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O MERCADOR DE VENEZA

Artigo: O MERCADOR DE VENEZA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/5/2014  •  3.292 Palavras (14 Páginas)  •  782 Visualizações

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Shakespeare traz em sua trama; “O Mercador de Veneza” a história de Bassânio e Antônio, este primeiro era um nobre veneziano, que perdeu toda sua herança; pretendendo conquistar a bela e jovem Pórcia de Bolmonte, resolve recorrer ao amigo Antônio, a fim de que lhes empreste alguns ducados. Antônio, no momento não dispõe dos ducados, no entanto, não medindo esforços para ajudar o bom amigo, resolve fazer uso de seu nome e pegar emprestado 3 mil com Shylock, um judeu que empresta dinheiro a juros. No entanto, uma das cláusulas contratuais é a de que, caso Antônio não venha a cumprir com o contrato em tempo determinado, pague-lhe com uma libra de carne de seu próprio corpo, O mercador, acreditando que suas embarcações chegarão a tempo e que possa assim cumprir com o combinado, aceita as condições de Shylock. Bassânio vai então à Belmonte e, chegando lá, descobre que para ter a mão de Pórcia, terá de passar pela prova dos escrínios; onde, dentre as 3 caixas, deverá escolher a correta, a aquela que tiver a foto da amada; tudo dar certo, para a alegria do casal. Para destruir total felicidade, Bassânio recebe uma carta, dizendo que as tripulações de Antônio naufragaram e, a gora ele terá que cumprir com as cláusulas penais do contrato. Pórcia e Nerissa resolvem ajudar Antônio e Bassânio, vestindo-se de homens, vão ao tribunal e conseguem livrar Antônio das maldades de Shylock; que tem metade de seus bens doados ao Estado e a outra metade doada à Antônio, por ter atentado contra a vida dele; para Shylock, foi mais uma ruina, pois, já teria perdido sua filha, que fugiu com um Cristão, levando boa parte de seus bens.

3. CITAÇÕES POR CAPÍTULO

Ato I:

Na verdade, ignoro a razão de minha tristeza. Ela me obseda; dizeis que ela também vos obseda: porém, como eu apanhei, nela tropecei ou a encontrei, de que matéria é feita, de onde nasceu, estou ainda para saber. Ela me torna tão estupido que tenho grande trabalho para reconhecer-me. (SHAKESPEARE, 2008, p, 17)

Não, acreditai-me, graças à minha fortuna, todas as minhas cargas não estão confiadas a um só navio, nem as dirijo para um só ponto; nem o total de meus bens está à mercê dos contratempos do presente ano. Não são, pois especulações que me fazem ficar triste. (SHAKESPEARE, 2008, p, 17)

Não ignoras, Antônio, até que ponto dissipei minha fortuna, exibindo um fausto excessivo, que meus parcos recursos não me permitiram sustentar. Não me aflige ser obrigado a cessar esse plano de vida, visto que me interesse principal consiste em sair com honra das enormes dívidas que minha juventude, às vezes prodiga demais, me deixou contrair. É a ti, Antônio , a quem mais devo em dinheiro e em amizade, e com tua amizade conto para execução dos projetos que me permitirão desembaraçar-me de todas as minhas dívidas. (SHAKESPEARE, 2008, p, 21)

Sabes que toda minha fortuna está no mar e que não tenho dinheiro nem meios de reunir imediatamente a soma que teria sido necessária. Assim, vai, investiga o alcance do meu credito em Veneza; estou disposto a esgotar até a última moeda para prover-te com os recursos que te permitam ir a Belmonte, residência da bela Pórcia. Vai, procura, enquanto eu procurarei de meu lado encontrar o dinheiro e, não duvido que o encontre, seja por meu crédito, seja em consideração por minha pessoa. (SHAKESPEARE, 2008, p, 22)

Estais lembrada, senhora, de um veneziano, sábio e bravo, que aqui esteve, quando vosso pai era vivo, em companhia do marquês de Montferrat? Sim, sim, era Bassânio! Creio que assim se chamava ele. Exatamente, senhora; de todos os homens vistos até hoje pelos meus humildes olhos, em minha opinião, é o mais digno para uma bela dama. Lembro-me bem dele e recordo-me de que era digno de teus elogios. (SHAKESPEARE, 2008, p, 26-27)

Três mil ducados? Bem. Sim, senhor, por três meses. Por três meses? Bem. Por cuja soma, segundo já vos disse, Antônio será fiador. Antônio será fiador? Bem. Podeis servi-me? Quereis comprazer-me? Conhecereis vossa resposta? Três mil ducados por três meses e Antônio como fiador. (SHAKESPEARE, 2008, p, 28)

Pois desejo provar-vos essa generosidade. Vinde comigo a um notário, lá assinareis simplesmente uma caução. E, por brincadeira, será estipulado que, se não pagardes em tal dia, em tal lugar, a soma ou as somas combinadas, a penalidade consistirá numa libra exta de vossa bela carne, que poderá ser escolhida e cortada de não importa que parte de vosso corpo que for de meu agrado. [...] por minha fé, estou de acordo; assinarei a caução e direi que há muita generosidade no judeu. [...] não deveis assinar semelhante documento por minha causa; prefiro continuar na necessidade em que me encontro. [...] vamos, nada receeis, meu amigo. Não há perigo de que venha a falar com o prometido, pois, nestes dois meses, ou seja, um mês antes da expiração do prazo, espero receber três vezes o triplo do valor da caução. (SHAKESPEARE, 2008, p, 33)

Parecer do capítulo:

Nesta primeira parte da obra, Shakespeare traz a história de Bassânio, que, apesar de fazer parte da nobreza veneziana, encontra-se com sua situação financeira bastante desfavorável, o qual, a fim de conquistar o coração da Bela Pórcia de Belmonte, recorre ao seu amigo Antônio, a fim de que o mesmo lhes empreste um bom dinheiro. Antônio , desde já, dispõe a ajudar Bassânio, porém, naquele momento, apesar de muito rico, e ele não se encontra com os 3 mil ducados em mãos. Fazendo uso de seu bom nome, Antônio não mede esforços para ajudar Bassanio, recorrendo ao agiota e judeu, Shylock, que, na ocasião, resolve descontar todo o ódio que sente por Antônio, propondo que, lhes empresta o dinheiro, por um prazo de 3 meses, caso o mesmo não venha a cumprir com o combinado, pagará ao credor com uma libra de carne de seu corpo. Mesmo contra Bassânio, Antônio aceita as proposta de Shylock, acreditando o mesmo, que poderá cumprir com o combinado.

Ato II:

Tendes de aceitar vossa sorte. Assim, ou renuncia a toda escolha, ou jurai, antes de escolher que, se escolherdes mal, jamais no futuro ou falareis de casamento com qualquer dama... refleti, pois. Aceito as condições. Vamos, conduzi-me à minha sorte. Vamos primeiro ao templo. Vamos, conduzi-me à minha sorte. Vamos primeiro ao templo. Depois do jantar, consultareis a sorte. Que fortuna, então, seja-me propicia! Pode tornar-me o mais feliz ou o mais desgraçado dos mortais. (SHAKESPEARE, 2008, p, 36)

Sinto que deixes meu pai assim; nossa casa é um inferno e tu, um alegre diabo,

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