Pesquisa Operacional

A Pesquisa Operacional surgiu com a necessidade de cientistas na Segunda Guerra Mundial de decidir sobre como utilizar de maneira mais eficaz os recursos militares limitados, como problemas de natureza logística, tática e de estratégia militar. Com os resultados positivos da Pesquisa Operacional, cientistas ingleses fizeram com que a disseminação começasse também nos Estados Unidos. Deste modo podemos dizer que a Pesquisa Operacional consiste na utilização de um método científico, como modelos matemáticos, estatísticos e algoritmos, para tomar decisões.

Chiavenato definiu que o processo de tomadas de decisões consiste em uma análise de várias alternativas possíveis do curso de ação que um indivíduo deverá seguir. Existem vários exemplos do processo de tomada de decisões, como a escolha de uma alternativa de localização dentre várias disponíveis, a determinação da melhor composição de uma carteira de ações, a escolha de uma entre várias alternativas que balanceia os recursos de produção, entre outros. Existem também vários fatores de tomada de decisões, eles são usados para embasar melhor a organização das tomadas de decisões, e como cita Liczbinski, esse complexo processo envolve fatores internos e externos ligados a organização, destacando-se ambiente, risco e incerteza, custo e qualidade, agentes tomadores de decisão, cultura organizacional e o próprio mercado. Todos esses fatores levam ao correto tratamento e análise, que proporcionam informações mais precisas e confiáveis.

Segundos Lisboa, um modelo é a representação simplificada de um sistema real, podendo ser um projeto já existente ou um projeto futuro. Um modelo é composto por três elementos principais variáveis de decisão e parâmetros, que podem ser contínuas, discretas ou binárias, função objetivo e restrições. A tomada de decisão é auxiliada pela Pesquisa Operacional na utilização de modelos que possam representar um sistema real. Desse modo existem fases para a elaboração de um estudo em Pesquisa Operacional, essas fases são definição do problema, construção do modelo matemático, solução do modelo, validação do modelo, implementação dos resultados e a avaliação final.

Dentre as ferramentas da Pesquisa Operacional temos os modelos determinísticos e estocásticos, além de outras técnicas. Os modelos determinísticos são os que todas as variáveis envolvidas em sua formação são constantes e conhecidas, gerando uma única solução exata e por vezes a solução ótima. Já nos modelos estocásticos são usadas uma ou mais variáveis aleatórias em que pelo menos uma de suas características operacionais é definida por meio de funções de probabilidade, fazendo com que sejam geradas mais de uma solução e buscando analisar os diferentes cenários, e sem garantia da solução ótima.

Referências bibliográficas:

Capítulo 1 – Pesquisa Operacional: Visão Geral