MEDISYS CORP.: A EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO INTENSCARE
Por: Joycecastilho • 5/11/2020 • Resenha • 1.793 Palavras (8 Páginas) • 328 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Resenha Crítica de Caso
Joyce Grazielle Castilho Nereu
Trabalho da disciplina: Gerenciamento de Integração e Escopo
Tutor: Prof. Carlos Fernando da Rocha Santos
Belo Horizonte
2020
MEDISYS CORP.: A EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO INTENSCARE
Referências: DONNELLON, Anne e MARGOLIS, Josshua D. Estudo do caso
MediSys Corp: a equipe de desenvolvimento do produto IntensCare.
O estudo de caso apresentado relata a trajetória da criação do IntensCare, um sistema de monitoramento voltado ao segmento hospitalar, criado pela empresa MediSys. A empresa norte-americana fundada em 2002 tinha como negócio o desenvolvimento, fabricação e comercialização de sistemas de monitoramento médico. Sua cultura empreendedora rendeu a ela resultados muito satisfatórios com a venda dos seus dois primeiros produtos para monitoramento renal e pulmonar. Além disso, seus funcionários tinham em andamento soluções inovadoras para aperfeiçoamento de produtos já existentes e desenvolvimento de novos. No instante em que a diretoria da MediSys percebeu que estavam desacelerando e perdendo mercado para dois concorrentes com um bom capital e uma reputação chamava a atenção os decidiram movimentar-se para não perder seu lugar de destaque.
A tática utilizada pela diretoria para tentar neutralizar a ameça foi resgatar a cultura inovadora e refinar o planejamento estratéfgico. Para isso, em 2008, contrataram um novo diretor com perfil mais agressivo chamado Art Beaumont. Percebemos que a visão holística e interpretação de cenários são habilidades inerentes de Beaumont. Pois, além de implementar mudanças logo nas primeiras semanas como novo diretor, ele diagnosticou o fato de os gerentes da MediSys estarem totalmente habituados à funcionalidade. Não é citado no estudo de caso, mas provavelmente, Art Beaumont possui alguma experiência à frente de projetos. A postura tomada em relação a interceder junto aos principais setores da organização na tentativa de superar barreiras e tabalhar na solução de problemas da equipe são funções presentes no cotidiano de um gerente de projetos.
Uma grande falha cometida pelos funcionários da MediSys, mas que Beaumont corrirgiu prontamente, foi a falta de formalização de processos de desenvolvimento dos produtos. A ausência de uma estratégia de gerenciamento de escopo do projeto, documentação que norteia a equipe no que diz respeito à definição, monitoramento e controle, aumenta as chances de o projeto não alcançar o sucesso esperado. Sem o gerenciamento de escopo qualquer projeto pode enfrentar a alteração descontrolada de seu desenvolimento e com o IntensCare não seria difertente. Sem contar que sem essa ferramenta não teriam condições de ter em mãos as lições aprendidas em sua finalização para apllicação em projetos futuros.
Desde a concepção da ideia do IntensCare Aaron Gerson, idealizador do produto, e o grupo inicial envolvido não se preocupavam com formalizações e, nem mesmo, com a criação de um cronograma. Isso fica claro quando autor do estudo relata que eles se encontravam informalmente para desenvolvê-lo, não havia uma periodicidade. As únicas tomadas de decisão assertivas do grupo, antes de apresentarem a ideia aos líderes sêniores e pleitearem verba para seu desenvolvimento, foram o teste junto ao público de interesse feito por Peter Fisher e a pesquisa de mercado e design de produto. Acredito que um item importante que eles deixaram passar na pesquisa de mercado foi o estudo de seus concorrentes. Por isso, foram pegos de surpresa com a notícia de que dois deles entrariam no mercado com produtos semelhantes.
Pesquisa também foi a ferramenta utilizada por Beaumont para realocar os membros responsáveis pela produção do IntensCare. Ele coletou, junto aos recursos humanos, o histórico de cada um deles para ter um melhor entendimento de suas habilidades. Assim poderia redistribuí-los em posições que tivessem mais aptidão, gerando uma celeridade na execução dos processos. Nenhum dos diretores que já faziam parte da MediSys, e nem mesmo os próprios funcionários, tiveram esse senso crítico de avaliarem se suas habilidades estavam em congruência com as funções executadas. Aos colaboradores que foram nomeados líderes de projeto, eram exigidos expertise multifuncional, um histórico de alto desepenho e o respeito dos colegas. Esse último predicado, nos revela que Beaumont compreendia o peso de um bom relacionamento dentro de uma organização.
Para garantir o entendimento comum de como o projeto deve ser feito é necessário circular as informações entre os membros da equipe, facilitar as discussões para seleção de opções e interceder junto a todos os setores envolvidos para superar possíveis barreiras. O esforço de Beaumont é totalmente perceptível nesse sentido quando ele cita a tentativa de manter diversas frentes unidas, de juntar todas as partes do “quebra-cabeça” para que o objetivo final seja alcançado e quando se preocupa em assegurar que a comunicação está acontecendo. Mas mesmo com todo esse cuidado, problemas de relacionamento e comunicação aconteceram dentro da equipe. Certamente, ele acreditou que com a nomeação dos gerentes de projeto esse gargalo seria reportado a ele imediatamente. Pois, a intenção dessa nomeação era fazer com que cada um deles orquestrasse o trabalho e ficasse de olho no projeto como um todo.
O maior desafio que a equipe do IntensCare enfrentou por conta dessa falta de comunicação e engajamento foi o desenvolvimento do design modular, que permitia a configuração do produto às necessidades do cliente. Sendo assim, quem o utilizasse poderia ajustá-lo para cuidado neonatal, cirurgia diurna, hospital de campanha, dentre outros. Dipesh Mukerjee, responsável por supervisionar o design e desenvolvimento do software, optou por terceirizar tais demandas e contratou uma empresa da Índia. Essa terceirização não era bem vista aos olhos de Bret O’Brien, engenheiro líder do projeto que acabou trabalhando sozinho. Pois, Mukerjee passava muito tempo na Índia, o que impossibilitava uma discussão mais geral sobre o assunto. A criação de uma estrutura analítica do projeto tornaria o processo mais adequado e o desenvolvimento do design seria realizado sem a necessidade de informações adicionais, mitigando os problemas relatados. Além disso, o documento facilitaria a comunicação, aumentaria o comprometimento da equipe e lhes daria a certeza de que as atividades citadas poderiam ser terceirizadas sem criar problemas.
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