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Paisagismo Plantas Aquáticas

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Por:   •  6/4/2014  •  8.704 Palavras (35 Páginas)  •  626 Visualizações

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PLANTAS AQUÁTICAS

DEFINIÇÃO

As plantas aquáticas são conhecidas pelos pesquisadores como macrófitas aquáticas (macro = grande, fita = planta). Esse termo é utilizado para descrever o conjunto de vegetais adaptados ao ambiente aquático. São vegetais que habitam desde brejos até ambientes totalmente submersos (isto é, debaixo d'água).

As macrófitas aquáticas são, em sua grande maioria, vegetais terrestres que ao longo de seu processo evolutivo, se adaptaram ao ambiente aquático, por isso apresentam algumas características de vegetais terrestres e uma grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes (o que torna sua ocorrência muito ampla).

Dada à heterogeneidade filogenética das plantas aquáticas, estes vegetais são perfeitamente classificados quanto ao seu biótopo. Esta classificação, reflete a adaptação dessas plantas ao meio aquático. Abaixo estão relacionados os principais grupos de plantas aquáticas quanto ao seu biótopo:

PAPEL DA NATUREZA

Quando as águas se movimentam, nas cheias e vazantes, não só as plantas aquáticas seguem com as águas, como também seus ‘habitantes’, seja como ovos, larvas ou adultos mesmo. No Pantanal, a movimentação das águas, e conseqüente propagação das plantas aquáticas, é um fator importante para o equilíbrio de todo o sistema pantaneiro. Calcula-se que, só no rio Paraguai, em frente da cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, o sobe-e-desce das águas mobiliza cerca de 1,5 milhões de toneladas de plantas aquáticas por ano!

COMO CULTIVAR PLANTAS AQUÁTICAS

Plantas aquáticas podem ser compradas em floriculturas e em lojas de aquários. Se escolher plantas submersas ou flutuantes, não esqueça de colocar também pequenos peixes no aquário, como os lebistes, para evitar o desenvolvimento de larvas de mosquitos.

CURIOSIDADES

- A alface d’água (Pistia stratioides) prolifera-se em lugares com alto índice de poluição, sendo assim considerada bioindicadora de poluição e de presença de metais pesados;

- As aningas formam ilhas aluviais e furos de canais que são responsáveis pela filtração das águas dos estuários amazônicos;

- As aningas (Montrichardia arborescens) e buriti (Mauritia flexuosa) formam populações isoladas de entorno;

- O caule das aningas serve de berçário para larvas de alevinos;

- As aningas auxiliam na oxigenação de ambientes de várzea e igapó.

TIPOS DE VIDA

a) Plantas aquáticas emersas ou emergentes: plantas enraizadas no sedimento e com folhas fora d’água. Ex.: Typha, Scirpus, Pontederia, Echinodorus etc.

b) Plantas aquáticas com folhas flutuantes: plantas enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície d’água. Ex.: Nymphaea, Vitoria e Nymphoides.

c) Plantas aquáticas submersas enraizadas: plantas enraizadas no sedimento que crescem totalmente submersas na água. Podem crescer até 11m de profundidade, dependendo da disponibilidade de luz. A maioria tem seus órgãos reprodutivos flutuando na superfície ou aéreos.

Ex.: Potamogeton, Myriophyllum, Elodea, Egeria.

d) Plantas aquáticas submersas livres: são plantas que tem rizoides pouco desenvolvidos e que permanecem flutuando submergidas na água em locais de pouca turbulência. Geralmente ficam presas aos talos das plantas aquáticas de folhas flutuantes e nos caules das plantas aquáticas emersas. Durante o período reprodutivo emitem flores emersas (exceção de Ceratophyllum). Ex.: Utriculária e Ceratophyllum. Sistema de Tratamento de Efluentes com PAE

e) Plantas aquáticas flutuantes: são aquelas que flutuam na superfície da água. Geralmente seu desenvolvimento máximo se dá em locais protegidos pelo vento, podendo ser levada pela correnteza, pelo vento ou até por animais.. Neste grupo destacam-se: Eichhornia crassipes, Salvinia, Pistia, Le mna e Azolla.

f) Anfíbia ou semi-aquática: capaz de viver bem tanto em área alagada como fora da água, geralmente modificando a forma da fase aquática para a terrestre quando baixam as águas.

g) Epífita: que se instala sobre outras plantas aquáticas

SEU DESENVOLVIMENTO

Nos charcos e ás margens dos ribeirões crescem plantas que só se desenvolvem nos terrenos alagadiços. Entre as mais comuns, estão o aguapé e os juncos. Algumas plantas aquáticas, como o lírio-do-brejo, multiplicam-se tão rápido ao ponto de espalhar-se sobre um lago em apenas uma noite. Muitas plantas aquáticas, como o agrião, possuem raízes que penetram no solo, enquanto outras, como as lentilhas aquáticas e as utriculárias, alimentam-se só na superfície da água. Algumas espécies crescem inteiramente debaixo d’água, como a violeta aquática e a erva aquática canadense, considerada planta daninha nos reservatórios e lagos ornamentais. O trevo-d’água projeta-se no ar numa espiga de flores cor-de-rosa, enquanto as folhas ficam mergulhadas no meio aquático com uma vesícula aérea que flutua, mantendo a planta em posição vertical.

IMPORTÂNCIA

As plantas aquáticas desempenham um papel extremamente importante no funcionamento dos ecossistemas em que ocorrem, sendo capazes de estabelecer uma forte ligação entre o sistema aquático e o ambiente terrestre que o circunda.

Entre os importantes papéis desempenhados pelas plantas aquáticas, podemos citar:

-O de atuar como produtores primários, fornecendo a base da cadeia alimentar de ambientes aquáticos, pois são alimentos de peixes e de organismos aquáticos como algumas espécies de aves e mamíferos aquáticos (como as capivaras).

-Fornecem materiais de importância econômica para a sociedade, pois podem ser utilizadas como alimento para o homem e para o gado, fertilizante de solo, fertilizante de tanques de piscicultura ou abrigo para alevinos, matéria - prima para a fabricação de remédios, utensílios domésticos, artesanatos e tijolos para a construção de casas, na indústria têxtil, forrageira, medicinal e despoluidoras, recreação e lazer, pois são cultivadas em lagos artificiais como plantas ornamentais, etc.

Também há utilização de plantas aquáticas em estações de tratamento de efluentes, que vem sendo estudada e aplicada

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