimentos, etc.), realização de entrevistas e obtenção de referências sobre os candidatos junto das suas ex-entidades empregadoras. Antes de iniciarem este processo, os gestores de recursos humanos necessitam de conhecer o mercado de trabalho e os requisitos do cargo a ocupar, de modo a saberem qual o candidato que reúne as características e as qualificações mais adequadas para ocupá-lo. Além disso, devem ter um conhecimento global da estrutura e do funcionamento da organização para poderem negociar com o candidato as condições que esta tem para oferecer (ordenado, benefícios sociais, oportunidades de evolução na carreira, formação, etc.). Nesta área, é também da sua responsabilidade acompanhar o processo de acolhimento e integração do candidato na organização.
Formação e desenvolvimento, área em que são responsáveis por conceber ações de formação a realizar junto dos trabalhadores, com o objetivo de lhes transmitir novos conhecimentos, desenvolver as suas capacidades e modificar as suas atitudes perante o trabalho. Para programar estas ações, os gestores de recursos humanos fazem um levantamento prévio das necessidades de formação existentes na organização, determinando quais os requisitos que cada cargo exige (capacidades técnicas, conhecimentos teóricos, características pessoais, etc.) e avaliando se a pessoa que o ocupa no momento reúne esses requisitos. Uma vez diagnosticadas estas necessidades, elaboram um programa de formação e reúnem as condições necessárias para a sua execução (formadores, instalações, material didático, etc.). Este processo termina com a avaliação dos resultados, através da qual averiguam se houve (ou não) benefícios decorrentes das ações de formação ministradas, isto é, se houve um aumento da produtividade e da eficiência, se a qualidade dos produtos e/ou dos serviços melhorou, se o número de acidentes de trabalho diminuiu, etc.
Contexto da política salarial, cabe a estes gestores estabelecer e manter um sistema apropriado de remunerações, de modo a que, por um lado, cada trabalhador seja remunerado de acordo com a importância do cargo que ocupa e que, por outro, seja recompensado adequadamente pelo seu desempenho profissional. Para tal, analisam e classificam cada cargo existente na organização (atendendo, por exemplo, às aptidões e conhecimentos exigidos, ao esforço físico necessário, às responsabilidades envolvidas ou às condições de trabalho impostas) e avaliam o desempenho do seu ocupante (tendo em conta o volume e a qualidade do seu trabalho, a capacidade de resolver problemas, o índice e etc.). Esta área pode incluir também a criação e a manutenção de um sistema de benefícios sociais, o qual, além de complementar a retribuição mensal, contribui para melhorar a imagem das organizações junto dos seus trabalhadores e, consequentemente, aumentar a produtividade em geral. Seguros de vida e de acidentes pessoais, assistência médico-hospitalar, refeitório no local de trabalho, colónias de férias ou estacionamento privativo são alguns exemplos dos muitos benefícios sociais que as organizações podem conceder aos seus trabalhadores.
Segurança, higiene e saúde no trabalho. Nesta área, é seu dever elaborar programas que protejam a integridade física e mental dos trabalhadores, preservando-os de riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Estes programas servem também para prevenir acidentes, pois visam eliminar condições que põem em causa a segurança no ambiente de trabalho, fazer cumprir normas e procedimentos de prevenção e hábitos de trabalho seguros e previdentes. A avaliação contínua das condições de trabalho dos empregados (ruído, iluminação, condições atmosféricas, etc.), a imposição de exames médicos anuais e a criação de um sistema de vigilância na empresa são algumas das responsabilidades que se incluem nesta área.
Planeamento de recursos humanos, estes gestores avaliam as necessidades futuras da organização relativamente aos seus recursos humanos, ou seja, determinam o número e o tipo de pessoas que a organização precisará para atingir os seus objetivos, dentro de determinado período de tempo. É através do planeamento de recursos humanos que a organização sabe quantas pessoas são necessárias recrutar, formar, reciclar, transferir ou dispensar.
As funções que estes profissionais podem desempenhar são, assim, bastante diversificadas: elaborar estatísticas, analisar e descrever cargos, aplicar e interpretar testes psicológicos, interpretar leis do trabalho, conduzir entrevistas, motivar pessoas, avaliar desempenhos, etc. Todavia, os gestores de recursos humanos podem não exercer todas estas atividades, designadamente quando, trabalhando numa grande empresa, desempenham funções apenas numa das áreas de atuação da sua profissão ou somente num dos setores da organização.
Estes profissionais devem reunir determinadas características pessoais, entre as quais se destaca o gosto em trabalhar com muitas e diferentes pessoas: colegas, chefias, trabalhadores, formadores, advogados, sindicalistas, etc. As suas funções impõem também excelentes capacidades de comunicação e de relacionamento: devem falar e escrever corretamente e devem ser pessoas receptivas, prudentes, compreensivas, persuasivas, com forte sentido de justiça e capazes de transmitir uma imagem de confiança e de diálogo. Além disso, devem ser emocionalmente estáveis e capazes de resolver e lidar com situações delicadas, bem como devem ser resistentes à pressão diária que as suas funções impõem, pois o seu quotidiano
...