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PASSOS DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO

Por:   •  17/9/2021  •  Artigo  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  249 Visualizações

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PASSOS DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO

CUNHA, J. A. Passos do processo psicodiagnóstico. In: CUNHA, J. A. et al. Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico], 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007 – p.105 – 138.

Formulação das perguntas básicas ou hipóteses:

  • O processo psicodiagnóstico é um processo científico, [...]parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo (p.105);
  • Assim, os objetivos do psicodiagnóstico dependem das perguntas iniciais (p. 106);
  • [...]cada caso terá as suas peculiaridades. Às vezes, logo se torna possível levantar as primeiras perguntas a partir do próprio encaminhamento, [...]Outras vezes, vai ser possível levantar alguma hipótese (ainda que provisória) só no início da história clínica (p. 106);
  • Não obstante, geralmente o elenco das perguntas só fica inteiramente completo após o levantamento de toda a história, embora, durante todo o processo psicodiagnóstico, se possa, de vez em quando, levantar questões subsidiárias aos objetivos previstos (p. 106);
  • no momento em que é possível levantar as questões básicas e estabelecer os objetivos, o que, em geral, ocorre no fim da primeira ou segunda entrevista, há condições para o estabelecimento de um plano de avaliação com base nas hipóteses e, consequentemente, para realizar o contrato de trabalho (p. 106);

Contrato de trabalho:

  • O psicodiagnóstico é um processo limitado no tempo. Esclarecidas as questões iniciais e definidas as hipóteses e os objetivos do processo, o psicólogo tem condições de saber qual o tipo de exame que é adequado para chegar a conclusões e, consequentemente, pode prever o tempo necessário para realizá-lo (p. 106);
  • No momento em que é possível ter uma previsão, deve-se formalizar com o paciente ou responsável os termos em que o processo psicodiagnóstico vai se desenvolver, definindo papéis, obrigações, direitos e responsabilidades mútuas (p. 107);
  • O momento mais propício para o estabelecimento de um contrato de trabalho, porém, é variável, pois tanto depende da precisão das questões iniciais e dos objetivos, como da experiência do psicólogo (p. 107);
  • O contrato de trabalho envolve um comprometimento de ambas as partes de cumprir certas obrigações formais (p. 107);
  • O paciente compromete-se a comparecer nas horas aprazadas, nos dias previstos e implicitamente a colaborar para que o plano de avaliação seja realizado sem problemas. Isso pressupõe que sejam esclarecidas as suas dúvidas, aproveitando-se a oportunidade para trabalhar suas expectativas irrealísticas ou fantasias sobre o psicodiagnóstico (p. 107);
  • o contrato de trabalho deve envolver certo grau de flexibilidade, devendo ser revisto sempre que o desenvolvimento do processo tiver de sofrer modificações, seja porque novas hipóteses precisam ser investigadas, seja por ficar obstaculizado por defesas do próprio paciente (p.107);

Estabelecimento de um plano de avaliação:

  • [...] o plano de avaliação é um processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas (p. 107);
  • Via de regra, somente após um contato com os fatos, o clínico poderá definir com mais precisão as perguntas iniciais e os objetivos do psicodiagnóstico, isto é, após complementar e confrontar os dados do encaminhamento com informações subjetivas e objetivas sobre o caso, estará em condições de estabelecer seu plano de avaliação (p. 108);
  • O plano de avaliação consiste em traduzir essas perguntas em termos de técnicas e testes, [...]consiste em programar a administração de uma série de instrumentos adequados ao sujeito específico e especialmente selecionados para fornecer subsídios para que se possa chegar às respostas para as perguntas iniciais (p. 108);
  • Assim, a primeira entrevista já pode ser estruturada de maneira a permitir a resolução de algumas questões diagnósticas. Então, a entrevista já faz parte do plano de avaliação, não sendo utilizada principalmente para oferecer subsídios para o delineamento do plano de avaliação (p. 108);
  • O elenco das hipóteses deve ser norteado e delimitado pelo objetivo do psicodiagnóstico. Isto significa que nem todas as hipóteses levantadas devem ser necessariamente testadas, sob pena de o processo se tornar inusitadamente longo ou interminável (p. 108);
  • Não obstante, se a modificação no plano subentendesse um prolongamento substancial do período de testagem, recomendar-se-ia a revisão do contrato de trabalho (p. 108);
  • [...] o plano de avaliação deve permitir obter respostas confiáveis para as questões colocadas e, ao mesmo tempo, atender aos objetivos propostos. Contudo, a testagem de uma hipótese, por vezes, pode ser realizada com diferentes instrumentos (p.109);
  • A opção por um instrumento específico, além de eventualmente ficar delimitada pelo objetivo do exame, deve ser feita tanto pela consideração das características demográficas do sujeito (idade, sexo, nível sociocultural, etc.), como por suas condições específicas (comprometimentos permanentes ou temporários de ordem sensorial, motora, cognitiva, etc.) (p.109);

Bateria de testes:

  • Bateria de testes é a expressão utilizada para designar um conjunto de testes ou de técnicas, que podem variar entre dois e cinco ou mais instrumentos, que são incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais, atendendo o objetivo da avaliação (p.109);
  • Há dois tipos principais de baterias de testes: as baterias padronizadas para avaliações específicas e as não-padronizadas, que são organizadas a partir de um plano de avaliação (p.110);
  • Na prática clínica, é tradicional o uso da bateria não-padronizada. No plano de avaliação, são determinados a especificidade e o número de testes, que são programados sequencialmente, conforme sua natureza, tipo, propriedades psicométricas, tempo de administração, grau de dificuldade, qualidade ansiogênica e características do paciente individual (p.110);
  • Uma questão que deve ser levada em conta, ao se distribuir testes e técnicas numa bateria, programando-a para as sessões de testagem, é o tempo de administração de cada instrumento e a possibilidade ou não de o mesmo ser interrompido para ser concluído num outro dia. Evidentemente, o processo pode ficar facilitado, se o psicólogo dispuser de sala extra para técnicas de auto-administração (p. 112);

Administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico:

  • [...]o psicólogo deve estar suficientemente familiarizado com o instrumento, jamais utilizando uma técnica em que não esteja treinado o suficiente para estar seguro no seu manejo (p.113);
  • Para o estabelecimento de um clima adequado à testagem, o psicólogo deve ser capaz de esclarecer as dúvidas do paciente, não só durante o rapport, como, eventualmente, antes da introdução de algum instrumento específico (p.114);
  • Para a administração de testes, por vezes é importante a determinação da posição do paciente em relação à do examinando. Se há instruções específicas, estas devem ser seguidas para que a situação de teste seja padronizada (p.115);
  • Dadas as instruções, geralmente não é prevista uma ajuda extra (a não ser quando explicitamente permitida), exceto um reasseguramento por meio de estímulos neutros (p.115);
  • É preciso que o psicólogo esteja bem cônscio dos aspectos estruturais e dinâmicos da situação de testagem para que possa fazer do paciente o foco principal de sua atenção (p.116);

Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados:

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