Governança Corporativa

A discussão sobre a importância das microempresas e empresas de pequeno porte é longa, os números têm demonstrado que o incentivo a este segmento tem contribuído para o desenvolvimento do País, diminuição da pobreza, da marginalidade, aumento de emprego, redução das desigualdades sociais e da concentração de renda.

Segundo pesquisa (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE)/SP, 2005), no Brasil existem 5,1 milhões de empresas. Desse total 98% são microempresas e empresas de pequeno porte. Os pequenos negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. Artigo publicado na (Revista Brasileira de Contabilidade (RBC) Ed. 160, 2006), aponta que esse segmento exerce contribuição importante no processo evolutivo do País. Tem dado uma significativa parcela na geração do produto nacional, com uma excelente absorção de grande contingente de mão de - obra a baixo custo, tendo uma alta flexibilidade locacional, desempenhando importante papel na interiorização do desenvolvimento. Além disso, possibilita uma atuação no comércio exterior, proporcionando uma diversificação na pauta de exportações.

Apesar da importância que estas empresas têm no processo de crescimento do país, são vários os problemas que ocorrem nestes segmentos. Tais problemas podem ocorrer com mais ou menos freqüência, a depender de sua atividade, dos controles exercidos, elaboração de planejamento, volume de negócios entre outros. Entretanto algumas questões são comuns, e sobre este assunto Souza (2007 p. 12), revela que as vendas cíclicas, a concorrência, formação de preços errado, custos fora de controle, falta de capital de giro, estoques maldimensionados, maquinários obsoletos, prazos de vendas e compras desajustados, e elevada inadimplência de clientes, são algumas dificuldades que uma empresa tem a enfrentar. Neste sentido, uma boa gestão empresarial passa a ser imprescindível na empresa.

Apesar dos esforços no sentido da manutenção e desenvolvimento das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, ainda é baixa a taxa de sobrevivência dessas empresas. Segundo estudos realizados no SEBRAE/SP (2005), verifica-se que na maioria dos casos não é possível atribuir a mortalidade dessas empresas a apenas uma ou duas causas isoladas. Em geral, o insucesso empresarial resulta, quase sempre, da combinação de vários fatores diferentes tais como: comportamento do empreendedor, planejamento prévio, gestão empresarial, políticas de apoio, conjuntura econômica, problemas pessoais entre outros.

A gestão empresarial tem um modelo de trabalho, orientado por uma política de

valores, capaz de planejar, alocar, gerir recursos, ações, iniciativas, princípios e estratégias, que visam viabilizar o alcance dos objetivos propostos pela empresa.

Sobre gestão empresarial, Coronado (2006, p. 11), afirma que “o processo de gestão deve ser estruturado com base na lógica do processo decisório, deve contemplar analiticamente as fases de planejamento, execução e controle das atividades da empresa e ser suportado por sistemas de informações que subsidiem as decisões que ocorrem em cada uma dessas fases”.