O USO DE SIMULAÇÕES INTERATIVAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA
Por: Izabela Duarte • 9/5/2018 • Artigo • 1.862 Palavras (8 Páginas) • 161 Visualizações
O USO DE SIMULAÇÕES INTERATIVAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA
IZABELA DUARTE¹
¹Graduando em Licenciatura em Matemática, IFSP Campus Caraguatatuba, izabeladuarte.ifsp@gmail.com.
RAFAELA R. P. DO NASCIMENTO²
²Graduando em Licenciatura em Matemática, IFSP Campus Caraguatatuba, pimrafaela@gmail.com.
RESUMO: A finalidade deste trabalho é pesquisar o uso de plataformas de simulações, tais como o PhET da Universidade do Colorado – programa que oferece simulações de diversas disciplinas – e outros softwares, avaliando-os como auxiliares no ensino de conceitos básicos referentes à matemática de modo a apresentar novos recursos que possam despertar o interesse dos alunos por esses conteúdos. Esta pesquisa analisou o uso pedagógico da tecnologia em sala de aula e a dificuldade de sua inserção, bem como o uso da simulação, disponibilizadas no PhET, “Construindo Funções” (que trabalha a aplicação da função em fórmula e a aplicação em gráfico). Portanto, esta pesquisa analisa as diferentes formas de utilizar as simulações e os softwares para facilitar o aprendizado de conteúdos matemáticos, a fim de despertar interesse nos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Simulações educacionais, PhET, Softwares, Ensino de matemática, Tecnologias no ensino.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo pesquisar e analisar o uso de simulações em sala de aula para ensino de conteúdos matemáticos.
Simulações computacionais permitem que o aprendiz interaja com a máquina podendo aprender um novo conteúdo, resolver exercícios, elaborar um experimento através de um computador. “Podemos através da simulação, imitar ou reproduzir situações reais ou mesmo propostas na forma abstrata, dos fenômenos que desejamos simular. Os experimentos que utilizam estas possibilidades buscam entender o comportamento ou avaliar estratégias para a sua operação.” (GREIS, 2012, p. 22)
De acordo com Silva e Andrade (2014, p. 151 e 152), as simulações trazem consigo uma maneira mais didática de aprender alguns conteúdos e resolver problemas que são vistos como impossíveis de se resolver. É inegável que as tecnologias estão beneficiando a sociedade cada vez mais e impedir a aplicação de tais em ambiente escolar não é algo a ser discutido. Dia a dia os jovens estão mais ligados com a tecnologia, o que as transformam em algo do cotidiano para eles. Tratar de um assunto assim, nos traz a reflexão de incluir o aluno na sociedade tecnológica, despertando interesse pelas diversas áreas da matemática, que muitas vezes é um obstáculo na vida do estudante.
2 TECNOLOGIA NO COTIDIANO
Com a ascensão da tecnologia em nosso meio, cada dia mais indispensável. Não vencer o tradicionalismo de “caderno, lousa e caneta” na sala de aula tem refletido no desprazer do aluno no âmbito escolar, principalmente quando se trata dos assuntos de exatas que se tornam ainda mais desinteressantes e até aterrorizante por não perceberem a aplicação na vida real. A inserção da tecnologia nesse meio pode proporcionar ferramentas que conduzem o aluno a uma compreensão melhor por meio de simulações, jogos e demonstrações.
De acordo com Dantas (2015, p. 144), não é raro se deparar com alunos que completaram o ensino médio e não tem domínio de matérias como trigonometria e geometria, coisas que teoricamente são ensinadas a eles na escola, mas que são rejeitadas por um grande número de alunos e até de professores, o uso de softwares dentro da sala de aula não é uma solução, mas é uma possibilidade. Alguns docentes já os têm como necessários para a sua aula devido ao desenvolvimento dos alunos com esse tipo de ferramenta, além de ser demonstrativo às vezes se apresentam como competitivos, ou somente conectam o aprendizado com algumas realidades comuns do cotidiano dos alunos em determinadas faixas etárias.
“Nesta direção, o computador tem sido percebido como um recurso didático importante para o ensino e para a aprendizagem, não só da Matemática, além de ser um poderoso instrumento para o desenvolvimento de habilidades. Os alunos podem aprender com seus próprios erros e no coletivo, podendo trocar experiências com seus colegas com a orientação do professor.”, afirmam Silva e Andrade (2014, p. 151 e 152).
3 SIMULAÇÕES COMO FERRAMENTAS DE ENSINO
Como dito no inicio do texto, o uso de simulações e outras tecnologias têm muito a contribuir para o ensino da matemática - uma matéria que é mal encarada pela maioria dos alunos após o ensino fundamental I- é necessário inovar com recursos que interessem aos discentes, que demonstrem a conexão com o “palpável” e que, por vezes, aflore o lado competitivo dele, fazendo com que o aluno tenha um motivo a mais pra aprender determinado assunto, ter uma ascensão dos demais.
“O processo de ensino e aprendizagem da Matemática pode se tornar algo mais interessante a partir do momento em que os alunos a relacionam com sua vida, seja na sala de aula, seja no trabalho, em seus passeios, enfim, no seu cotidiano.” (SILVA e ANDRADE, 2014, P. 150)
Ao trabalhar com a matemática e a simulação o professor tem diversos sites gratuitos que disponibilizam simulações, jogos, demonstrações matemáticas. Entre eles está o site PhET da Universidade do Colorado – programa que oferece simulações de diversas disciplinas – estas simulações abordam diversos conteúdos matemáticos, como por exemplo, a simulação “Construindo Funções” que dá ao aluno a oportunidade de montar uma função e entender como ela ficaria em um gráfico, tornando o aprendizado a respeito deste conteúdo mais compreensível.
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FOTO 1: Simulação “Construindo Funções”. Disponível no PhET.
4 DIFICULDADES ENCONTRADAS NA INSERÇÃO DA TECNOLOGIA NA ESCOLA
De acordo com pesquisa da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) realizada com professores do Brasil, o número de insatisfação em relação ao uso de ferramentas tecnológicas na educação é muito elevado. Segundo os gráficos abaixo, observa-se que o investimento às tecnologias no nosso país tem deixado a desejar.
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FOTO 2: Dados de pesquisa realizada com professores. Disponível em: Folha UOL
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