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ORIGEM DA PESQUISA OPERACIONAL

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Por:   •  9/11/2014  •  1.561 Palavras (7 Páginas)  •  1.054 Visualizações

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A origem da Pesquisa Operacional

Os Métodos Quantitativos e as Táticas Militares

Desde a antigüidade os líderes militares têm recorrido à estudiosos, para que estes modelem a realidade e resolvam problemas táticos. No século III AC Hieron, Imperador de Siracusa, foi um dos primeiros líderes a procurar esses “conselheiros”, solicitando à Arquimedes um modelo tático que solucionasse o problema do cerco naval romano.

Durante a primeira guerra mundial ocorreram as primeiras tentativas para analisar matematicamente os problemas da guerra. Como exemplos dessas tentativas, podemos citar: Os ensaios sobre a “Superioridade Numérica e o Poderio de Fogo” desenvolvidos por Lanchester entre 1914 e 1915 e os “Tabuleiros Táticos” de Thomas Edson para o estudo da guerra anti-submarina.

O surgimento da Pesquisa Operacional

O desenvolvimento dos métodos quantitativos, após a primeira guerra mundial contribuiu para o surgimento da Pesquisa Operacional, como forma organizada, próximo ao início da segunda guerra Mundial. A Inglaterra empregou métodos da Pesquisa Operacional para minimizar as perdas em conseqüência de ataques aéreos.

Em 1939, havia um grupo de pesquisadores, cuja função era estudar problemas relacionados à detecção de aeronaves inimigas, com o objetivo de aperfeiçoar o sistema tradicional de alarme, que utilizava o Corpo de Observadores, e integrá-lo ao sistema de radar que estava sendo desenvolvido.

Portanto, a primeira aplicação da Pesquisa Operacional, foi o emprego militar. O nome tem origem nessa associação com a pesquisa de operações militares (operations research), cuja tradução imprecisa gerou o termo Pesquisa Operacional.

Até o dia "D", mais de 350 pesquisadores já se dedicavam ao estudo da Pesquisa Operacional, desenvolvendo táticas para o exército inglês. A Pesquisa Operacional foi utilizada pelos EUA, durante a guerra, para avaliar o desempenho de um sistema de radar, desenvolvido para a defesa da zona do canal do Panamá, sendo, também, amplamente empregada na análise das operações de guerra anti-submarina.

A marinha americana empregou a Pesquisa Operacional para desenvolver um plano de distribuição otimizada de minas nas águas controladas pelo Japão em Singapura.

A Pesquisa Operacional no pós-guerra

Alguns pesquisadores, permaneceram nas forças armadas, desenvolvendo rotinas e analisando sistemas para as áreas de: logística, tática e atualização tecnológica. Na Inglaterra, como conseqüência à situação precária, acarretada pela guerra, existia uma grande necessidade do aumento da produção agrícola, visando atender ao consumo interno e da produção industrial com o objetivo de gerar de divisas através da exportação.

Para agilizar a solução desses problemas, vários analistas de Pesquisa Operacional foram absorvidos pela indústria inglesa, desenvolvendo estudos sobre a padronização e otimização os processos produtivos.

As áreas onde esses estudos tiveram melhores resultados foram: A indústria têxtil, o transporte ferroviário e a seleção de grãos.

Após a guerra, os resultados da Pesquisa Operacional foram, rapidamente, divulgados entre as organizações, passando a ser empregada, de forma ampla, na modelagem e solução de problemas de otimização de recursos.

A Pesquisa Operacional no Brasil

Diversas empresas públicas e privadas possuem órgãos e profissionais atuando efetivamente em Pesquisa Operacional. O exemplo mais expressivo é o da PETROBRÁS que desde 1965 emprega a Pesquisa Operacional na solução de problemas de áreas funcionais como: planejamento, comercialização, exploração, produção, refino, transporte, apoio à produção.

A principal aplicação da área de planejamento é um modelo de programação inteira, auxiliar no planejamento de investimentos, que tem por objetivo a análise de alternativas quanto ao tipo, o porte, localização e data de entrada em operação de novas refinarias.

A área de suprimento utiliza um modelo de programação linear para estimar a movimentação e os estoques de derivados combustíveis, auxiliando na confecção do plano de distribuição e estocagem dos derivados produzidos nas refinarias.

A área de exploração e produção emprega um modelo heurístico com o objetivo de determinar a localização de plataformas off-shore, considerando os aspectos operacionais envolvidos neste tipo de decisão.

O primeiro trabalho desenvolvido para a área de apoio à produção foi um modelo de roteamento de helicópteros que servem as plataformas da Bacia de Campos, a partir do aeroporto de Macaé, este estudo empregou a teoria dos grafos e foi apoiado em algoritmos heurísticos.

Os principais setores a empregar técnicas de Pesquisa Operacional, na época, foram os de siderurgia (CSN, Cia. Vale do Rio Doce), eletricidade (Cia Nacional de Energia Elétrica), transportes (FRONAPE), petróleo (PETROBRÁS, ESSO) e telecomunicações, além de grandes projetos e obras estatais.

Em função disso, foi criada, em 1968, a Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional (SOBRAPO).

A década seguinte consolidou a Pesquisa Operacional, no Brasil, com o maior interesse das empresas e o maior contingente de profissionais habilitados na área, permitindo a formação de grupos próprios de Pesquisa Operacional, visando a solução de problemas táticos e o planejamento estratégico, naquelas empresas.

Em 1978, a SOBRAPO organizou o 1º Seminário de Pesquissa Operacional Aplicada à Agropecuária (SEPOAGRO), em Campinas (SP), sendo o segundo realizado em Viçosa dois anos depois.

Nos anos seguintes, embora consolidada,

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