Meningite meningocócica: importância na saúde pública
Resenha: Meningite meningocócica: importância na saúde pública. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aalleexx • 18/2/2015 • Resenha • 967 Palavras (4 Páginas) • 324 Visualizações
Meningite Meningocócica: importância em Saúde Pública
A meningite meningocócica, causada pelo meningococo, devido sua magnitude, gravidade e potencial de ocasionar surtos e epidemias, apresenta maior importância em saúde pública.
O meningococo possui vários sorotipos, como A, B, C, Y e W 135, sendo o tipo C o mais prevalente no Brasil. O homem doente ou portador é o único reservatório natural.
É uma doença universal, ocorrendo tanto em regiões urbanos como rurais. A aglomeração intra-domiciliar é um fator para transmissão cruzada. É mais freqüente nos meses mais frios favorecendo as epidemias.
Em menos de 1% dos indivíduos infectados, a bactéria consegue penetrar na mucosa respiratória e atinge a corrente sanguínea levando ao aparecimento da doença meningocócica. A invasão geralmente ocorre nos primeiros cinco dias após o contágio. Os fatores que determinam o aparecimento de doença invasiva ainda não são totalmente esclarecidos. A medida mais eficiente para bloquear o surgimento de novos casos é a quimioprofilaxia com uso de antibióticos, na medida em que a vacina não traz proteção imediata.
A meningite é uma doença de notificação compulsória e deve ser notificada a autoridade de saúde o mais rapidamente possível.
Formas de prevenção primária, secundária e terciaria
As formas de prevenção da meningite podem ser: primária (vacinas), secundária (quimioprofilaxia) e terciária (diagnóstico e tratamento precoce).
Prevenção primária
Alguns tipos de meningite podem ser prevenidos por vacina, dependendo da disponibilidade de imunobiológicos seguros e eficazes e do conhecimento atualizado sobre o comportamento da doença na população (grupos etários mais afetados, agente etiológico mais prevalente, etc.).
Existem dois tipos de meningite para os quais se utiliza vacinas de forma rotineira:
• Meningite por Haemophilus influenza tipo B - vacina Hib;
• Meningite pelo bacilo da tuberculose - vacina BCG
Essas vacinas estão disponíveis na rede pública de saúde e fazem parte do esquema básico de vacinação do Ministério da Saúde.
Existem outras vacinas contra determinadas formas clínicas de meningite, que são utilizadas em situações específicas:
• Vacina polissacarídica contra os meningococos AC, BC e C - atuam contra a meningite meningocócica produzida pelos sorogrupos A, B e C. Estas vacinas fornecem proteção de curta duração, por isso só são indicadas em situações especiais, quando avalia-se que esteja ocorrendo um surto epidêmico, ou seja, quando existem várias cadeias de transmissão independentes no mesmo local.
• Vacina conjugada contra a meningite meningocócica tipo C - esta vacina está disponível apenas nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) das Secretarias Estaduais de Saúde, para uso prioritário em indivíduos imunodeprimidos.
• Vacina contra a meningite pneumocócica - disponível no CRIE das Secretarias Estaduais de Saúde, também para uso prioritário em indivíduos imunodeprimidos.
Prevenção secundária
A quimioprofilaxia é a medida de controle indicada para a prevenção de casos secundários. Consiste na prescrição de antibiótico específico para os contatos íntimos (pessoas que moram na mesma casa, ou têm contato direto com as secreções do doente) de casos de doença meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae. A investigação epidemiológica realizada de forma ágil e eficiente é essencial para a identificação dos contatos íntimos, evitando-se, dessa forma, pânico desnecessário e a utilização inadequada de antibióticos na população.
Prevenção terciária
O diagnóstico precoce e o tratamento imediato e adequado da doença são essenciais para prevenir lesões neurológicas permanentes e a ocorrência de casos secundários.
Distribuição
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