Globalização: Estado e identidade nacional brasileira
Por: AilaRibeiro • 14/6/2018 • Resenha • 451 Palavras (2 Páginas) • 272 Visualizações
Com a globalização o papel do Estado-nação está sendo mudado. Não se sabe ainda qual será seu real papel ou o que será feito do Estado-nação. Viemos observando profundas transformações na economia mundial que atinge de formas rápidas de existência dos estados, pelas relações entre eles, e o cotidiano dos indivíduos. Ressaltamos com isso o quanto o capitalismo globalizado pode desestabilizar a economia mundial. Tomamos a globalização como resultado de mudanças, e sendo nova forma de evolução capitalista e não apenas uma outra fase da internacionalização. A prioridade do Estado era o bem-estar. Nas últimas décadas, a prioridade modificou-se, no sentido de adaptar as economias nacionais às exigências da economia mundial, e o Estado tem se tornado meramente uma ponte entre a economia mundial e a economia nacional, através da qual os grandes partes transnacionais são os beneficiados.
Como o papel do Estado-nação está sendo redefinido e já não se consegue sustentar uma concepção de identidade nacional, pois as barreiras culturais modificam-se, dando lugar a outras culturas que invadem nosso país rapidamente, através de uma suposta "cultura de massa", e as tradições e costumes são deixadas de lado. Quando se discute identidade nacional, põe-se em discussão a nacionalidade e o nacionalismo. Além de interrogar se a globalização tem seu efeito ou deixa suas marcas na identidade de uma nação, de um povo e suas consequências. Ou seja, ao mesmo tempo em que se percebe o avanço da globalização, verifica-se que os Estados periféricos perdem poder, e os economicamente mais avantajados asseguram para si esses espaços. Nesse contexto mundial globalizado, as direções das atividades econômicas passam para as mãos dos países do primeiro mundo. Até mesmo nos países desenvolvidos as pessoas começam a ficar preocupadas com a manutenção de seus empregos e de seus filhos, desconfiadas com o futuro do novo sistema. Isso faz com que elas, fiquem inseguras, procurem a salvação política através do confinamento e segregação. Portanto, os países em desenvolvimento estão cada vez mais se distanciando dos desenvolvidos, em razão do agravamento das diferenças decorrentes do mercado, dos ativos produtivos e da educação, dificultando a diminuição da pobreza.
Portanto, identidade nacional é tudo aquilo que distingue um povo de outro, que pode ter suas experiências, seus traumas, seu idioma, suas culturas, enfim, o que dá significado a um povo. Na realidade, do mesmo modo que o processo de globalização em curso não está conduzindo na direção de uma sociedade global regulada, tampouco implica que os Estados-nação estejam sendo superados. Embora cresça a importância e o papel dos novos movimentos, o Estado deve permanecer no seu íntimo da política socioeconômica, ao nível nacional da política continua a ser o centro insubstituível da legitimidade coletiva e dos projetos de sociedade de cada país.
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