Introdução ao desenvolvimento humano
Por: Thalita Ávila Estigarribia • 6/5/2019 • Artigo • 946 Palavras (4 Páginas) • 369 Visualizações
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL É INTERDISCIPLINAR
Ana Paula Palopoli*
Keli Pires**
Thalita Avila Estigarribia***
RESUMO
A infância é uma invenção da modernidade, este artigo visa discutir como a psicologia do desenvolvimento de uma suposta natureza infantil, mostrando como características naturalmente associadas à infância relacionam-se à produção de saberes sobre as crianças. Desse modo, pode-se entender que o discurso psicológico sobre a infância descreve determinados modos de ser criança e não outros, sendo que a emergência dos estudos sobre a infância veio marcar o campo da Psicologia aliando-se às práticas de intervenção e regulação social.
Palavras-chave: Psicologia do desenvolvimento; Infância; Modernidade.
1 INTRODUÇÃO
A infância é uma invenção da Modernidade, sendo que sua possibilidade de emergência, conforme Ariès (1981), relaciona-se ao desenvolvimento da escrita e da escola, além de outros fatores, tais como o decréscimo da mortalidade infantil, a influência do cristianismo e as novas formas de vida familiar.
Tomar a infância como invenção, ou seja, como construção social, significa considerar o sujeito infantil como constituído nas práticas culturais e pelas mesmas, sendo que mesmo o conhecimento sobre a infância é produzido por uma determinada construção histórica e, ao mesmo tempo, produz o objeto que se propõe conhecer.
Precisamos aprender os papéis dos pais e da escola no desenvolvimento infantil, eles precisam funcionar como engrenagem para suportar o crescimento de um adulto saudável.
Apesar de Ariès utilizar o termo "descoberta", ao invés de "invenção", os seus estudos não apontam para uma noção de uma infância como etapa natural da vida dos seres humanos que, repentinamente, passa a ser percebida e valorizada, mas "como algo que vai sendo montado, criado a partir de novas formas de falar e sentir dos adultos em relação ao que fazer com as crianças" (Ghiraldelli, 2000, p. 49).
2 A CRIANÇA COMO INDIVÍDUO
Ao estudarmos sobre a evolução no processo de desenvolvimento e educacional da criança, fica claro o quanto evoluímos nesse aspecto e quanto ainda temos a evoluir. Ao analisarmos a história, no início do século podemos perceber o quanto a infância era banalizada onde os pais tinham total direito sobre os seus filhos com relação a sua educação, porém sem dar a devida atenção as suas necessidades como um indivíduo. Ao caminharmos podemos apresentar alguns pensadores importantes dentro deste contexto. Podemos iniciar trazendo o importante filósofo do Iluminismo Jean-Jacques Rousseau, também foi considerado grande educador e revolucionário de sua época. Ele deu a educação uma perspectiva mais psicológica reforçava a importância da criança nesse processo de aprendizagem que tem dentro de si o seu desejo de aprender. Reforçou ainda, que a criança não deveria ser tratada como um “mini adulto”, com necessidades e tempo diferente para o desenvolvimento.
2.1 INFLUÊNCIA DA IGREJA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Em seguida podemos perceber grande influência da igreja, que tratava as crianças como seres angelicais e frágeis, com essa percepção surge as primeiras escolas com a finalidade de educar as crianças nos princípios da igreja, afim de se tornarem adultos temente a Deus e cumpridores das suas obrigações sócias.
Já com o fim da idade média, ouve uma grande revolução a respeito da educação e o papel da criança, podemos citar o filosofo e pedagogo John Dewey pai da escola progressista, onde o objetivo principal era o educar as crianças como um todo, ou seja, fisicamente, emocionalmente e intelectualmente, acreditando que esse era o papel da Escola. Reforçando a importância da prática do ser na efetivação do saber fazer.
2.2 O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA MODERNIDADE
Na Modernidade e Pós Modernidade, devemos trazer a contribuição do psicólogo Jean Piaget, que com o seu estudo focado no desenvolvimento infantil, trouxe a necessidade de percebemos cada criança como única, entendendo que cada indivíduo tem as suas potencialidades e para gerar a aprendizagem se faz necessário incentivar esse desenvolvimento através de vários estímulos diferentes. Reforçando os pensamentos de Dewey, Piaget acreditava que todas as crianças são capazes de aprender e se desenvolver em áreas diferentes se receberem os estímulos certos. Respeitando as limitações e capacidades de cada faixa etária.
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