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O Gestor E A Escola Pública

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Por:   •  14/2/2015  •  2.645 Palavras (11 Páginas)  •  590 Visualizações

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TEMA:

1. O Gestor e a Escola Pública

DELIMITAÇÃO DO TEMA:

1. O papel do gestor na construção de uma escola pública, autônoma e participativa.

PROBLEMA:

Dirigir os destinos de uma Instituição Escolar sempre foi um desafio para os diretores. Frente às mudanças provocadas por um processo intenso de globalização das sociedades, o que tem proporcionado alterações no comportamento e no modo de vida das pessoas, tal problemática se torna a cada dia um desafio a ser administrado com alto nível de habilidades intrínsecas ao indivíduo que pretende ser gestor de Instituições escolares. Sendo assim, que papel o diretor de escola pública deve desempenhar para construir uma gestão autônoma e participativa?

Para garantir que a escola cumpra seu papel de educar as novas gerações é imprescindível que o diretor seja bem preparado profissionalmente e que acima de tudo seja um profissional que tenha ligações direta com a comunidade; que saiba trabalhar com a coletividade e que desenvolva ações que busque a comunidade para o interior da escola; que saiba ou tenha conhecimentos psicopedagogicos no âmbito educacional, pois é fundamental que se questione: a formação profissional do gestor tem uma ligação direta com as dificuldades de aprendizagens apresentadas pelos alunos, na escola pública? Ou, se o modelo pelo qual o diretor escolar chega ao cargo, influencia diretamente na autonomia de sua gestão? Também, é fundamental questionar, se o modelo de provimento do cargo do diretor contribui para que este desenvolva habilidades necessárias ao conhecimento e intervenção frente aos problemas de aprendizagem detectados no ambiente educativo, ou se este mesmo modelo firmará concretamente a idéia de um gestor apenas burocratizado?

Aliado a estes fatores, o gestor escolar deverá proporcionar abertamente o processo de democratização e participação autônoma de todos os envolvidos com a comunidade escolar, promovendo a discussão e a socialização dos problemas enfrentados, haja vista que seu papel fundamental é garantir uma gestão eficaz.

HIPÓTESES

1. A autonomia da instituição de ensino é ampliada com uma eleição direta ou com critérios específicos e técnicos para o provimento do cargo do gestor escolar.

2. O papel dos diretores de escolas públicas frente às exigências educacionais contribui decisivamente para a construção de uma gestão autônoma e participativa;

3. A formação profissional do gestor da escola pública implica na melhoria de sua gestão e na qualidade do ensino na Instituição Escolar.

JUSTIFICATIVA:

No contexto da educação brasileira pouco se tem registrado mudanças no modelo estático e centralizador de como se dirige as escolas públicas.

Nos últimos anos o modelo de direção de escolas, estava fundamentada na figura do diretor outorgado, sem voz própria dentro do estabelecimento de ensino, tendo sua função resumida a guardião e regente da Instituição Escolar. Assim, o tema da pesquisa em questão, o Papel do Gestor na construção de escolas públicas autônomas e participativas, insere-se como mecanismo democrático para promoção de uma formação cidadã, como salienta Luck (2000) “Propõe-se que a gestão da escola seja democrática, porque se entende que a escola assim o seja, para que possa promover a formação para a cidadania” (p. 28). Segundo tal parâmetro, o papel do diretor, passa a ocupar uma posição de destaque na agenda de mudanças necessárias frente ao olhar despolitizado imposto às várias décadas na educação brasileira.

Autores como Luck, Paro e Machado abordam a questão da gestão escolar e defendem pontos urgentes que efetivamente podem contribuir para uma melhoria na qualidade administrativa das nossas Instituições Públicas de Educação: a questão das eleições comunitárias e/ou adoções de critérios técnicos específicos para escolha dos diretores escolares; a sua própria autonomia; a construção de uma gestão participativa e a permanente formação dos gestores de escolas públicas. Assim, tais discussões não nascem apenas da consciência dos envolvidos diretamente com a escola, mas a própria sociedade cobra que faça diferente. Todavia, hoje a escola se encontra no centro das atenções da sociedade, pois a mesma se constitui num grande valor estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade, como também esta, é condição essencial para a qualidade de vida das pessoas.

A escolha do tema deve-se pela relevância do papel que este membro desempenha no conjunto da engrenagem que faz uma escola funcionar, pois a escola tem a cara da sua equipe administrativa em especial à do seu gestor.

No que se refere ao preenchimento do cargo de diretor de Instituição Pública de Ensino, a comunidade escolar e a sociedade como um todo, reclama e anseia por mudanças concretas e significativas no modelo atualmente em vigor em nosso país.

Estudos e pesquisas realizadas neste campo apontam para adoção de um modelo mais participativo, isto é, a realização de eleições diretas e/ou elaboração, por pessoas competentes e qualificadas para tal, de critérios técnicos e específicos para o provimento de cargo do diretor escolar. Neste tocante, é pertinente citar que tais modelos ou outros critérios que poderão ser construídos e adotados assegurarão aos gestores de escolas públicas, uma autonomia mais ampla e mais consistente para a tomada de decisões, e conseqüentemente, a figura do gestor se tornará uma âncora para a promoção de uma educação que prime efetivamente pela qualidade e o atendimento a todos os cidadãos. Por conseguinte, é premissa de tais modelos que o indivíduo que venha a ocupar este posto seja portador de uma visão compartilhada de gestão numa ótica de responsabilidade com seus colaboradores e com a comunidade em que a Instituição de Ensino se encontra, de modo que eles se sintam co-responsáveis pelo processo de tomada de decisões e participem de forma consciente do gerenciamento dos destinos da escola.

Luck (2000) enfatiza que “o movimento pelo aumento da competência da escola exige mais competência de sua gestão, em vista do que, a formação de gestores escolares passa a ser uma necessidade e um desafio para os sistemas de ensino” (p. 28-29). Assim, é imprescindível que uma formação mais consistente para os gestores de escolas públicas seja desencadeada e implementada de forma permanente nos cursos, de modo que estes adquiram habilidades específicas que muito contribuirão para a melhoria

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