O Que São Disfunções Estéticas?

Disfunções estéticas

• O que são disfunções estéticas?

As disfunções estéticas são alterações orgânicas de diversas e diferentes causas que podem estar presentes no corpo humano.

• As disfunções estéticas faciais são:

• Acnes;
• Cicatrizes;
• Discromia;
• Elastose solar;
• Olheiras;
• Rosácea;
• Rugas;
• Telangiectasias;
• Tricose.

Acne

A acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem de vários fatores, como: genéticos, dietéticos (alimentação), hormonais (disfunção hormonal), climáticos (climas quentes), ocupacionais (ambientes abafados, quentes e poluídos), emocionais (oscilações hormonais), tóxicos (cigarro, produtos químicos).

As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilossebáceo (folículo piloso com uma glândula sebácea anexa), dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de micro-organismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido. A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria das vezes de pequena e média intensidade.

A Acne classifica-se da seguinte maneira:

Grau I Acne Vulgar – Comedão aberto (ponto negro) e comedão fechado (ponto branco). O comedão fechado é um processo inicial de acumulo de triglicerídeos dentro do folículo piloso e o comedão aberto é o folículo dilatado, o aspecto escurecido ocorre por conta da oxidação do triglicerídeo.

Grau II Acne Papulopustulosa ou inflamatória – Onde já temos o aparecimento de pústulas, porém sem nódulos e cistos.

Grau III Acne Nódulo-Cística – É onde o processo de cronicidade da acne ocorre com maior frequência.

Grau IV Acne Conglobata – Os nódulos e cistos se comunicam por dentro da derme causando um aspecto edemaciado, inestético e gravemente inflamatório, onde o aspecto é similar de um abscesso.

Cicatrizes

É um fenômeno complexo que tem como objetivo restabelecer a integridade morfológica e funcional de um tecido lesado. Consiste em uma perfeita e coordenada cascata de eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a reconstituição tecidual.

A cicatrização depende de muitos fatores, dentre eles o tipo de pele, a localização anatômica do tecido lesado, a idade do indivíduo, estado de saúde geral e nutricional, tipo de ferida (cirúrgica ou traumática), ressecamento ou não do leito da ferida durante a cicatrização.

O processo de cicatrização é subdividido em fase inflamatória, fase proliferativa e fase de remodelamento, sendo interdependentes e ocorrem simultaneamente.

Fase Inflamatória – Inicia-se no momento da lesão tecidual e dura entre 24 a 48h. Sua característica é a presença de calor, rubor, edema e dor, podendo haver perda parcial ou total das funções celulares. Nesta fase ocorre a limpeza da área lesada.

Fase Proliferativa – Após a fase inflamatória inicia-se a fase proliferativa com o aparecimento dos tecidos de granulação. A duração dessa fase é de 3 dias a 3 semanas e nela ocorre o preenchimento da lesão pelos macrófagos, fibroblastos, novos vasos, tecido de granulação e células epiteliais. Ocorre a contração da ferida, que reduz em diâmetro. Neste período, o colágeno é imaturo e tem pouca resistência.

Fase de Remodelamento – É a maior fase do processo de cicatrização, podendo durar anos. Caracteriza-se por um realinhamento das fibras de colágeno que compõem o tecido cicatricial de acordo com as forças de tensão, às quais a cicatriz é submetida. O tecido assume gradualmente aparência e função próximos do normal.

Os tipos de cicatrizes são:

Normotrófica – Parte interna hipocrômica e parte externa hipercrômica.

Hipertrófica – Condição cutânea caracterizada por tecido cicatricial em excesso, mas sem observação de queloides. Respeitando a borda da cicatriz. Há muito colágeno.

Hipotrófica ou atrófica – Condição cutânea caracterizada por tecido cicatricial abaixo do relevo da pele. Há perda de colágeno.

Quelóide – Condição cutânea caracterizada por tecido cicatricial que cresce além das extremidades da cicatriz, cicatriz com alta atividade mitótica. Fibroblastos tem desequilíbrio e sintetizam mais colágenos que deveriam.

Discromias

São alterações na coloração da pele, alteração no depósito da melanina. Assim, pode-se ter mais melanina num local, que são as manchas mais escuras ou parar de produzir melanina naquela região que resultará em hipocromia. Podendo ser transitória (3-6 meses) e depois volta a coloração ou permanente.

Acromia – Ausência de pigmentação.

Hipocromia – Falta de pigmentação pela melanina. Pode estar apenas mais claro do que o tom da pele.

Hipercromia – Ocorrem por aumento na síntese de melanina em determinado local. E existem vários fatores que podem estimular a formação de melanina, como: genéticos, pós inflamatórios, hormonais, irritação cutânea por depilação, medicamentos tópicos, exposição ao sol sem proteção, entre outros.

Esfélides (sardas) – São máculas encontradas na pele, geralmente múltiplas. São predominantemente benignas, mas podem ser vistas em associação com doenças sistêmicas. Ocorrem por exposição solar em fototipos mais baixos.

Elastose Solar

É um enrijecimento causado pelo sol nas fibras colágenas e elásticas. Devidos hábitos de vida, caracterizando em pele enrugada.

Olheiras

A olheira se caracteriza pelo escurecimento ao redor dos olhos, geralmente na pálpebra inferior, que pode estar associada a edema, formação de bolsas de gordura e flacidez abaixo da pálpebra inferior.