O ENSINO DA MÚSICA PARA PESSOAS PORTADORAS DE TDAH: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA MODALIDADE PRESENCIAL E À DISTÂNCIA
Por: 037.902.961-80 • 11/6/2021 • Artigo • 3.154 Palavras (13 Páginas) • 187 Visualizações
Daniel Freitas Rolim Moreira (8085583)
Edson Vinícius Duarte Ramos (8085773)
Felipe Rubens Donegá Pinheiro (8088790)
Maria Angélica de Oliveira Luciano Vilela (8096434)
Licenciatura em Música
O ENSINO DA MÚSICA PARA PESSOAS PORTADORAS DE TDAH:
DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA MODALIDADE PRESENCIAL E À DISTÂNCIA
Tutor:
Marialba Matos de Castro
Claretiano - Centro Universitário
GOIÂNIA
2020
O ensino da música para pessoas portadoras de TDAH: Desafios e perspectivas da modalidade presencial e à distância
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo, abordar a importância do ensino da música para pessoas portadoras de TDAH. Muito tem sido discutido sobre o importante papel do professor dentro da sala de aula desde o reconhecimento do aluno portador deste transtorno, até a busca de soluções para que esses alunos possam superar seus medos e dificuldades relacionados a aprendizagem, convívio social, e desenvolvimento intelectual. É muito importante o papel da escola quando percebe o TDAH, na modalidade presencial, o ensino da música para alunos portadores desse transtorno, tem mostrado melhorias significativas e inclusiva, além de contribuir na formação integral do ser humano. Em tempos de pandemia, o ensino de música a distância para os alunos portadores de TDAH tem levantado desafios e perspectivas que são abordados neste artigo, porém este estudo aqui apresentado não é o suficiente para atender as necessidades apresentadas pelos alunos com TDAH, este estudo aborda e explora possíveis metodologias de ensino da música presencial e a distância, onde a principal meta é despertar o interesse, a motivação e a formação como cidadão através da educação musical e possibilitar a esses alunos as ferramentas necessárias para obterem sucesso.
Palavra - chaves: TDAH, Ensino da Música, Aprendizagem, Modalidades a Distância e Presencial.
- INTRODUÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) vem, nas últimas décadas, tomando proporções cada vez maiores. Ele se caracteriza por três categorias principais de sintomas, que são: desatenção, impulsividade e hiperatividade (VASCONCELOS et al., 2003, p.67). Os professores são, com frequência, aqueles que mais facilmente percebem quando um aluno está tendo problemas de atenção, aprendizagem, comportamentos emocionais/afetivos e sociais segundo Parker (2003, p. 205).
Assim como no ensino presencial quanto no ensino à distância utiliza-se a musicoterapia para tratar alunos portadores de TDAH, que perante a comunidade da saúde não tem recebido a devida atenção, mas de acordo com Bruscia "A musicoterapia é relativamente um campo novo. Ainda não está no alcance da consciência pública e não é amplamente compreendido por muitos profissionais da educação e comunidade de saúde." (BRUSCIA, 1997, p. 11). Tornando-se necessário uma abordagem diferente a ser utilizada pelo tutor.
O ensino da música presencial ou à distância possui vantagens e desvantagens para os alunos portadores de TDAH, pois os métodos utilizados para abordar os conteúdos podem se diferenciar para cada modalidade (LACÁREL, 1990, p. 523). A abordagem do ensino presencial nos direciona para um contato físico com o aluno, nos dando oportunidade de maior interação, enquanto a modalidade à distância limita a interação física, mas nos dá outras opções que agregam de forma agradável, nesse caso o aluno não necessita se locomover de sua casa para assistir a aula, basta ter um dispositivo com uma câmera e acesso à internet, o que todos temos através de um smartphone. Muzio et al., utiliza o termo objeto de comunicação e o define como “Objeto de comunicação o qual é designado e/ou utilizado para propósitos instrucionais”. Dessa forma, o tutor tem liberdade de administrar sua aula à distância (Apud South and Monson, 2001).
Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 6°, é garantido a todo cidadão o direito social de educação básica. Se tratando de alunos com necessidades específicas, que possuem o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), existe ainda mais a indispensabilidade desses direitos, para que por melhor qualidade possível, a educação chegue de forma didática e compreensível a eles, havendo a integração dos mesmos. Segundo Gainza (1988), a música carrega o poder de reforçar as áreas cerebrais que, na criança com TDAH, são necessárias. Além de que crianças com TDAH que aprendem um instrumento musical, melhoram a atenção, concentração, controle do impulso, motivação e a memória.
Além de todos esses dados, atualmente, no ano de 2020, enfrentamos uma pandemia na qual colocou todos os alunos em casa por tempo indeterminado, impedindo assim o contato físico entre professor e aluno. Professores e tutores se encontraram diante a necessidade de se estabelecer inovações no ensino, não permitindo o déficit da aprendizagem no país. Portanto, qual metodologia os professores de música poderiam adotar na modalidade à distância? Como é possível ensinar a música e levar seus benefícios a crianças com TDAH no formato online? É possível alcançar a todos sem a exclusão de classes sociais?
Assim sendo, o ensino da música, que além de contribuir na formação integral do ser humano e passando a ser obrigatório no currículo escolar, mostra evidente função terapêutica em indivíduos que apresentam tais deficiências. Sendo este transtorno um dos problemas de aprendizagem mais generalizados na população infantil e juvenil, transformando tal abordagem necessária ao conhecimento de pais, professores, alunos de graduação e alunos de pós-graduação para a adequada condução deste público.
Em vista disso, este artigo traz como objetivo enfatizar a importância da busca sobre abordagens e propostas de metodologias do ensino da música, promovendo então a inclusão de alunos com transtornos do desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem em turmas regulares de educação musical apontando novos caminhos facilitadores para o seu melhor aprendizado e convívio social.
...