DESERTO VERDE: UMA FORTE AMEAÇA AO PAMPA GAÚCHO
Por: Dsasso • 26/10/2022 • Artigo • 3.568 Palavras (15 Páginas) • 97 Visualizações
FACULDADE FUTURA
DEISE SASSI
DESERTO VERDE: UMA FORTE AMEAÇA AO PAMPA GAÚCHO
VERANÓPOLIS/RS
2020
FACULDADE FUTURA
DEISE SASSI
DESERO VERDE: UMA FORTE AMEAÇA AO PAMPA GAÚCHO
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VERANÓPOLIS/RS
2020
DESERTO VERDE: UMA AMEAÇA AO PAMPA
Deise Sassi[1],
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- O bioma Pampa possui uma das maiores diversidades de vegetação campestre, e está localizado na região sul do Brasil, tendo continuidade no Uruguai e Argentina, ocupando aproximadamente 37% do território do estado do Rio Grande do Sul com pastagens naturais. Um ecossistema ímpar e que vem sofrendo ao longo dos anos seja pela inclusão de áreas de pastagem para o gado, seja para a apropriação das áreas de cultivo de arvores exóticas, pinus e eucalipto. Propõe-se a observar a implementação dessas diferentes culturas exóticas neste ecossistema e quais alterações elas trazem ao bioma inicial assim como as ameaças. Trata-se de uma revisão bibliografia sobre o bioma e a inclusão de espécies exóticas a ele e as consequências ambientais sobre esse. Concluiu que sem regulações sobre o plantio das mesmas poderá reconfigurar a região e torna-la num grande deserto verde.
PALAVRAS-CHAVE: Pampa Gaúcho. Exóticas. Bioma.
- INTRODUÇÃO
O bioma Pampa possui uma das maiores diversidades de vegetação campestre, e está localizado na região sul do Brasil, tendo continuidade no Uruguai e Argentina, ocupando aproximadamente 37% do território do estado do Rio Grande do Sul com pastagens naturais.
Na área abrangida pelo bioma Pampa encontra-se uma das maiores diversidades de vegetação campestre do mundo. A família das gramíneas é a que apresenta maior número de representantes nestes campos, com cerca de 400 espécies encontradas, seguidas pelas leguminosas com aproximadamente 150 espécies (Boldrini, 2009).
Neste artigo é abordado um problema da conservação do Bioma Pampa. Sistematizando a história do bioma e sua relação com o plantio de espécies exóticas ao longo do bioma.
- MEIO AMBIENTE E BIOMA PAMPA SUL RIOGRANDENSE
O homem utiliza diversos recursos naturais no meio ambiente, ocasionando conflitos principalmente no que se refere a forma de utilizá-los. A humanidade tem uma capacidade muito grande de intervir na natureza na tentativa de suprir suas necessidades.
A Geografia dentro da área ambiental procura e se preocupa em compreender a ação do homem sobre a natureza, produzindo o seu meio de vivência e a sua transformação. Tem como objetivo o conhecimento a respeito das consequências dessas ações antrópicas e dos efeitos da natureza sobre as atividades sócio espaciais, à degradação e aos impactos ambientais, além do conjunto de medidas possíveis para conservar os elementos da natureza.
Deste modo um dos principais pensamentos e o cerne de estudos é o meio ambiente e as suas formas de preservação. Para a PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente define “meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Existem muitas particularidades do termo meio ambiente que nos levam a uma concepção muitas vezes difusa e variada desse. As contribuições teóricas para a interpretação e diálogo do que seja meio ambiente, são amplas e difusas.
Para Dulley (2004, p. 20), o "ambiente seria, portanto, a natureza conhecida pelo sistema social humano (composto pelo meio ambiente humano e o meio ambiente das demais espécies conhecidas)". Assim para o autor existe diferença entre ambiente e meio ambiente: o primeiro refere-se a "todas as espécies", já o segundo relaciona-se "sempre a cada espécie em particular". No caso da espécie humana, "seu meio ambiente corresponderia à natureza conhecida, modificada em relação aos interesses do seu sistema produtivo" (DULLEY, 2004, p. 21). Desse modo, "a noção de ambiente pode ser considerada como resultado do pensamento e do conhecimento humanos e do seu trabalho intelectual e físico sobre a natureza, e corresponde, portanto, à natureza trabalhada" (DULLEY, 2004, p. 22). Enfim, "o conjunto dos meios ambientes de todas as espécies conhecidas pelo homem constituiria o ambiente, ou seja, a natureza conhecida pelo homem" (DULLEY, 2004, p. 25).
Para Guimarães (2005, p. 12), o meio ambiente é uma "unidade que precisa ser compreendida inteira, e é através de um conhecimento interdisciplinar que poderemos assimilar plenamente o equilíbrio dinâmico do ambiente". Diante da complexidade ambiental, há necessidade de se utilizar o método da interdisciplinaridade, para estabelecer o diálogo de saberes e da relação simbiótica entre os diversos sujeitos envolvidos com sua análise, a fim de se tentar compreender a multidimensionalidade ambiental.
Muitos pesquisadores investigaram a concepção de atores sociais partindo do contexto sócio histórico da relação humana com o ambiente. Em algumas pesquisas realizadas por Oliveira (2006), e de Fernandes, Cunha e Marçal Júnior (2003), foram identificadas quatro categorias que demonstram a concepção de meio ambiente, a saber: biológica, biológica-física, antropocêntrica e não elucidativa.
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