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O QUE A SOCIEDADE ENTENDE POR PERFEITO

Por:   •  19/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.890 Palavras (12 Páginas)  •  293 Visualizações

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As manifestações populares sempre fizeram e ainda fazem parte do processo histórico Brasileiro, e ao questões que norteiam essas manifestações e que levam a acontecer são fatores e situações sócias, econômicas e políticas. Fazendo uma  manifestações conseguiram alcançar seus objetivos após reunirem milhares de pessoas como por exemplo, a Revolta da vacina (1904), Suicídio de Getúlio Vargas (1954), Comício das diretas já! (1984), Marcha da família e marcha da vitória (9164), e Impeachment de Collor (1992).

Podemos relembrar grandes manifestações que ocorreram por volta do ano de 1992 nas ruas do Brasil, pedindo o afastamento do ex-presidente Fernando Collor, fortes indícios de corrupção em seu governo, a juventude pedia a saída do mesmo, que havia sido o primeiro eleito por voto direto após o fim da ditadura civil-militar, e esses jovens ficaram conhecidos como “caras pintadas” , pelo simples fato de pintarem seus rostos com pequenas faixas das cores da bandeira do Brasil, após essa forte pressão, Collor renunciou o cargo e quem assumiu foi o vice-presidente Itamar Franco. Outro manifesto também foi o caso da campanha das “diretas já!” que teve repercussão a partir de 1983, e o objetivo desse era provação de uma lei que possibilitasse a eleição direta para Presidente da república. O país vivia nos últimos anos da ditadura militar o que não impediu que milhares de pessoas saíssem ás ruas para participar nos comícios e exigir uma maior abertura democrática, apesar da pressão a lei não foi aprovada e o presidente posterior foi eleito de forma indireta pelo colégio eleitoral, porém um novo cenário político foi aberto , com uma maior liberdade de participação política; e assim tantas outras ocorreram na história do Brasil em diversos momentos. A mais recente manifestação popular brasileira aconteceu no primeiro semestre de 2013,uma série de manifestações populares ocorreu em centenas de cidades brasileiras, tendo como foco inicial a redução das tarifas do transporte coletivo, porém, as reivindicações ganharam força e trilharam novos rumos, trazendo assim outras questões sócias e dando continuidade a essa rede de protestos já no segundo semestre de 2013 tivemos greves e importantes reivindicações envolvendo professores do município do Rio de Janeiro que teve apoio de outros estados e assim mais bandeiras foram  levantadas, destacando-se como exigência a qualidade para educação, saúde, segurança pública e principalmente combate a corrupção, além do controle inflacionário. O povo nas ruas expressa uma ânsia da sociedade brasileira, clamam por maior participação direta da população nas decisões do país, querem eleições limpas e transparente, prioridades sobre os investimentos que é a questão básica da política, querem apenas mais espaço na democracia participativa e esta tem que ter mais a cara do povo. Estabelecer relações umas com as outras, ou seja, movimentos passados e movimentos presentes são meio complicados, pois é preciso analisar e compreender cada uma delas, porém olhando por outro parâmetro,  todas acontecem com a mesma finalidade, a luta pelos direitos da população. Toda manifestação é unânime é a voz do povo a busca de uma ampla democracia e reforma política. Em síntese, toda essa questão social tem que ter um reflexivo e grande aprofundamento nos estudos que desrespeitaram a sociedade, afim de melhor compreende-los, não é fenômeno novo e muito menos novidade no Brasil, desde os primeiros anos da República, para não voltarmos ao Brasil colônia à desigualdade social se expressa em diversas formas e condições. De forma rápida, podemos citar as mobilizações populares que varreram o brasil o Brasil, especialmente na capital, o Rio de Janeiro, no período imediatamente após a proclamação da República de 1889 (Revolta da Vacina, as Revolta da Armada), passando pelas movimentações verificadas anteriormente a eclosão do Golpe civil-militar de 1946 e o Regime dele decorrente, bem como toda a efervescência ocorrida no ano de 1968, como a passeata dos Cem Mil e a revolta por ocasião do assassinato do Estudante Edson Luís de Lima Souto, secundarista de 16 anos, ocorrido no dia  28 de março de 1968, durante a invasão feita pela política no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro. Não podemos esquecer da extraordinária mobilização política e social verificadas no contexto da abertura política do final dos anos 1970 e início dos anos 1980, especialmente aquelas em torno da reivindicação para eleições diretas para a presidência da República, a campanha “Diretas Já”, de 1984. Como resultado, embora o pleito popular não tinha sido aceito para aquele ano, o movimento contribuiu para fincar mais solidamente as bases da democracia brasileira. O Ano 1992, marcada por densa mobilização popular estas  denominadas pela  imprensa de Caras  pintadas – que tiveram como consequência a destituição de Fernando Collor da Presidência da república. Em todos esses casos, as manifestações tinham como plano de fundo a busca por algum tipo de mudanças institucional e reativação da ação política. Foram ciclos de protesto que se abriram e se encerraram ,as vezes com vitórias, a exemplo daquelas contra o Regime Militar e o  entulho autoritário, outras com desfechos negativos, pelo menos imediatos (a campanha das Diretas Já) e outras em que as resposta vieram prontamente, como exemplo, a destituição de Collor. O mais importante a destacar, é que todos esses ciclos de protestos reclamavam algum tipo de “ruptura” com o que estava posto e apontavam a necessidade de algum tipo de reforma institucional. Em 1945, quando o povo gritava “queremos Getúlio deu-se sua primeira deposição. Mas, aquele não era um tempo de redes sociais e sujeitos singularizados. Esta mania do brasileiro de nunca acreditar em si mesmo precisa ter fim. A massa quer mais que catraca livre, PSOL. Por outro lado,  corre a interpretação que o povo enojou-se da política partidária e para este caso a solução séria oferecer a possibilidade de candidaturas de pessoas fora de legendas políticas ou promover a reavaliação funcional dos atuais partidos, algo do tipo trocar nomes antigos para que adquiram novas conotações distantes de seus sentidos originais, assim defende Cristovão Buarque (PDT). De todo modo, quem souber entender os reclames do povo sairá á frente. A reforma política é indiscutivelmente um clamor público. Penso que com bandeiras abaixadas devemos partir para esta luta. Este é o tempo em que vivemos a revolução do sujeito singularizado, este que rejeita a serialização da subjetividade, tal como quer o capitalismo com suas perversidade. O que aconteceu para que mais de 1 milhão e meio de pessoas em 19 capitais e mais de 100 cidades brasileiras saíssem ás ruas protestando? Qual é a natureza e o sentido das manifestações que tomaram o país, configurando o maior movimento popular da história do Brasil? SÃO perguntas que persistem duelando com nossas inteligências. Em Brasília, quando manifestantes violentamente chutaram o prédio do Congresso Nacional. O descontentamento com o cenário nacional levou ás ruas sujeitos de diferentes percursos sócias. O movimento  passe livre SÃO PAULO (MPL) chamou mesmo foi para ir até ali na esquina, em passeata pela revogação do aumento da tarifa de ônibus. Mas, a multidão que se foi constituindo nas avenidas  vinha com mais fome que os pobres que tem fome na rua. Uma fome velha, sentida, batida, dobrada e redobrada por respeito aos direitos de cidadania plena, pela partilha nas decisões do Estado, por uma vida civil com saúde, trabalho, moradia e educação e, sobretudo fome de doer pela moralização na administração política. Como lembrar  de (2010), as guerras civis são o resultado da intolerância dos dominadores. O povo descontente tomando as ruas, a  ameaças de generalização dos quebra – quebras, a violência desferida contra os espaços de poder constituídos, diante dos fatos, era preciso soprar com calma a fogueira explosiva em que se transformou no Brasil,  de  10 a 21 de junho de 2013. Quando se espalhou por SÃO PAULO um protesto contra o aumento de 20 centavos na passagem de ÔNIBUS, todo mundo sentiu que a coisa era bem maior. Tão maior, mais mobilizadora, mais assustadora e mais apaixonante que, em  uma semana, multidões bem acima  de 1 milhão de pessoas jorraram afora na história noite de quinta – feira. Todos os comparativos anteriores, como Diretas Já é fora Collor, empalideceram diante dos poderes, de um lado, e o poder dos que se sentem muito mal representados, de outro. A presidente acuada, as instituições em estado de estupor, os políticos desaparecidos e a turbamulta subindo a frágil passarela do palácio Itamaraty criaram outro sentimento estarrecedor: é muito fácil quebrar o vidro que separa a ordem caos. podem-se passar décadas sem que nada mude.  pode concentrar décadas de mudanças. Foi o que se viu no Brasil na semana. Os cartazes na rua fizeram das copas símbolos odiados do gasto público de péssima qualidade, do desvio de dinheiro e do abuso de poder. O pobre presidente do PT , Rui Falcão, saiu do episódio apelidado de Rui Falcollor. Em 1992, em gesto de desespero, o então presidente Fernando Collor convocou os brasileiros a sair ás ruas de verde e amarelo. O povo saiu de preto, e ele saiu do palácio do planalto. Falcollor mandou a militância retomar as ruas, das quais os petistas se achavam donos, e viu o povo cair de pau na hipocrisia. Como generais que comandam uma guerra atual pelos ensinamento adquiridos no combate anterior, especialistas em análise política recorreram ao depósito de lugares – comuns para explicar os muitos e mutantes acontecimentos no Brasil. Apesar da natural confusão, é bom lembrar antecedentes históricos de protestos em massa e seus resultados. A razão imediata da queda do muro de Berlim foi um piquenique. A Hungria já fora da esfera soviética fez uma confraternização fronteira com a Áustria, milhares de alemães – orientais aproveitaram a chance de escapar e, quando centenas de milhares de pessoas foram ás ruas de Berlim, o contrato armado do muro foi eliminado. O comunismo acabou e a Alemanha se reunificou. Em 1904 ( 10 á 16 novembro) na cidade do Rio de Janeiro, na época chamada República Velha. O Presidente Rodrigues Alves junto com Sanitarista Oswaldo Cruz, criam a lei que obrigava a população se vacinar, criada para combater a peste bubônica e outra doença da época. A população se revolta contra a lei, pois suas casas passa a ser  invadidas  pelas sanitarista que seguem os procedimentos exigidas  pelos governo, pois a vacina não era tão eficaz. Início do século XX, Revolução Operária; a burguesia dava espaço para o capitalismo. Onde cada vez mais acumulava riqueza e desvalorizava o trabalhador, não tinha nenhum direito e eram tratados como escravos, muitos eram  imigrantes Europeus e Influenciados pelas origem anarquista comunista, e são peça chave na formação da eclosão das greves. Entre 1905 á 1907 foi criado vários projetos dentre eles estes surgem o 1º  Congresso Operário Brasileiro, dando Início ao Sindicalismo no Brasil e em 1º de Maio 1907, 1º greve geral dos Operários, dura quase 1 mês é um ponta pé inicial para as conquistas trabalhista. Em 1917, 1º guerra Mundial, início em SÃO PAULO a 2º greve geral, devido os preços dos alimentos e o salário em desvalorização e aumento da carga horária, saem as ruas em 9 de Julho, teve violência e casos de mortes, mais mesmo assim torna-se um ponto positivo e dar espaço entre dialogo patrão e empregado. A CLT (consolidação das leis trabalhista) foi unificada em 1943 pelo então Presidente Getúlio Vargas, que dá mais prioridade aos trabalhadores. Regime Militar; 16 de Junho de 1968 período este marcado na política brasileira, o país conduzido pelo militares, ditava as regras, atos institucionais, censura, perseguição política essa era as consequência para quem fosse contra o regime. Em 16 de junho, Rio de Janeiro, protesto com mais de 100 mil pessoas, este organizado pelos estudantes e membros importante da sociedade ( Igreja, Artista dentre outros) e que virou um exemplo de luta pela liberdade.  Diretas Já ( 1984): O Brasil se uni para pedir a volta das eleições diretas para Presidente da República, extinta desde 1964, a eleição não mais decidida pelo colégio eleitoral e sim pelo voto direto, os manifestantes foram ganhando cada vez mais apoio político, no dia 25 de Abril de 1984 acontece a votação, 298 votos favor e 65 contra e 3 abstenções. Impeachment de Collor (1992) envolvido em corrupção, lavagem de dinheiro o presidente Fernando Collor E PC Farias, denúncia feita pelo irmão Fernando Collor, com a corrupção a inflação aumentada, bloqueios das cadernetas de poupança, onde  todas as classes sócias, revoltadas mais 750 mil pessoas vão as ruas para gritar fora Collor, Impeachment e 24 de Agosto foi afastado e passa assumir Vice Itamar Franco. O Brasil  torna-se um grande palco de protesto, um dos maiores nos últimos tempos. Deu início como aumento das passagens de ônibus nas grandes cidades e contra a lei PEC 37 (proposta de emenda á constituição) sendo aprovada, OS Estados a serem investigado, aumentando a corrupção e impunidade. A cada manifestação, era claro a revolta da população com mal uso do dinheiro público e dos descaso das questões sociais. O Brasil hoje é conhecido mundialmente o país que arrecada mais impostos e o pior em retorno (benefício) para a população, Bilhões foram gastos nos  estádios  da copa 2014, onde deveria se gasto com o SUS, Educação, melhoria na segurança, moradia, no transporte coletivo dos centros Urbanos. Pessoas de todas as idades e classe sócias, juntos em fazer despertar a democracia e a sede de luta por um Brasil Justo. Alguns fazem vandalismo deixando a situação cada vez mais pior. O governo e a população mostra-se preocupado com o rumo que os protestos chegaram. As  manifestações  populares ocorridas em meados de 2013,reflete a indignação da população com várias adversidades que ocorrerem e ainda vem ocorrendo no país. A grande explosão se deu, pelo aumento das passagens do transporte coletivo terrestre, sem nenhuma melhora  nas condições destes. Isto talvez tenha sido a gota d’ água para os diversos problemas sócias que o povo vinha sofrendo calado, até então. O que querem as multidões de junho de 2013? Antes de tudo , as suas demandas são morais: que o seu voto valha algo, que políticos corruptos sejam presos, que haja desmilitarização das PMs, que não se sintam humilhadas quando precisam recorrer  aos serviços públicos e que haja redução nas distorções salarias e legais entre as categorias profissionais ( VIANNA, 2013, P. 38). As redes sócias foram fundamentais, pois através delas foi possível mobilizar os internautas a “irem para as ruas” e protestar. E foi através deste tipo de comunicação que surgiu uma característica importante desses protesto. Através do uso da hashtag “O gigante acordou”, é possível perceber um predicado que remete as diversas manifestações  semelhantes ocorridas no Brasil no passado. Contudo, uma das principais diferenças entre as manifestações de 2013 e alguns protestos históricos como a campanha das “Diretas Já” em 184, o “ Impeachment de Collor” e os “Caras-Pintadas”, é o objetivo, ou o foco, de cada uma delas. Os protestos  do passado do passado possui como grande articulador o evidente cunho político e partidário para participação popular nas decisões políticas. Já as manifestações da atualidade, tem segundo Vianna (2013, p. 43), a seguinte origem: A agenda inicial das manifestações de junho não nasceu de partido políticos, mas do apartidário (mas não antipartidário) e anarquista Movimento Passe Livre (MPL), que tem uma natureza agregativa mais dinâmica de novas agendas para ações reivindicatórias coletivas, o que não deve ser confundido com a falta  de foco ou oportunismo político. Por isso, o ponto de partida ( redução de preço nas passagens do transporte coletivo de massa, garantida do passe livre e da gratuidade e melhorias nos serviços) que configurou socialmente as suas negociações sócias coletivas por direitos não será necessariamente o ponto de chegada de todas as mobilizações. Assim, ressalta-se ao mesmo tempo a semelhança e a diferença entre as protestações do passado e da atualidade, que se configuram como importante ferramenta pública social para termos, de acordo LEITE (2013, P.55), “uma sensação de que caminhamos em frente demonstrando a existência de nossa vitalidade, de nossa potência e estimular a criação e a esperança”.              

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