Jogadores brasileiros e a discriminação no futebol

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Jogadores brasileiros e a discriminação no futebol

Bárbara Alessandra de Deus

Sendo considerado um dos esportes mais liberal, o futebol volta e meia vem tendo sua imagem manchada ao longo da história, isso porque desde o século passado, havia a questão da discriminação racial no esporte, onde em algumas cidades do Brasil, não eram permitidos negros disputar campeonatos e, só a partir dos anos 1930, houve um conhecimento do talento destes que, aos poucos foram ganhando espaço nos grandes clubes, porém, o preconceito não foi 100% erradicado e até hoje nos deparamos com casos de discriminação.

Um dos casos que mais chamaram atenção, foi o do goleiro Aranha, em 2014, no qual o jogador foi chamado de macaco por torcedores do Grêmio, o caso repercutiu Brasil a fora e revoltou a todos, mas apesar de toda essa repercussão, o número de casos semelhantes não diminuiu. O mais recente envolveu o jogador brasileiro Serginho, atacante do Jorge Wilstermann, que ocorreu no dia 18/03/2019, na Bolívia, o atacante chegou a sair da partida em forma de protesto, recebendo apoio do presidente do país, não sendo essa a primeira vez que o atacante sofre preconceito por sua raça.

De acordo com os dados do Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, o futebol concentra 90% dos casos de discriminação no esporte, o que chega a ser absurdo nos tempos de hoje, com tantas leis em vigor, campanhas, conscientizações, etc., mas apesar de termos todos esses meios, não será possível dar um basta nisso enquanto o ser humano não adquirir caráter, amor próprio e empatia pelo próximo, sendo assim, infelizmente ainda serão vistos muitos casos de discriminação racial dentro e fora dos gramados, contudo o que não se pode fazer é deixar de continuar lutando pelos direitos humanos.

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