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O ser perfeito idealizado pela sociedade

Relatório de pesquisa: O ser perfeito idealizado pela sociedade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.248 Palavras (9 Páginas)  •  186 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O ser perfeito idealizado pela sociedade é um individuo completo em harmonia e qualidades e sem nenhum defeito; Temos, por exemplo, bem citada à bailarina, símbolo de perfeição descrito na letra da musica “a bailarina” de Chico Buarque.

Nesses parâmetros a perfeição é inalcançável e jamais estará completamente acabada, devido às diferenças existentes na sociedade, expressas em diversidades, desigualdade, preconceitos, paroxismo da exclusão que vão de contra o padrão de perfeição.

O direito de ser diferente é assegurado pelo principio da igualdade, sem que suas diferenças não resultem em prejuízos aos outros.

O modelo de perfeição da sociedade está inserido em valores que constituem um patrimônio subjetivo e que influenciados pelo capitalismo globalizado individualista mundial que procuram valorizar mais os produtos do que as pessoas.

O indivíduo deve se enquadrar nas normas, padrões, regulamentos mínimos conservados e adotados pela sociedade como um todo, para que o caos não se estabeleça e não fira os ideais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O QUE É SER PERFEITO

Os artigos textuais sugeridos pela Universidade Unopar, motiva-nos a pensar na figura ideal do que é ser perfeito e se de fato este ser perfeito existe, já que na construção da perfeição, caracteriza-se o ser perfeito completo e ideal, como, este ser que reúna harmonia, ordem e todas as qualidades, não possuidor de nenhum defeito. Designa ainda uma circunstância que não possa ser melhorada ainda mais e mais.

O ser perfeito é visto equivocadamente em nossa sociedade como uma figura idealista no sentido exatamente desejável ou mesmo necessário para atingir o sucesso. Sentido este, que sempre deixará um espaço para um ideal a ser atingido. Contudo, o que mais aflora-nos à mente, em nossa reflexão da qualidade do humano como ser perfeito, ou pelo menos idealmente perfeito, é uma condição em que a perfeição não é alcançada, de forma que ele jamais estará acabado, terminado, completo, ou seja, totalmente perfeito.

Cabe então, uma pergunta – o que é ser perfeito? Como a sociedade ver o ser perfeito como normal? Aqui no “nosso” mundo, montamos um sistema consensual que nos permite viver confortavelmente dentro da aceitabilidade social ou, do tipo de vida que se espera de uma pessoa perfeita. Esse sistema, não serve apenas para uso pessoal, mas para aferir o comportamento alheio. Quem quer que se revele fora dos limites estabelecidos, corre o risco de ser considerado anormal, ou, no mínimo, atípico.

Nesta analise ainda, podemos perceber que as diferenças presentes na sociedade brasileira no que se referem aos aspectos econômicos, políticos, sociais, educacionais, e os relacionados à saúde, são os que mais as diferem do modelo de perfeição. Isso tudo, deve-se ao fato de estarmos vivendo num mundo globalizado, associado ao crescimento dos mercados globais por fluxos e hierarquias como também submetido aos interesses daqueles poucos que controlam e regulam os meios de serviços e de produção, sem levar em consideração à ética, a moral, os direitos, a democracia e a justiça social.

Dentro do contexto social, põe-se em evidencia à carência de uma postura ética estável a qual visa o bem comum a todos. A desigualdade, a diversidade, o preconceito e a exclusão social, são paradigmas que precisam ser quebradas e o valor seja atribuído às pessoas como ser e não aos produtos e serviços. Pois quando valorizamos o ser humano, questões como dinheiro e poder perdem sua importância, assim, deixaremos de ser uma sociedade individualista e extremamente capitalista, para sermos um modelo da quase perfeição.

É de extrema importância focar sobre estes problemas e em conjunto buscar soluções, realizar ações, que garantam a todos o direito a justiça, a liberdade, a igualdade e as oportunidades, respeitando-os as crenças, culturas e diversidades.

2.2 O DIREITO DE SER DIFERENTE

Todo individuo possui sua peculiaridade. Cada um tem a sua própria singularidade que o diferencia como um ser, em relação a sexo, idade, raça, estado civil, convicção filosófica, religiosa, política, situação familiar, condição de saúde, física, sensorial, mental ou orientação sexual. Porém, as discórdias pautadas nas diferenças sempre alimentaram e alimentam desavenças entre grupos e pessoas.

Sob tal perspectiva, vale a pena ressaltar que no processo evolutivo da humanidade viemos vivenciando uma série de atos de intolerância a diferença. Uns dos entraves enfrentados é a propensão que nos leva a definir pessoas diferentes de forma negativa, de termos um olhar de inferioridade para essas pessoas e grupos que fazem parte, achando que não merecem respeito.

Infelizmente ainda existe a prática de homogeneizar os grupos, tendo como base os critérios sociais. Classificam estes grupos em desejáveis ou indesejáveis, daí surge o desrespeito ao direito de ser diferente.

Nesse contexto, vale evidenciar que o objetivo da Constituição Federal é fazer valer o princípio isonômico que busca tratar desigualmente os desiguais ao se conduzir um tratamento especial as pessoas diferente. O principio da igualdade assegura o respeito às diferenças e determina que todos devem ser tratados no momento em que a desigualdade puder resultar em prejuízo de alguns. Assim a igualdade garante ao individuo o direito de ser diferente de não ser subjugado a tratamento de modificação de personalidade, vetando qualquer forma de discriminação e de tratamento desigual. Pois, temos o direito de sermos diferentes a partir do momento em que a igualdade nos abate. Temos o direito de sermos iguais a partir do momento em que a igualdade nos anula o nosso verdadeiro caráter. Os indivíduos desejam ser iguais, mais necessitam ter respeitadas suas diferenças. Querem participar no seu contexto social, mas também desejam que suas diferenças possam ser reconhecidas e respeitadas.

Nesse sentido, cabe lembrar que a educação é um meio eficaz na construção de uma cultura de tolerância. O acesso a educação desenvolve o senso critico para recusar a intolerância e o preconceito presentes em diversas instâncias sociais. O exercício da tolerância requer uma pratica diária de cada pessoa. Todo se humano tem o direito de ser autentico, de ser diferente. A sociedade deve lembrar sempre que a diversidade ou diferença não é o desembocar de inúmeros, insolúveis problemas e sim um caminho, uma solução.

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