Gestão Em Saúde

Para fazer esta avaliação, você deverá ler um trecho do artigo do professor Paulo Buss, Promoção da saúde e qualidade de vida, publicado na revista Ciência e Saúde Coletiva, 2000, vol. 5, no. 1, pp. 163-177. Esse trecho está disponível naBiblioteca desta Unidade, na grade ao lado.

Nesse artigo, o autor destaca a necessidade de elaboração de uma nova concepção de saúde que permita operacionalizar novas políticas e práticas sociais orientadas para a promoção da saúde e da qualidade de vida.

Leia o texto e, utilizando os conceitos apresentados neste módulo, responda às seguintes questões:

1 - Que níveis de organização da vida e de expressão do processo saúde-doença-cuidado receberam maior destaque no texto?

2 - Qual a concepção de saúde proposta no texto?

3 - Em que esta concepção amplia as discutidas anteriormente?

4 - De que modo essas questões estão relacionadas com a sua prática de trabalho em saúde, considerando questões como resolutividade, financiamento, cidadania e direito à saúde?

Resposta:

1. Em destaque foram observados o nível grupo social/coletivo onde o processo saúde doença possui uma expressão populacional em abrangência às ações ambientais da saúde pública, bem como o nível sociedade numa nova distribuição de deveres e direitos entre o estado e a sociedade, entre individual e coletivo, entre o público e o privado.

2. O texto aborda uma concepção de saúde, não sendo simplesmente um estado de ausência da doença, mas sim, associa o bem estar e a qualidade de vida, deixando de ser um estado estático, passando a ser compreendida como um estado dinâmico, visando aumentar as chances de saúde e de vida.

A mesma ainda estabelece seu compromisso com o interesse público e com o bem comum, numa perspectiva de reforma do estado, sendo possível suerar a idéia de políticas públicas como iniciativa exclusiva ou monopolítica do espelho estatal.

3. Comparando com a concepção saúde já estudada com a atual, observamos que o conceito atual amplia as chances de saúde e de vida através das políticas públicas saudáveis, proporcionando saúde e evitando doenças, isso tudo através das ações intersetoriais e a participação comunitária.

4. Quanto a minha prática, observo que não há uma relação direta com esse novo conceito, uma vez que, não há compromisso político em situar a saúde no topo da agenda pública e promove-la de setor de administração a critério de governo. Além disso, há uma dificuldade de desenvolver atividades intersetoriais, onde nem sempre existe um interesse técnico em enfatizar os fatores determinantes do processo saúde doença, existindo muitas vezes uma competitividade de poder e interesse o que impossibilita a existência de uma gestão social integrada e um mecanismo operacional funcional. Isso tudo dificulta utilização dos princípios do SUS em proporcionar saúde à população na sua integralidade das ações.