Mercado Publico De Florianopolis
Trabalho Escolar: Mercado Publico De Florianopolis. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: crishanser • 1/3/2015 • 1.066 Palavras (5 Páginas) • 281 Visualizações
19/08/2012
MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLIS
O Mercado Público tem sua origem em barracas e quitandas construídas pelo governo da Capitania de Santa Catarina, provavelmente no fim do século XVIII. As pessoas que vendiam produtos eram em sua maioria escravos de ganho, forros e brancos pobres. Os principais freqüentadores do comércio eram escravos, forros, marinheiros, militares, viajantes e a população local, em geral.
Em 1838, o governo da província autorizou a construção de uma Praça de Mercado, que deveria ficar entre as ruas Livramento e Ouvidor, em um local de terreno de marinha, fora do Largo da Matriz. O outro grupo político era formado por pessoas que moravam em outros lugares da Ilha, de outras províncias, ou mesmo de outros países. Muitos pertenciam a loja maçônica Concordia, e a Sociedade Patriótica, ambas fundadas por Jeronymo Coelho em Desterro. Estes desejavam instalar as barracas e quitandas fora do perímetro urbano, próximo a ponto do vinagre.
Em 1845, a visita de Dom Pedro II e do Bispo do Rio de Janeiro levou a Câmara de Desterro a aprovar a mudança de lugar das barracas e quitandas. O centro urbano foi higienizado, e as barraquinhas foram removidas para as proximidades do Largo Santa Bárbara, junto à Ponte do Vinagre, fora do perímetro urbano.
O prédio que hoje abriga o Mercado Público de Florianópolis foi construído em frente à Alfândega no ano de 1898, em substituição ao antigo mercado, o qual foi demolido em 1896 após 45 anos de funcionamento.
A história deste primeiro mercado é um importante marco para a cidade. Foi o debate sobre a sua localização, entre os anos de 1791 e 1848, que deu origem aos dois primeiros partidos políticos de Santa Catarina.
Dois grupos políticos locais entraram em disputa pela escolha do local que o Mercado Público deveria ser construído. Por um lado, os grandes comerciantes locais queriam que as barracas continuassem no Largo da Matriz. O motivo era que a localização das barracas e quitandas atraia clientes para suas lojas, que ficavam na rua do comércio, atual Conselheiro Mafra. A maioria destes grandes comerciantes tinhas familiares em todas as irmandades religiosas encontradas na Ilha de Santa Catarina.
As barracas e quitandas eram alugadas por pequenos comerciantesO Mercado Público era o local onde os pequenos comerciantes da ilha de Santa Catarina, e litoral próximo (São José da Terra Firme e São Miguel da Terra Firme), vendiam peixe, carne de sol, feijão, arroz, mandioca, hortaliças, drogas do sertão, comidas preparadas na hora, dentre outros produtos. O aluguel era recebido primeiramente pelo governo da capitania, e após a Independência do Brasil, pela governo da Província.
Em sua construção no ano de 1851, um bloco retangular de quatro faces com uma porta de cada lado, veio pôr fim a uma luta travada durante meio século, entre uma facção que desejava manter o Mercado na praça em frente à Matriz, instalado em pequenas barraquinhas, "barraquistas", e os que desejavam transportá-lo para onde está localizada hoje a Capitania do Portos, "judeus".
Barraquistas e opositores se arregimentaram para um ajuste de contas pelas urnas, para firmar o seu princípio de liderança, no ano de 1847. De um lado, os que queriam o Mercado na atual Praça Fernando Machado, e de outro, os que queriam o Mercado em Santa Bárbara ou em qualquer outro ponto da cidade, exceto na Praça.
Em março de 1848, o Decreto no 252, autorizava o presidente da Província a "edificar nas marinhas em frente à Igreja Matriz da Cidade do Desterro, numa Praça de Mercado, seguindo a planta que acompanha a presente lei". A planta era do 1o Tenente Eng. João de Souza Melo e Alvim, aprovada em substituição ao projeto dos três barracões do Vereador Antônio Francisco de Faria. A Província construiria o edifício que, depois de pronto, seria entregue à Municipalidade.
Após ter servido durante 45 anos, a sua
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