NOVAS TÉCNICAS DyE LOGÍSTICA EM COMBATE

GESTÃO DE MATERIAIS E PATRIMÔNIO (GMP)

ESTE TRABALHO APRESENTA UMA BREVE SÍNTESE SOBRE AS NOVAS TÉCNICAS DE LOGÍSTICA EM COMBATE ESTABELECENDO UM PARALELO ENTRE A “LOGÍSTICA NA MEDIDA CERTA” E TÉCNICAS DE “JUST IN TIME” E AS PERSPECTIVAS PARA A CRIAÇÃO DA NOVA ESTRUTURA LOGÍSTICA A SER IMPLANTADA PELO EXÉRCITO BRASILEIRO.

A Logística nasceu da necessidade dos militares de apoiar as guerras. Esses grandes confrontos exigiam o planejamento e a realização do ressuprimento dos itens vitais para a manutenção do combate, tais como armamento, munição e ração para a tropa. Atualmente, para adequar-se à nova logística militar terrestre, o Exército Brasileiro rompeu os conceitos da era industrial e procurou modernizar-se capacitar-se para a era do conhecimento. A gestão dessa importante e complexa atividade no Exército Brasileiro está sob a égide do Comando Logístico (COLOG), órgão central do sistema, que procura atender a todas as demandas da Força Terrestre nos grupos funcionais de suprimento, manutenção e transporte.

As ações que estão sendo implementadas atualmente pelo COLOG, quando realizadas em tempo hábil, como a determinação das necessidades, a gestão do material (obtenção, distribuição) e a capacitação dos recursos humanos, facilitarão o emprego da tropa nas operações, aumentando a segurança e poder de combate.

O Brasil vem destacando no cenário mundial como sede de grandes eventos internacionais, este ano, sediará os Jogos Olímpicos e Paralímpicos na cidade do Rio de Janeiro e também vem participando ativamente de missões de manutenção da paz sob a égide da ONU. Desde o início da missão no Haiti, um dos fatores mais importantes e de elevado nível de complexidade é realizar a logística para atender a todas as necessidades da tropa brasileira, desde gêneros alimentícios até munição. Para acompanhar a logística na área das operações de manutenção da paz o COLOG criou a Célula Logística de Apoio àquele Contingente. A dinâmica de emprego nessas missões determina uma constante avaliação das capacidades de atuação, buscando assim, o desafio de aplicar uma logística capaz de ajustar-se à multiplicidade de situações de emprego. Nesse contexto, surge a necessidade de prever e prover o apoio em materiais e serviços necessários para assegurar à tropa liberdade de ação, amplitude do alcance operativo e capacidade de durar na ação. Uma boa logística em operações, principalmente em missões de paz pode levar ao reconhecimento internacional, contribuindo para o aprimoramento técnico e operacional, para o acesso às tecnologias de ponta e para a integração e a coordenação com outros países.

O Exército brasileiro vem validando e aprimorando a logística operacional concebida doutrinariamente, por meio de exercícios táticos e estratégicos executados em todo o território nacional, e conduzidos com a participação dos militares em cenários o mais próximo possível da realidade. Isso permite extrair ensinamentos próprios sem deixar de considerar a experiência operacional de outros países, de modo a não permitir um hiato considerável entre a teoria e a prática. Assim, o Brasil vem elaborando uma doutrina militar própria, experimentada em manobras militares em área territorial e em missões de forças de paz a serviço da ONU, visando atender à dinâmica da guerra moderna e aplicar procedimentos e ações similares aos de exércitos dos países mais desenvolvidos, apesar do baixo investimento governamental na área militar.

Aplicando as novas técnicas de logística, recentemente o Exército participou da operação de cooperação do Ministério da Defesa com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, denominada Operação São Francisco, contou com a participação de mais de dois mil militares. O apoio logístico dessa Operação foi de fundamental importância para estruturar os meios que assegurassem a capacidade operacional necessária para que a F Pac pudesse atuar com eficiência. Esse apoio fez-se presente em material, pessoal e saúde, integrando recursos humanos, sistemas, materiais, finanças