O CRUZANDO O DESERTO VERDE
Por: belinhabela • 5/10/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 378 Palavras (2 Páginas) • 228 Visualizações
Documentário: Cruzando o deserto verde
Introdução
O documentário mostra as conseqüências do cultivo do eucalipto no norte do Espírito Santo e no extremo sul da Bahia, região habitada por negros, índios e pequenos produtores rurais. A empresa em questão é a Aracruz Celulose S/A, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto que se instalou nessas regiões, conhecida como deserto verde.
As plantações da empresa atingem os modos de vida de populações indígenas e negras, retirando-lhes o acesso à agricultura de onde tiravam o sustento. Outro problema foram as carvoarias, que utilizam as sobras das árvores do eucalipto como combustível para fornos de carvão onde trabalhavam adultos e crianças em condições precárias e desumanas.
Os índios tinham 40 aldeias tupiniquim espalhadas pelo território de quase 60 mil hectares, uma grande extensão de terras acima de 60 mil hectares, com a instalação da empresa Aracruz Celulose na região o impacto sobre as comunidades indígenas foi devastador, acabaram as áreas de mata, caça, rios, córregos, pesca, fartura, trazendo doença respiratória devido o cheiro forte da plantação de eucalipto.
No norte do Espírito Santo e extremo sul da Bahia não foi muito diferente, tiveram suas terras tomadas e transformadas em plantações de eucalipto existiam muitas carvoarias que transformavam as sobras das árvores de eucalipto em combustível para a indústria de ferro gusa.
O carvoeiro era a classe mais desfavorecida na região norte do Espírito Santo, vivendo e trabalhando em condições desumanas, município povoado por muitas comunidades negras rurais, não tinham estudo, sem informação, vivia a sua cultura, a profissão de carvoeiro não era reconhecida pelo ministério do trabalho, a grande maioria deles não possui certidão de nascimento ou carteira de identidade, muitos possuíam titulo de eleitor, a seca era uma realidade para a maior parte dos habitantes do extremo sul da Bahia, devido a exploração da terra as regiões se tornaram deserta.
Uma das questões mais graves é o fato de que a sociedade regional jamais foi consultada sobre se queria ou não esses grandes empreendimentos de eucaliptos instalados. Definiram a vocação do povo dessas regiões sem consultar e ainda disseram que a melhor alternativa econômica para o norte do Espírito Santo e do extremo sul da Bahia era o plantio do eucalipto.
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