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Por:   •  20/9/2013  •  2.295 Palavras (10 Páginas)  •  675 Visualizações

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Conseitos de logisticas

O perfil do profissional brasileiro, independentemente da sua área de atuação, vem sofrendo alterações nos últimos anos. A maior competitividade exigida pelo mercado de trabalho, aliada à globalização, à evolução da tecnologia e à grande disponibilidade de informações, faz com que o executivo moderno tenha que desenvolver novas competências. Se no passado o diploma de graduação era praticamente sinônimo de emprego certo, hoje o executivo que deseja manter-se na vanguarda de sua especialidade deve fazer investimentos contínuos em capacitação.

No caso específico do profissional de logística, além das mudanças no ambiente de trabalho, nos últimos anos o conceito de logística sofreu alterações, passando a ter um escopo mais abrangente. Isso é positivo para o executivo, já que novas oportunidades de trabalho passaram a existir. O reflexo desta evolução pode ser percebido através dos organogramas das empresas, visto que atualmente é comum a logística ter uma função de destaque, semelhante às áreas comercial, de marketing ou finanças.

Modelos organizacionais mais tradicionais, criados quando a concorrência era menor, os ciclos dos produtos mais longos e a incerteza mais controlável, buscavam perseguir a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas, como vendas, finanças, compras e transportes, dentre outras. Desta forma, as atividades logísticas eram desempenhadas na maioria das vezes por especialistas focados em sua área de atuação. Esses profissionais, por serem avaliados por indicadores como custos de transportes mais baixos, menores estoques e compras ao menor preço, preocupavam-se apenas com as suas tarefas, esquecendo-se muitas vezes de que faziam parte de uma organização única.

O reflexo disso no organograma é a fragmentação das atividades logísticas em diferentes áreas, em geral pouco integradas. Essa fragmentação geralmente implica em execução de tarefas sem coordenação interfuncional, frequentemente resultando em duplicação de ações, desperdícios e conflitos de interesses entre as gerências, além da não otimização dos custos totais da organização.

Hoje em dia, os mercados globalizados e dinâmicos e os clientes cada vez mais exigentes, geraram uma necessidade de readequação das empresas de forma a garantir a perpetuidade do negócio. A coordenação da gestão de materiais, da produção e da distribuição teve que se adaptar e apresentar soluções mais eficazes aos objetivos de excelência que os negócios exigiam.

O aumento da complexidade na gestão logística e a identificação de oportunidades de melhoria de eficiência motivaram o surgimento do conceito de logística integrada, associada a uma visão de processo. O reflexo dessa mudança nas empresas pode ser observado no organograma, já que a logística ganhou status de independência e passou a ser uma competência central. Os profissionais de logística tiveram, então, a possibilidade de também ocupar cargos de alta gerência e diretoria, e os organogramas das empresas passaram a dar destaque à área.

Pesquisas desenvolvidas na Universidade de Ohio (EUA), em intervalos regulares nas últimas duas décadas, avaliaram os padrões da carreira profissional entre executivos norte-americanos de logística. Os resultados gerais obtidos no decorrer do período de estudo identificam e confirmam várias tendências, como por exemplo:

1- Reposicionamento ascendente do principal executivo de logística, com um maior número de diretores e vice-presidentes;

2- Responsabilidade ampliada para incluir mais funções;

3- Mudança de foco no sentido de se voltar mais para fora, com uma interação bem maior com marketing, produção, finanças e processamento de dados;

4- Mudança de ênfase das questões voltadas às atividades para as questões mais amplas, ligadas à tecnologia e economia;

5- Crescente reconhecimento do enfoque mais “científico” da logística.

Portanto, assim como o próprio conceito de logística, as empresas e os profissionais de logística evoluíram ao longo dos anos. E, para acompanhar essa evolução, os profissionais devem ser capazes de desenvolver competências que permitam o trabalho em atividades mais sofisticadas. Se antes um profissional de logística tinha como principal responsabilidade a contratação do transporte, hoje esse mesmo profissional deve ser capacitado para trabalhar com diferentes tecnologias de gestão, ser habilidoso nas relações com clientes, saber gerenciar e avaliar as diversas vertentes da qualidade do serviço, dentre outras competências. Executivos de níveis mais elevados devem ainda desenvolver expertise para tomar decisões estratégicas, como o replanejamento de redes logísticas e a adoção de uma cadeia de suprimentos global.

Desta forma, aqueles profissionais que desejam estar à frente em suas áreas vêm cada vez mais ampliando sua capacitação através de cursos, como pós-graduação, MBA ou mestrado, assim como cursos mais curtos sobre temas específicos de cada área de atuação da logística. Cabe ressaltar que muitos executivos da área não puderam optar por graduarem-se em logística porque este curso simplesmente não existia à época de suas escolhas. Dessa forma, ou aprendiam “on the job” ou buscavam cursos de aperfeiçoamento ou especialização como forma de se manterem capacitados.

Atualmente, ainda são poucas as ofertas de cursos de graduação em logística. Em levantamento realizado através do site do MEC (Ministério da Educação) constata-se que aproximadamente 85% dos cursos oferecidos pelas universidades na área de logística são para formação de tecnólogos, e não de bacharéis. Ou seja, são cursos que levam em média dois anos para serem concluídos. Em cursos regulares de quatro ou cinco anos, o mais comum é existir a habilitação em logística. Como ocorre, por exemplo, com o curso de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro –UFRJ.

Os profissionais que hoje trabalham com logística têm formação bastante diversificada. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Ohio e preparada com o auxílio do CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals) revela que a formação acadêmica do profissional de logística nos Estados Unidos apresenta algumas similaridades e algumas diferenças quando comparadas com a pesquisa realizada no Brasil.

A principal semelhança é com relação à graduação dos profissionais em logística. Nas duas pesquisas,

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