O Processo de Cuidar em Saúde Mental

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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

Componente: Processo de Cuidar em Saúde Mental

Professor: Valdecir Carneiro da Silva

Grupo: Estefany Kênia de Souza Freitas

Natália Agostinho Dos Santos

4º Exercício de Verificação de Aprendizagem

Instruções:

O exercício aborda um Caso Clínico ou Situação-Problema para elaboração e apresentação do Projeto Terapêutico Singular - PTS com fundamentação na Clínica Ampliada, diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos para intervenções e uso tecnologias de cuidado para Saúde Mental e Atenção Psicossocial.

A devolução- deposito das respostas por meio da plataforma do Google Classroom deverá ser realizada por todos os participantes, independente de sua realização em grupo.

Coleta de dados por meio da leitura do Caso Clínico ou Situação-Problema para elaboração do PTS

Caso Clínico^[1] 

MEOAP, feminina, 55 anos, pensionista solteira, católica, estudou o 1° grau incompleto, natural de Recife – PE. Foi admitida no Centro de Atenção Psicossocial em 02/08/2004 com diagnóstico médico de psicose (CID: F-20. 9) e histórico de três a dez internações.  

A usuária outrora levou uma vida social normal até aos 27anos, quando entrou em sofrimento psíquico. Anteriormente, sua situação de saúde estava diretamente relacionada às viagens que a mesma fazia para a casa de uma tia que residia na cidade de Campina Grande - PB. Após estas viagens seu quadro foi se agravando gradativamente com ‘alterações da consciência do eu’.

De acordo com o relato da irmã de MEOAP, a mesma sentia uma forte angustia e tinha dificuldades para dormir, tendo varias entradas em hospitais psiquiátricos de Campina. A irmã alega tristeza porque a cliente faz uso de medicamentos psicotrópicos.

Indagada, a usuária não soube expressar bem o que realmente sentia, por ter problemas relacionados à dicção. A usuária sofre de hipertensão arterial, mas não faz uso de medicação para esta condição de saúde, já deu entrada na UTI do Hospital João XXIII com quadro de Acidente Vascular Cerebral, para qual ficou uma semana internada, e submeteu-se a procedimento de drenagem de um dos pulmões.

Durante Avaliação do Estado Mental, a usuária apresentou-se: inquieta e não cooperativa, durante a entrevista; lúcida; desorientada quanto ao tempo e espaço; pensamento desorganizado e verbalização contínua; não demonstra atenção durante a entrevista e não responde prontamente as perguntas; memória não preservada; não demonstra conhecer sobre a gravidade da sua doença; humor: instável; e  ausência de afetividade.

Durante Acolhimento no CAPS II em 02/08/2004, se queixou que já mais ou menos dez anos relatou uma forte angústia, insônia e já teve varias internações/reinternações em hospitais psiquiátricos. Sua irmã alega tristeza porque a usuária faz uso de medicamentos psicotrópicos. Atualmente faz uso de Haloperidol (5mg) e Cloridrato de Prometazina. 

Não soube expressar bem o que sente e nem o que faz. Apresentou dificuldades não dicção. Mora na companhia da irmã, gosta de fazer crochê mais alega que ninguém a entende. È católica praticante e diz que prefere fazer atividades domesticas. Recebe o beneficio de auxilio doença do INSS e a tutora é sua tia. A usuária não participa de nenhuma atividade física e nem lazer. 

O uso/administração da medicação foi descrito com a seguinte prescrição: 

• Prometazina duas vezes ao dia: 01comprimido pela manhã e outro a noite 
• Haloperidol (5mg) duas vezes ao dia: 01 comprimido manhã e outro à noite, 
• Diazepam (10mg) uma vez ao dia: 01 comprimido à noite.

Em 30/10/2006, a usuária retornou ao CAPS II encaminhada pelo URSM (Unidade de Referência Saúde Mental) – Emergência Psiquiátrica e encontrava-se ainda em crise. De acordo com sua irmã a usuária grita o tempo todo e é agressiva, não sofre alterações visuais e auditivas. E, estava fazendo uso de Haloperidol, Prometazina, Diazepam e Fenoxetina.

Em 17/12/2007, a usuária foi acolhida para avaliação psíquica mensalmente por “não ter perfil para as oficinas terapêuticas”. Em 30/10/2006 sua mãe foi a óbito há um ano; e atualmente reside com irmãos.

Para pensar, sentir e refletir.

Diante do exposto, se imagine como enfermeira (o) da estratégia saúde da família - ESF que tenha realizado o Acolhimento deste usuário; e para qual, após reunião de equipe, foi delegado para operacionalizar com domínio de competência e habilidade, a elaboração e apresentação do Projeto Terapêutico Singular – PTS, obedecendo às diretrizes para intervenções e uso tecnologias de cuidado do Caderno de Atenção Básica, nº 34 – Saúde Mental^[2] e a Cartilha do PNH ^[3]- Clinica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico Singular, considerando que o PTS contém quatro momentos: