Os Cereais Não Maltados
Por: ianzin2 • 27/10/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 395 Palavras (2 Páginas) • 73 Visualizações
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Cereais Adjuntos / Não maltados
- Cereais adjuntos são grãos não maltados (crus) adicionados ao mosto;
- São comercializados na forma natural (raw) ou em flocos (flaked). Qualquer cereal não maltado pode ser usado como adjunto (trigo, aveia, centeio, milho, arroz, sorgo, etc);
- São usados em pequena quantidade para:
- Aumentar a sensação de corpo (ex. trigo e aveia);
- Diminuir a sensação de corpo (ex. milho, arroz);
- Suavizar e arredondar os sabores (ex. aveia e trigo); - Adicionar cor e sabor (ex. centeio, trigo);
- Melhorar a qualidade da espuma (ex. aveia, trigo).
- Precisam sacarificar com maltes com muito poder diástico para prover enzimas para conversão. Do contrário, deixarão muitas dextrinas, aumentando o corpo da cerveja (diminuindo a fermentabilidade);
- Quando usados em grande quantidades (ex. american lager), precisam ser processados (cozidos) à parte com adição de enzimas;
- Cereais em flocos são muito mais fáceis de usar do que grãos crus;
Cereais em flocos
- Processo de quebra do grão e expansão do amido similar ao de uma pipoca;
- Precisam de conversão enzimática, pois não são maltados;
- Não possuem enzimas, portanto precisam de ser misturados com maltes com alto poder diástico (maltes base);
- Produzem açúcares não fermentáveis, aumentando o corpo;
- Ajudam na retenção de espuma e arredondam o paladar;
- São maltes claros, deixam a cerveja mais clara;
- Deixam a cerveja turva devido às proteínas principalmente e às dextrinas;
- Correspondem de 0 a 50% da receita. Ex. Stouts, Weiss, Lambics;
- Sempre usar em flocos inteiros, grandes e não moer. Flocos finos formam uma gosma gelatinosa que prejudica a filtragem e entope facilmente;
[pic 1]
Mosturação de cereais não maltados
- Cozimento à parte da panela de mosturação (cereal mash);
- Usar 10% do malte base junto com os cereais não maltados.
- Usar de 4 a 5 litros de água por kg de grãos totais (baixa viscosidade).
- Aquecer vagarosamente à 65°C e misturar continuamente por 15 minutos:
- Gelatinização completada → solubilização do amido.
- Elevar a temperatura até o ponto de fervura e ferva por 15 minutos, misturando bem.
- Quebra do amido em amilopctinas e amilose (~pipoca).
- Não permitir que vire creme/cola (mantenha a viscosidade acima de 2L/kg).
- Adicionar isto ao mosto principal durante o início da sacarificação (~60°C):
- Deixar as enzimas do mosto principal atuarem para a quebra da amilose e amilopectinas serem completadas.
- Valores sujeitos a alterações a depender do cereal a ser utilizado.
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