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Plano Bresser

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Por:   •  31/3/2014  •  2.175 Palavras (9 Páginas)  •  359 Visualizações

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UEMG – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS

GERAIS – CAMPUS FRUTAL

PLANO BRESSER

Frutal / MG

2014

KHEREN GOI ZELIOLI

MARINA APARECIDA DO NASCIMENTO

THAYMARA SOUZA DE ANDRADE

PLANO BRESSER

Trabalho apresentado ao Curso de Administração, 7º período A da UEMG - Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus de Frutal, da disciplina de Cenários Econômicos, sob orientação da Prof. Mirts Helena Chagas.

Frutal / MG

2014

INTRODUÇÃO

Com a posse do vice-presidente José Sarney na condição de presidente, teve início o período da chamada Nova República. A experiência de combater a inflação com uma política ortodoxa gradualista não teve sucesso, por isso essa política foi abandonada e em seu lugar foi adotada uma política heterodoxa: o Plano Cruzado.

Esse plano inicialmente apresentou bons resultados, tanto no campo econômico como no político. Os aumentos da renda nominal e da renda real das famílias estimularam o consumo. O aumento do consumo estimulou a produção, e a geração de emprego cresceu. A elevação da oferta de emprego fez crescer a renda familiar, o que também estimulou o consumo. O aumento do consumo fez melhorar as condições de vida das famílias. A pobreza e a miséria diminuíram significativamente.

Como conseqüência dessas condições econômicas favoráveis, o presidente José Sarney passou a desfrutar de uma grande popularidade, e o apoio político ao seu governo cresceu. Porém, passados alguns meses, o plano começou a apresentar problemas que levaram ao seu fim. Esses problemas, em boa medida, estavam relacionados com o crescimento do consumo, desequilíbrio do mercado de bens e serviços, financeiro e da balança comercial.

ORIGEM: PLANO BRESSER

Em meio à crise provocada pelo fracasso do Plano Cruzado, e com a inflação em alta no dia 24 de abril de 1987, o professor Luiz Carlos Bresser Pereira tomou posse como o novo ministro da Fazenda e dá início a uma correção larga e acelerada de preços, visando eliminar supostas defasagens para que um novo congelamento não fracassasse. Nos seus primeiros meses no cargo, o ministro Bresser manifestou a intenção de combater a inflação contendo a demanda, de aumentar as exportações para melhorar os resultados da balança comercial. Diferentemente do Plano Cruzado, ele não tinha como proposta acabar com a inflação, mas sim promover uma reversão da tendência inflacionária e alcançar taxas mais baixas de inflação.

MEDIDAS ADOTADAS

O plano tratava basicamente de preços, salários e aluguéis, quase não havia referência á política cambial ou a bancos e sistema financeiro. A intenção era apenas “organizar” a dinâmica de preços, salários, aluguéis e valores nominais. Um dos grandes problemas era o déficit público, pelo qual o governo gastava mais do que arrecadava, sendo que nos primeiros quatro meses de 1987, já se havia acumulado um déficit projetado de 7,2% do PIB. Com o intuito de diminuir o déficit público algumas medidas foram tomadas, tais como: desativar o gatilho salarial, aumentar tributos, eliminar o subsídio do trigo e adiar as obras de grande porte já planejadas, entre elas o trem-bala entre São Paulo e Rio, a Ferrovia Norte-Sul e o pólo-petroquímico do Rio de Janeiro.

As principais medidas do plano Bresser podem ser resumidas nos seguintes itens:

• Congelamento e controle de preços: no seu art. 1º, o decreto-lei determinava o congelamento, pelo prazo máximo de noventa dias, de todos os preços, inclusive os referentes a salários, aluguéis comerciais e residenciais (segundo os valores vigentes na data de lançamento do plano), mercadorias, prestações de serviços e tarifas do setor público (a equipe econômica trabalhou para evitar uma valorização da moeda, o que prejudicaria as exportações), nos níveis dos preços já autorizados ou dos preços à vista efetivamente praticados em 12 de junho de 1987;

• Fase de flexibilização: ficou definido também que, após esse congelamento de preços, haveria uma fase de flexibilização de preços, com reajustes mensais de preços salários, a fim de corrigir eventuais desequilíbrios herdados na fase anterior, após os ajustes da fase de flexibilização além do aumento das taxas de juros para que houvesse queda da inflação;

• Política Liberal: O plano estabelecia a liberação dos preços, estabelecendo um novo indexador, a URP (Unidade de Referência de Preços), que reajustaria os salários e determinaria os tetos para os reajustes de preços.

Logo no primeiro mês, a inflação caiu de 27,7%, em maio, para 4,5% em agosto. O congelamento provocou perda salarial e para evitar a queda do poder de compra do trabalhador, o governo voltou a permitir reajuste de salários. O Brasil retomou as negociações com o Fundo Monetário Internacional para o pagamento dos juros da dívida e a moratória, decretada em fevereiro de 1987, foi suspensa.

O grande objetivo era se adotar uma política monetária e fiscal rigorosa, com a intenção de reduzir o déficit público e impedir um crescimento explosivo da demanda como acontecera durante os primeiros meses do Plano Cruzado. Constata-se que o Plano Bresser, ao contrário do Plano Cruzado, encontrou a economia já em processo de desaceleração e procurou conservar este estado por intermédio de uma redução dos salários reais, assim como de uma manutenção em níveis elevados das taxas de juros e de uma ascensão da taxa cambial. O controle de preços foi feito em três partes:

1º Congelamento de três meses;

2º Flexibilidade de preços em três meses ou preços administrados;

3º Política liberal, por meio da tablita

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