O Quarto De Despejo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CURSO: LETRAS - LINGUA PORTUGUESA

NOTURNO

DOCENTE: ANA LÚCIA SOUZA

KHADYJA VITÓRIA DE ARAÚJO TEIXEITA

MARIA EDUARDA NUNES DE ARAÚJO

VANESSA RAIANE BARBOSA SILVA

ANÁLISE DE TEMPO DA OBRA “QUARTO DE DESPEJO”

CAMPINA GRANDE

2023

O livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada" é uma obra da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, publicada em 1960. O livro retrata a vida da autora em uma favela em São Paulo, e é composto principalmente por trechos de seu diário.

"Quarto de Despejo" abrange um período de cerca de cinco anos da vida de Carolina Maria de Jesus. Ao longo desses anos, ela registra em seu diário os eventos diários, as lutas, as dificuldades e as esperanças que permeiam sua existência na favela.

A passagem do tempo é retratada através das anotações diárias de Carolina. Ela descreve os dias de sol, de chuva, as mudanças das estações, as festas, os acontecimentos políticos e sociais que ocorrem ao seu redor. O livro mostra como o tempo é vivido e sentido por Carolina em sua realidade precária.

Além disso, o livro também aborda a dimensão histórica do tempo, pois se passa durante um período importante da história brasileira. Carolina Maria de Jesus faz referências a eventos como as eleições presidenciais, as festas populares, os movimentos sociais e os desafios enfrentados pela população pobre.

Em relação ao tempo narrativo, "Quarto de Despejo" apresenta um tempo cronológico, seguindo a ordem dos eventos conforme são registrados por Carolina Maria de Jesus em seu diário.

No entanto, é importante destacar que o livro também apresenta elementos psicológicos, pois Carolina Maria de Jesus expressa seus sentimentos, pensamentos e emoções por meio de suas anotações. O leitor tem acesso à visão de mundo da autora e à sua percepção das situações que ela enfrenta. Portanto, embora o tempo cronológico seja predominante, há também uma dimensão psicológica que enriquece a narrativa.

De acordo com Gancho tempo cronológico é o nome que se dá ao tempo que transcorre na ordem natural dos fatos no enredo isto é do começo para o final. Está, portanto, ligado ao enredo linear (que não altera a ordem que os fatos ocorreram); chama-se cronológico porque é mensurável em horas, dias, meses, anos, séculos.

Quarto de despejos tem a estrutura de um diário, a narrativa tem início em 15 de julho de 1955 e término em 1º de janeiro de 1960. Ou seja quase 5 anos de duração.

Nesse diário Carolina começa narrando sua rotina e em ordem cronológica continua a narrar os demais fatos que vão ocorrendo em sua vida na favela.

Segundo a Gancho, tempo psicológico é o nome que se dá ao tempo que transcorre numa ordem determinada pelo desejo ou pela imaginação do narrador ou dos personagens, isto é, altera a ordem natural dos acontecimentos,

O tempo psicológico está ligado a questão da ordem que não a linearidade ou seja não vai seguir a ordem linear dos fatos, desse modo o tempo psicológico está ligado aos flash back e a memória dos personagens, neste sentido, as marcas como a pobreza, a miséria, a vulnerabilidade, a favela em si, traz toda essa bagagem que são marcas psicológicas que atormentam a personagem

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