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MAX WEBER

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Por:   •  29/9/2014  •  Tese  •  825 Palavras (4 Páginas)  •  181 Visualizações

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MAX WEBER

Company, ou com os comerciantes de carvão, abastecidos pelo escritório central

do sindicato de carvão. Todos eles, com um desenvolvimento conseqüente, poderiam

transformar-se, passo a passo, em agentes de venda por comissão, empregados

de seus fornecedores, que afinal quase não se distinguiriam mais, quanto

à forma de sua dependência, de montadores com locais de trabalho externos,

porém sujeitos à autoridade de seu chefe, e de outros funcionários privados.

Desde a efetiva dependência por dívidas até a escravidão por dívidas formal, na

Antiguidade, e também na Idade Média e na Época Moderna, desde a dependência

do artesão que trabalha para a exportação do comerciante conhecedor do

mercado, até a dependência da indústria caseira em suas diversas formas rigorosas

e até o trabalho a domicílio com regulamento autoritário, há transições graduais.

E, a partir daí, outras transições graduais conduzem até a situação de um empregado

de escritório, técnico ou trabalhador, recrutado no mercado de trabalho

com base em um contrato de troca, com "igualdade de direitos" formal, na qual

este aceita, do ponto de vista formal, "voluntariamente", as condições "oferecidas"

e passa a trabalhar numa oficina cuja disciplina não se distingue, em sua

essência, daquela de um escritório estatal e, no caso extremo, de uma instituição

militar. Mas, nos últimos dois casos, a diferença de que o serviço no setor privado

ou estatal é aceito e abandonado voluntariamente, enquanto o serviço militar

(entre nós, em oposição ao antigo contrato na base de soldo) costuma ser obrigatório,

é mais importante do que a entre o emprego no setor estatal e no privado.

Como também a relação política de súdito pode ser aceita - e, dentro de certos

limites, desfeita voluntariamente, do mesmo modo que as dependências feudais

e, eventualmente, até as patrimoniais do passado -, há também aqui toda uma

escala de formas de transição até a relação puramente autoritária, involuntária e,

em regra, indissolúvel por parte do submetido (por exemplo, o escravo). Mas

também, em toda relação de dever autoritária, certo mínimo de interesse em obedecer,

por parte do submetido, continua sendo, na prática, a força motriz normal

e indispensável da obediência. Também esta situação é, portanto, bastante variável

e flutuante. Não obstante, teremos que ressaltar, claramente, a oposição radical,

por exemplo, entre o poder efetivo que resulta da troca no mercado, regulada

por compromissos de interesses, isto é, da propriedade puramente como tal, e

o poder autoritário de um chefe de família ou monarca que apela ao dever puro

e simples de obediência, para chegar, de alguma maneira, a distinções úteis dentro

do fluxo ininterrupto dos fenômenos reais, pois, com os exemplos escolhidos,

não se esgota a multiplicidade das formas de poder. Já o efeito da propriedade

como tal, de servir de base de poder, não se limita, de modo algum, ao poder

no mercado. Como já vimos, a propriedade, puramente como tal, proporciona

também, em condições socialmente indiferenciadas, amplo poder social quando

está ligada a uma condução da vida adequada, o que corresponde, exatamente, à

atual posição social do homem que "tem uma casa aberta" ou da mulher que "tem

um salão". Em certas circunstâncias, todas essas relações podem assumir traços

diretamente autoritários. E não apenas a troca no mercado, mas também as relações

de troca da vida social produzem "dominação" naquele

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