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Governança Corporativa

Por:   •  13/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  240 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de análise

Disciplina: Governança Corporativa

Módulo: 4

Aluno: Vanessa Grasieli Ciachi Bueno

Turma: MBA_GCOREAD-24_28052018-2

Tarefa: Atividade individual

1. Narrativa sobre como as estratégias organizacionais devem levar em conta os princípios da governança corporativa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Segundo Block (2017), a governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e monitoradas, envolvendo órgãos reguladores e fiscalizadores, e relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. Seu objetivo é aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.

Segundo Alencastro e Alves (2017), a finalidade da governança corporativa é aumentar o valor mercado da empresa através de gerenciamento, sem comprometer os interesses dos stakeholders.

Ainda por Alencastro e Alves (2017), devido a muitos escândalos ocorridos nos últimos 20 anos a governança corporativa veio para auxiliar na construção da confiança perdida e minimizar conflitos de interesses entre empresa e sociedade, surgindo assim os quatro pilares da governança corporativa.

Segundo IBGC (2018), esses pilares são:

  • Transparência: consiste em disponibilizar a todos os stakeholders todas as informações sejam elas impostas ou não pelas leis ou regulamentos, não restringindo somente ao desempenho econômico-financeiro.
  • Equidade: consiste no tratamento justo a todos stakeholders.
  • Prestação de Contas (accountability): é a responsabilidade dos agentes de governança que devem prestar contas de sua atuação, assumindo totalmente as consequências de seus atos.
  • Responsabilidade Corporativa: é de responsabilidade dos agentes de governança zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações, aumentar as positivas, levando em consideração no seu modelo de negócios os diversos capitais no curto, médio e longo prazo.

Quando se pensa em investir em uma empresa, as pessoas buscam investir em uma empresa que transmita certa segurança e através da governança é possível ter uma maior confiabilidade, pois a governança corporativa veio para evitar escândalos e recuperar os valores das empresas que sofreram com eles, transformando a empresa mais transparente e mais justa a todas as partes interessadas, garantindo a longevidade da empresa.

Oliveira (2001) apud Caetano e Sampaio (2016), refere-se ao planejamento estratégico como um processo que busca estabelecer os objetivos da empresa, levando em conta as condições internas e externas à organização.

Nesse sentido a governança corporativa ajuda as empresas a tirarem do papel o que definiram como missão e visão, sempre buscando melhorar a imagem da empresa e fortalecer a sua marca.

2. Argumentação que explique o por que de as organizações levarem em consideração não apenas os aspectos financeiros mas também as três dimensões da sustentabilidade (econômica, social e ambiental) de forma sistêmica

Meadows (1992) apud Munck (2013) destaca que a sustentabilidade busca a melhoria de qualidade de vida, minimizando os impactos ambientais negativos. Assim estabelece o tripé da sustentabilidade.

Segundo Alencastro e Alves (2017), os três pilares da sustentabilidade ficou conhecido como os 3 Ps (people, planet and profit), manifestando nas três dimensões:

  • People (social): engloba pessoas, abrangendo aspectos como salários justos, ambiente de trabalho saudável e bom relacionamento com a sociedade.  
  • Planet (ambiental): responsável por diminuir ou compensar os impactos ambientais negativos.
  • Profit (econômico): é o lucro propriamente dito, mas levando em consideração os outros dois pilares, social e ambiental.

Antigamente em uma organização os empresários se preocupavam apenas em obter o lucro e isso bastava, hoje com o crescimento da população e o aumento dos problemas ambientais, surgiram as ONGs ambientais, e a ideia de transformar a forma em que vivemos se propagou, causando assim um maior interesse por parte da população pelo meio ambiente.

As pessoas sentem mais confiantes em:

  • Trabalhar em empresas sustentáveis;
  • Consumirem produtos destas empresas;
  • Investir em empresas sustentáveis.

BM&FBOVESPA (2011) apud Caldas (2014):

É uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente responsáveis. Com isso, no Brasil, a Bolsa de Valores e um conjunto de Instituições criaram, em 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) que tem como base o conceito internacional conhecido como Triple Bottom Line [...]

A partir desse momento as empresas tiveram que mudar sua maneira de pensar, não avaliar somente o lucro e sim prestar mais atenção nos fatores ambientais e sociais, para melhorar a imagem da empresa.

3. Amarração sobre como a governança corporativa e a sustentabilidade geram legitimidade (aceitação/justificação) e atratividade para a organização

Os decorrentes escândalos como o caso da Enron, WorldCom, Parmalat, Petrobrás, que viemos enfrentando nos últimos anos levaram os investidores a  desacreditarem nas empresas, surgindo então a necessidade de criar novas leis para se  aumentar a rigidez da governança corporativa.

A governança corporativa e a sustentabilidade vieram para dar mais confiança aos stakeholders, tanto para investidores quanto para a sociedade, pois quando uma empresa faz o uso do código de boas práticas da governança corporativa ela está buscando a longevidade e perenidade da empresa, por esse motivo os investidores estão buscando comprar ações sustentáveis socialmente e ambientalmente.

A sustentabilidade além de reduzir os impactos ambientais, busca investir na qualidade de vida dos funcionários e sabemos que funcionários satisfeitos são funcionários que produzem mais, tornando a empresa mais eficiente, e para que a sustentabilidade de certo em uma organização é necessário fazer o uso dos quatro pilares da governança corporativa.

Pode-se dizer que a sustentabilidade e a governança corporativa estão atreladas umas as outras, ambas buscando a criação de valor.

4. Vinculação da sua narrativa a, pelo menos, um exemplo

O quadro abaixo mostra os acontecimentos relevantes da empresa Natura desde que teve sua abertura no capital na empresa BM&FBOVESPA

Quadro 1 – linha do tempo Natura

ANO

LINHA DO TEMPO

2004

Natura abre capital na BM&Fbovespa.

2005

O Movimento Natura é criado para incentivar as CNs a se engajarem em causas socioambientais, atuando como agentes de transformação nas comunidades onde vivem.

Valorização da cultura brasileira com criação do Natura Musical, que apoia e investe nos talentos do país.

2006

A Natura passa a realizar testes com material sintético, encerrando as pesquisas com animais.

2007

Em mais um passo para reduzir seu impacto ambiental, a Natura lança o Programa Carbono Neutro e se compromete com metas ousadas de redução das emissões CO2 em toda a cadeia produtiva.

Criamos a Tabela Ambiental que apresenta dados de origem e impacto das formulações e embalagens de nossos produtos. Uma novidade no mercado, a inciativa auxilia na comunicação da sustentabilidade e ajuda a sensibilizar para a causa.

2010

Criamos o Instituto Natura para ampliar nossa contribuição à melhoria da educação pública.

ANO

LINHA DO TEMPO

2010

Unindo empreendedorismo e consciência socioambiental, lançamos um modelo comercial inovador no México, no qual Consultores e Consultoras evoluem por meio das vendas e do engajamento em ações socioambientais.

2011

Lançamos o Programa Amazônia, que almeja tornar a região um polo de inovação, tecnologia e sustentabilidade.

2012

Inauguramos o NINA (Núcleo de Inovação Natura na Amazônia), em Manaus (AM), para fomentar ciência e tecnologia em rede, e avançamos na construção do Ecoparque, em Benevides (PA), que abrigará nova fábrica e espaço para empresas interessadas no uso sustentável da sociobiodiversidade.

Início da operação do Centro de Distribuição São Paulo, mais moderno e tecnológico, adaptado para o trabalho de pessoas com deficiência intelectual, promovendo inclusão social.

2013

Criamos a linha SOU, que inova ao promover a reflexão sobre consumo consciente desde a concepção do produto, do processo de produção (que reduz o impacto ambiental da matéria-prima ao pós-consumo) e da comunicação com os consumidores finais.

Reduzimos um terço das emissões de gases de Efeito Estufa (GGE, na sigla em inglês) alcançando um compromisso assumido em 2007

2014

Inauguramos o Ecoparque em Benevides (PA), um complexo industrial que pretende gerar negócios sustentáveis a partir da sociobiodiversidade amazônica e impulsionar o empreendedorismo local.

2016

Recebemos o selo de Empresa Pró-Ética, iniciativa da Controladoria-Geral da União e do Instituto Ethos para reconhecer organizações engajadas em estabelecer um ambiente de negócios ético e transparente.

Fonte: Baseado em Natura (2018)

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