O Caso Dos Exploradores De Caverna
Artigo: O Caso Dos Exploradores De Caverna. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: freddrumond • 3/3/2014 • 3.344 Palavras (14 Páginas) • 581 Visualizações
Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber - Parte 1
O texto aborda as ideias dos pensadores que mais se destacaram na Sociologia, fundamentais para os estudantes da Saúde Coletiva.
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Caro leitor, esta é a primeira de uma série de 4 textos que sintetizam o livro "Um Toque de Clássicos", das autoras Tania Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira e Márcia Gardênia Monteiro de Barbosa.
Apresentação da obra:
O livro “Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber”, como o próprio nome sugere, discute e analisa, de forma brilhante, diga-se de passagem, o vasto e complexo legado literário deixado por esses três pensadores (acredito que essa seja a palavra mais adequada para descrevê-los de forma resumida).
Não é à toa que os três são considerados como os fundadores do método sociológico. Aliás, se esse ramo do conhecimento pudesse ser simbolicamente representado por uma figura geométrica, certamente o triângulo seria o escolhido. E, sem dúvidas, cada um dos “grandes clássicos” (apoiando-se uns sobre os outros e mutuamente dependentes entre si) contribuiria para a formação de cada um dos três lados.
Afinal, como as autoras fazem questão de salientar, ainda que existam inúmeros pontos de discordância entre eles, é notório que a obra weberiana e a obra durhheimiana não seriam as mesmas se não tivessem sofrido a influência de Karl Marx, que os precedeu.
Aliás, ideias, valores, ideologias, conflitos e paixões presentes na sociedade permeiam a produção sociológica, que continua a ser um debate entre concepções que procuram dar resposta às questões cruciais de cada época. Por inspirar-se na vida social, não pode, portanto, estar ela própria livre de contradições.
Assim, trilhando um longo e árduo caminho, dedicando-se com afinco a estudar as indigestas teorias elaboradas por tão nobres intelectos, numa incansável (e também inatingível) busca por decrifá-las, a obra de Quintaneiro, Barbosa e Oliveira se tornaria referência para todos os amantes da Sociologia, ciência intrinsecamente humana e base de suporte para quase todos os demais ramos do conhecimento.
Merecem, portanto, as autoras, votos de louvor pela persistência prolongada na lide diária com tão instigantes assuntos. A cada edição, seu livro se torna melhor e mais agradável. A mais recente, aliás, foi lançada em 2010. Contudo, motivos não faltam para que aguardemos ansiosos por uma nova versão desta obra que, dado o brilhantismo das autoras, também já faz parte dos chamados“Clássicos da Sociologia”.
Estrutura do livro:
O livro é basicamente dividido em quatro grandes capítulos, acrescidos, ao final, de um apêndice, no qual a autora expõe em ordem cronológica os principais fatos e acontecimentos que marcaram as atribuladas vidas de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber.
No primeiro capítulo (Introdução) as autoras apresentam ao leitor os movimentos políticos, sociais, econômicos e culturais que antecederam a produção bibliográfica dos três clássicos. Desse modo, fica claro que quaisquer teorias que tenham desenvolvido, por mais fascinantes que sejam, nunca deixarão de ser meros modelos teóricos, que para sua aplicabilidade prática precisarão sempre ser relativizados e contextualizados.
Nessa mesma etapa é feita uma breve análise das obras mais marcantes dos antecessores da Sociologia, começando pela filosofia grega, passando por Descartes, Rousseau e Thomas Hobbes, e finalmente chegando aos escritos do francês Claude Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon.
Em seguida, inicia-se propriamente à análise da obra do primeiro grande clássico da Sociologia, o alemão Karl Marx. São discutidas suas principais influências e parcerias, como Hegel e Engels, indispensáveis à evolução do pensamento marxiano até o materialismo dialético e a luta de classes.
O capítulo seguinte é dedicado ao francês Émile Durkheim, primeiro professor universitário de Sociologia, considerado por muitos como o verdadeiro “pai” desse ramo do conhecimento científico.
Por último, Quintaneiro, Barbosa e Oliveira nos introduzem no pensamento weberiano, descrevendo de modo ímpar suas teorias sobre relação social, poder e dominação. Merecem destaque as reflexões a respeito da Sociologia da Religião.
Na próxima publicação faremos uma análise da obra do primeiro grande clássico da Sociologia, o alemão Karl Marx.
parte 2
Caro leitor, nesta segunda parte da série sobre o livro “Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber”, vamos abordar os temas e ideias centrais da obra, começando por uma análise do primeiro grande clássico da Sociologia, Karl Marx.
“O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais cresce sua produção em potência e em volume. O trabalhador converte-se numa mercadoria tanto mais barata quanto mais mercadorias produz. A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas. O trabalho não apenas produz mercadorias, produz também a si mesmo e ao operário como mercadoria, e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral.”
Karl Marx
As formulações teóricas de Karl Marx acerca da vida social, especialmente a análise que faz da sociedade capitalista e de sua superação, provocaram desde o princípio tamanho impacto nos meios intelectuais que, para alguns, grande parte da sociologia ocidental tem sido uma tentativa incessante de corroborar ou de negar as questões por ele levantadas.
Mas a relevância prática de sua obra não foi menor, servindo de inspiração àqueles envolvidos diretamente com a ação política. Herdeiro do ideário iluminista, Marx acreditava que a razão era não só um instrumento de apreensão da realidade mas, também, de construção de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos. As experiências do desenvolvimento tecnológico e as revoluções
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