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O EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO SOBRE AS MOTIVAÇÕES E CARACTERISTICAS PARA EMPREENDER NA CIDADE DE TOLEDO – PR

Por:   •  13/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  104 Visualizações

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Grupo de trabalho

EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO SOBRE AS MOTIVAÇÕES E CARACTERISTICAS PARA EMPREENDER NA CIDADE DE TOLEDO – PR

Deise Adriane dos Santos

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, deiseadriane@hotmail.com

Carla Maria Schmidt

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, carlamariaschmidt@hotmail.com

  1. INTRODUÇÃO

No Brasil o empreendedorismo se intensificou a partir de 1990, sendo que a economia no país teve uma maior abertura, e se popularizou com as atividades do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (FERNANDES et al., 2016).

A mulher está participando cada vez mais da criação de negócios, devido a diversos fatores, como por exemplo, um menor número de filhos, um maior grau de escolaridade e novos princípios referente a integração da mulher na sociedade brasileira (SANCHES et al., 2013).

É nesse sentido que o empreendedorismo feminino está crescendo e se destacando no mercado. Isso fica evidente no estudo do GEM, o qual demonstra que a proporção feminina que empreende superou a proporção masculina em 3% sendo 51,5% de empreendedoras e 48,5% de empreendedores (GEM, 2016). Vale destacar que a mulher tem um perfil com características empreendedoras por si só, por exemplo, são intuitivas, tem uma visão geral, buscam solucionar problemas com criatividade e inovação, são versáteis, dentre outras (FERNANDES et al., 2016).

São de grande relevância estudos sobre o empreendedorismo feminino, pois melhoram a compreensão dessa forma de empreender, além de incentivar mais mulheres e também políticas públicas que possam atender a elas (GOMES; GUERRA; VIEIRA, 2011).

Diante do exposto, esta pesquisa tem como questão norteadora: Quais são as motivações que levam as mulheres a empreenderem no Município de Toledo - PR? E quais as características dos empreendimentos femininos nessa cidade. Para tanto, tem-se como objetivo central: analisar qual foi a motivação das mulheres para empreenderem, quais características tiveram esses negócios e verificar quais são os ramos de atuação mais expressivos para que seguiram essas empreendedoras.

Este estudo desenvolveu-se na cidade de Toledo-PR, e teve como referência os empreendimentos femininos cadastrados junto Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG) de Toledo-PR.

O estudo divide-se em referencial teórico, com os principais dados de empreendedorismo no Brasil, procedimentos metodológicos com informações sobre a coleta de dados, resultados e discussões apresentando os dados e teorias obtidas pela pesquisa e considerações finais ressaltando dados relevantes obtidos com tal investigação.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

  1. EMPREENDEDORISMO FEMININO

Cerca de 52% dos novos empreendimentos no Brasil foram abertos por mulheres (GEM, 2016), e essa é uma forte tendência de comportamento no mercado, pois as mulheres cada vez mais ganham espaço ao lado dos homens (FERNANDES ET al., 2016). Deve se

considerar também que com o aumento do nível escolar do sexo feminino traz-se uma possibilidade de explorar a inovação na criação de um negócio próprio e pode se considerar ainda que um dos motivos para a criação das empresas por mulheres advém da insatisfação com trabalhos anteriores (MACHADO; GAZOLA; ANEZ, 2013).

Porém, tratando-se de empreendedorismo feminino é necessário ressaltar que ainda existem desigualdades perante o gênero masculino, o que pode ser confirmado pela dificuldade que as mulheres possuem para conseguirem financiamentos ou outro tipo de capital inicial com a intenção de abrir um negócio, além de outros obstáculos como a falta de apoio familiar, em grande parte dos casos possuem filhos pequenos, falta de conhecimento no ramo que pretendem atuar, etc (MACHADO; GAZOLA; ANEZ, 2013).

Mesmo com esses empecilhos históricos e particulares, as mulheres estão abrindo mais empreendimentos que os homens, numa proporção que os supera em 3%, sendo 51,5% de empreendedoras e 48,5% de empreendedores com novas criações de negócios no ano de 2016 (GEM, 2016), como apresentado no Gráfico 01.

Em três dos últimos quatro anos o índice de empreendedorismo de início (abertura de empresas e negócios) feminino superou o masculino, sendo em 2013 (com 52,5% delas contra 47,8% deles), em 2014 (com 51,2% delas contra 48,8% deles) e em 2016 (com 51,5% delas contra 48,5% deles), dados da pesquisa do GEM.

Para isso, pode-se ressaltar uma série de fatores como: a ambição e/ou desejo de ampliar o poder aquisitivo, aumento no valor monetário, um anseio em suprir uma expectativa empreendedora quanto a condição dela no mundo do trabalho/negócios, etc. (MACHADO; GAZOLA; ANEZ, 2013). E no geral, de acordo com Dolabela (1999) que se alcance com o empreendimento a auto realização, a realização de um sonho particular da pessoa.

Sendo assim, por meio do Serviço Social do Comércio do Paraná (SESC) e Serviço Nacional de aprendizagem Industrial (SENAI) em parceria com a FECOMERCIO implantou- se a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios em 21 municípios do Paraná. As mulheres que fazem parte da CMEG podem participar de cursos, palestras e encontros que incentivam o aprimoramento pessoal e profissional da empresária, busca-se também o desenvolvendo de ações e projetos que atendam às necessidades profissionais e empresariais dessas empreendedoras.

  1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo, desenvolvido na cidade de Toledo situada na região oeste do Estado do Paraná, objetiva principalmente apresentar um maior esclarecimento quanto a percepção das motivações e das características que fomentam o empreendedorismo feminino nesse município.

Para tanto, os dados utilizados foram provenientes do cadastro de empresas que compõem a CMEG, dessa forma, esta pesquisa é de caráter e quantitativo, pois resulta da aplicação e análise de dados coletados através dos questionários. O qual foi encaminhado via e-mail para cerca das 250 empresas, possuindo como maioria questões fechadas e apenas uma questão aberta, afim de possibilitar maior liberdade para a empreendedora se expressar, sendo assim totalizam 12 perguntas. Para Babin et al. (2006), a elaboração do questionário é apenas um passo de várias etapas, porem uma fase importante e crucial para o estudo final, o que trará confiabilidade à pesquisa.

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