Investimento Em Treinamento E Desenvolvimento De Pessoal Gerando Vantagem Competitiva

Diante de um mundo extremamente competitivo, globalizado e incerto, as organizações estão mudando seus conceitos e alterando suas práticas gerenciais. Em vez de investirem diretamente nos produtos e serviços, estão investindo nas pessoas que entendem deles e que sabem como criá-los, desenvolvê- los, produzi-los e melhorá-los (CHIAVENATO, 2005). Portanto, para manter-se ativa, próspera e reter talentos, faz-se necessário, além de remuneração adequada e demais incentivos, o investimento em treinamento e desenvolvimento dos colaboradores.

Os dois processos não são iguais, eles se complementam, pois buscam suprir a organização com as competências que necessita. De acordo com Oliveira (2002), o treinamento é um processo de educação que visa à adaptação do sujeito para que realize uma tarefa específica ou cumpra certas atribuições, em determinada organização. Já o termo desenvolvimento é mais amplo e é definido por Milkovich e Boudreau (2000) como o processo que visa aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização. O desenvolvimento inclui não apenas o treinamento, mas também a carreira e outras experiências.

Inúmeros problemas são ocasionados pela ausência ou pela aplicação de um treinamento inadequado. Acidentes de trabalho, desperdício de materiais e tempo, produtos e serviços de baixa qualidade, retrabalho, equipamentos danificados, baixa produtividade, alta rotatividade e o aumento de conflitos interpessoais são alguns que podemos destacar. Além de elevar os custos operacionais, afeta diretamente o clima organizacional, ao gerar insatisfação para colaboradores, dirigentes e clientes.

Para garantir bons resultados é imprescindível que ele se inicie como uma resposta a uma necessidade ou a uma oportunidade no ambiente organizacional. Ainda, para sua efetividade, é preciso que todas as etapas sejam respeitadas: o levantamento de necessidades, a programação de treinamento, sua execução e a avaliação dos resultados.

Existem dezenas de modalidades de treinamento e algumas podem e devem ser combinadas. Entre os mais comuns estão o treinamento de integração, o técnico-operacional, gerencial e o comportamental que podem ser ministrados através de variadas técnicas como as reuniões para discussão, brainstorming, estudos de caso, painéis, palestras, etc. Como bem enfatiza Silveira (2004), o importante é que o programa de treinamento atinja as dimensões da produtividade, das relações e da qualidade. Do ponto de vista da produtividade, procurando atingir as metas e os melhores resultados tanto pessoal quanto da organização; do ponto de vista das relações, estabelecendo vínculos e a boa comunicação, inspirando e motivando os funcionários a fazer emergir o melhor deles e da organização; e finalmente, do ponto de vista do desenvolvimento da qualidade, auxiliando indivíduos e organizações a preencherem demandas e expectativas da qualidade global da empresa.

Vantagens competitivas obtidas pelas organizações por meio do treinamento e desenvolvimento adequado de seus funcionários

Fica evidente que profissionais motivados, engajados e satisfeitos, num clima organizacional saudável, geram produtos e serviços qualificados e mais criativos, contribuem na fidelização dos clientes e melhoram a imagem organizacional, colocando