Introdução A Educação Infantil
Ensaios: Introdução A Educação Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: petersonandressa • 10/5/2014 • 2.173 Palavras (9 Páginas) • 367 Visualizações
INTRODUÇÃO À ALFABETIZAÇÃO INFANTIL
1ª Lição: Introdução
A alfabetização tem sido, através dos tempos, motivo de estudos e pesquisas. Nas últimas três décadas maior atenção foi dedicada à construção do processo da escrita, a psicogênese da escrita e da leitura, baseado nos estudos de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1979). Após essa pesquisa e baseado nos resultados apresentados, mudou-se a concepção sobre o processo de alfabetização e construção da escrita, através da comprovação das fases que a criança atravessa no processo de aquisição da escrita, as perspectivas e características de cada uma delas. A partir dessa constatação, passa-se a perceber que vários são os fatores que podem influenciar os avanços e retrocessos dos alunos nesse processo.
A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
É um requisito importante, conhecer e considerar a diversidade das crianças, para acionar conhecimentos múltiplos capazes de responder de forma apropriada às diferentes questões que surgem nesse cotidiano.
Na Proposta do MEC (2000), trabalhar com a diversidade pressupõe atender, “[...] os princípios, prioridades e objetivos do projeto educativo escolar” (BRASIL, 2000, p. 50).
Já no Parecer 009/2001, trabalhar com a diversidade é saber “manejar diferentes estratégias de comunicação dos conteúdos, sabendo eleger as mais adequadas” na garantia da aprendizagem (BRASIL, 2001, p. 43).
O exercício de uma docência que leva em conta a diversidade cultural das crianças pequenas também fez parte dos movimentos na luta por uma educação infantil que respeite a criança, “[...] seus processos de constituição como seres humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas capacidades intelectuais, criativas expressivas e emocionais”. (ROCHA, 2000, p. 231).
Trabalhar com a diversidade das crianças, contudo, nesses documentos não é abordado como um elemento enriquecedor da prática docente e da educação institucional, mas como um fator a ser considerado na adaptação de estratégias para viabilizar as aprendizagens pensadas na reforma da educação básica.
2ª Lição: Como apareceu a escrita?
O pictograma
O homem tem inerentemente uma necessidade individual de se expressar e uma necessidade social de se comunicar.
Para Gelb (A study of writing), essas duas necessidades estão tão relacionadas que ele se pergunta se não seria melhor dizer que o homem se expressa comunicando, ou que a base de sua comunicação é sua expressão individual.
O desenho do homem primitivo criado sobre a superfície de algum objeto tinha para ele, de início, a função de expressar suas ideias visualmente, enquanto a fala era sua expressão auditiva.
Com o passar do tempo, a expressão visual desenvolve-se em duas direções distintas: o desenho como arte, e o sistema pictográfico na comunicação.
Esse sistema pictográfico não apresenta inicialmente uma relação direta com a fala; porém, encaminha-se, posteriormente, em direção à representação da fala, passando a ser um simbolismo de segunda ordem. Assim, a fala representa ideias e a escrita representa a fala. Além do sistema pictográfico, outro precursor da escrita são os recursos de identificação mnemônicos, como os símbolos heráldicos e os símbolos usados por indígenas para registrar tempo.
Gelb faz um estudo minucioso e profundo do desenvolvimento da escrita através da História, focalizando, principalmente, as modificações internas nos sistemas mais do que os fatores externos. Faremos aqui um breve resumo dos pontos mais relevantes, com o objetivo de compreender melhor a natureza dos diversos sistemas.
Podemos apontar as seguintes etapas evolutivas da história da escrita:
• Inexistência da escrita
• Precursores da escrita: fase semasiográfica
• sistema pictográfico
• recursos de identificação mnemônica
• Escrita plena: fase fonográfica
• lexical-silábica
• silábica
• alfabética
O logograma (ou ideograma)
A etapa lexical-silábica inicia-se por volta de 3.100 a.C., com o sistema pictográfico, cujas formas sofrem um processo de estilização, para facilitar o traçado e cujo uso é gradativamente convencionalizado. Os logogramas (ou ideogramas, como são mais conhecidos entre nós) são o resultado dessa estilização e convencionalização. A princípio, a estilização consistiu em retificar as linhas arredondadas dos pictogramas, de modo que, no início, os ideogramas eram “letras de fôrma”. A escrita cursiva aparece bem depois e concorre para a estilização, principalmente por sua tendência de simplificar os traços. O sistema ao mesmo tempo deixa de ser icônico para ser simbólico.
Para ilustrar esse fato, podemos recorrer à escrita cuneiforme dos sumérios, cujos traços em forma de cunha são resultado da estilização dos pictogramas.
O logograma, como o próprio nome indica, já tem estatuto linguístico de palavra e, portanto, tem também sua representação fonética. Para Gelb, a foneticização da escrita começa com o logograma. Em alguns sistemas, para desfazer ambiguidades de logogramas mais complexos, acrescentam-se elementos com valor exclusivamente de sílaba ao símbolo inicial.
Além disso, nomes próprios são compostos por ideogramas no seu valor estritamente fonético.
Durante o processo de convencionalização, os logogramas passaram a representar também as ideias associadas aos objetos primitivamente representados pelos pictogramas.
Assim, se um logograma representava inicialmente o conceito “sol”, pode depois ter passado a representar o conceito de “brilhar”. Embora não mencionada por Gelb, essa metaforização ocorreu também no uso de mais de um símbolo, no interior de um mesmo logograma, para designar, metaforicamente, um terceiro conceito. Por exemplo, a estilização de um pictograma em que uma pessoa aparece embaixo de uma árvore resulta no logograma que significa “descansar”, em escrita chinesa.
Há ainda logogramas que não
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