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Organizacao E Metodologia Da Educacao Infantil

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Por:   •  18/3/2014  •  2.981 Palavras (12 Páginas)  •  609 Visualizações

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Língua Brasileira de Sinais e as Práticas Docentes

Professora: Dra. Lilian Cristine Ribeiro Nascimento

Aluno: Juscilene Maria de Oliveira Flores - RA: 5320988521

Aluno: Priscila Regina da Silva Fernandes - RA: 5567147892

Aluno: Maria Enilda Dias Domiciano - RA: 4336824771

Aluno: Daniele de O. Barbosa Carvalho - RA: 4322836637

Aluno: Juliana Cristina Santos - RA: 4322809696

Aspecto Médico Cultural e Social da Surdez e Libras e a Cultura Surda

Muitos pacientes surdos acabam utilizando o sistema de saúde de modo diferente dos pacientes ouvintes e relatam dificuldades representadas por medo, desconfiança e frustração. A consequência é buscarem assistência médica com menos frequência. É inegável a necessidade de uma melhor comunicação dos médicos com os pacientes surdos, no entanto a comunicação com as pessoas surdas continua negligenciada nos sistemas de saúde. Por isso, a linguagem não verbal é um recurso de comunicação que precisa ser conhecido e valorizado na prática das ações em saúde. Mesmo que não se conheça a Língua de Sinais, é fundamental interpretar seus aspectos suprassegmentais que incluem gestos, expressões faciais e corporais. Em geral, os médicos não estão suficientemente preparados para cuidar do paciente surdo, pois na formação acadêmica o currículo não contempla as habilidades necessárias para atender essa população. Sem dúvida, uma efetiva comunicação com pacientes surdos é primordial na área de saúde, isto porque uma comunicação inadequada pode levar a erros no diagnóstico das doenças e no tratamento.

A língua escrita poderia ser uma maneira de superar a dificuldade na assistência a pacientes deficientes auditivos ou pessoas surdas que se comunicam oralmente, mas esta é imprópria para os indivíduos que ficaram surdos antes da aquisição da linguagem oral e aprenderam a Língua de Sinais como primeira língua. Para estas pessoas, o português é uma segunda língua, e como qualquer língua estrangeira, seu aprendizado é difícil. A competência para estabelecer uma comunicação eficiente, respeitando as diferenças culturais, deve incluir os aspectos da comunicação não verbal e habilidades de perceber e decodificar a mensagem transmitida pelo paciente. Um dos maiores fatores que interferem na qualidade e adequação da assistência prestada pelos profissionais da saúde aos pacientes surdos, é a não consciência de quem é a pessoa surda, associado à inabilidade de uma comunicação não verbal. Experiências relatadas pelos pacientes que buscam assistência em saúde mostram que acompanhados de intérpretes, médicos que sabem a Língua de Sinais ou se esforçam para melhorar a comunicação, usando figuras, desenhos e expressões não verbais, melhoram a qualidade da assistência à saúde. Para os surdos, ter uma cultura é viver em igualdade, é ter um estilo de vida diferente em alguns aspectos.

Existe uma cultura surda em um país de ouvinte assim como o nosso? Existe sim, e de uma forma que se diferencia da cultura dos ouvintes, que é por meio de valores, estilos, atitudes e práticas diferentes. Ao mesmo tempo em que eles são amigos, são desconfiados. Com eles é “oito ou oitenta”, não tem meio termo. Uma grande maioria é desligada com aspectos relacionados à própria vida, tais como: saúde, estudo, cursos profissionalizantes, direitos e deveres. Na cultura surda também há discriminação. É por meio da cultura surda que o surdo pode entender melhor o seu mundo e dessa forma se for preciso modificá-lo, e assim, se ajustar, tornar acessível. A cultura favorece a definição da identidade surda.

Muito se têm discutido acerca de educação inclusiva. Vivemos em um país com grande extensão territorial e biodiversidade étnica. Temos tido alguns problemas ao longo dos anos com a inserção de alunos deficientes em escolas “normais”. Dentre todas as deficiências vamos dissertar sobre a importância das LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) para a inclusão social do surdo. Neste momento é preciso saber lidar com a nova realidade, e a família precisa fazer ajustes à nova condição física e psicológica e adequar à estrutura familiar a fim de fornecer suporte ao deficiente. No entanto, as escolas brasileiras de ensino comum ainda não estão capacitadas para receber crianças surdas, nem quanto em nível físico que engloba salas, materiais didáticos, estrutura, nem quanto em nível especifico que se refere às metodologias utilizadas, e ainda nem quanto em nível de pessoal que admite professores especializados e ou intérpretes. Para que a inclusão social e educacional do surdo aconteça de fato, há necessidade de se montar uma infraestrutura adequada, que atenda as diferenças, inerentes a cada ser humano, da criança surda. As autoridades governamentais precisam refletir melhor sobre o assunto, adquirirem novas práticas e nova maneira de lidar com o assunto antes de criarem impasses quanto à identidade e o processo de aprendizagem das crianças surdas no Brasil, através do que, erradamente, chamam de Inclusão, numa educação para todos que acaba por excluir visto que incluir, no contexto do surdo, não significa apenas coloca-lo numa sala de ensino comum, mas respeitar suas diferenças, atendendo todas as suas especificidades e diversidades. Trata-se, portanto de um assunto complexo e vasto, no qual se deve pensar como um todo até porque é preciso levar em conta a realidade de cada local. Isso requer um estudo mais aprofundado da vivência do surdo, suas dificuldades quotidianas e discutir práticas e teorias partindo de uma visão sociocultural e não apenas se atendo ao audiovisual. Isso admite cada ser humano como único, afinal quando falamos de inclusão é necessário levar em conta toda a bagagem cultural e social que o indivíduo já possui quando entra na escola.

Dessa forma, pode-se concluir que a utilização das LIBRAS deve receber cada vez mais incentivo e incentivada, não apenas nas instituições escolares, como também na sociedade como um todo, promovendo assim, a melhoria da qualidade de vida dos surdos, deixando cair por terra perspectivas meramente filantrópicas, mas sim assegurando os direitos como cidadão, descrito na Constituição

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