Processo de Auditorias

Processo de auditoria

        A finalidade para uma auditoria é a emissão de uma opinião fundamentada por uma pessoa independente, capacitada, o objeto para essa analise pode estar em diversas formas, como um saldo contábil um documento, um formulário, entre outros.

        Para que possa efetuar uma auditoria de boa qualidade é preciso seguir um roteiro, começando em analisar a informação, avaliar a afirmação, obter elementos comprobatórios e por último emitir uma opinião.

        Analise da afirmação: primeira fase do processo, por ela procura-se buscar a origem dos dados, a complexidade, a relevância e o levantamento das perguntas a cada afirmação que venha contribuir para um bom planejamento do trabalho.

        Revisão analítica: é um instrumento auxiliar de planejamento e de analise, estabelece a abrangência de auditoria, podendo mostrar a existência de um risco de maior importância, deve-se questionar cada dado para se obter o maior número de informações possíveis.

        Planejamento: é a base de todo o trabalho, funcionando como um mapa montado para alcançar o objetivo, estabelecendo antecipadamente o que deve ser feito, como, onde, quando e por quem todo o processo da auditoria, não devendo se iniciar o trabalho enquanto o responsável pela auditoria não tiver examinado o planejamento. O conhecimento da empresa, das operações e as atividades, sabendo como e por que a empresa opera suas atividades, é de suma importância pois com isso terá mais ênfase sua análise, com isso o auditor poderá melhor aplicar suas técnicas de auditoria, deixando-o eficaz e eficiente.

        Com tudo avaliado, planejado e conhecendo a empresa por um todo, deve dar início aos conteúdos de planejamento, conforme a resolução CFC nº 1.035/05:

1. Cronograma: evidenciar as etapas, épocas, áreas, unidades e as partes relacionadas no trabalho a se realizar.
2. Procedimento de auditoria: documentar todos os procedimentos, sua extensão e oportunidades de aplicação, com obtivo de comprovar que todos pontos relevantes da empresa foram cobertos pelo auditor.
3. Relevância e planejamento: deve-se no planejamento considerar a ocorrência de fatos relevantes que possam afetara entidade e sua opinião.
4. Riscos de auditoria: deve-se no planejamento efetuar a avaliação dos riscos de auditoria para que assim sejam adequadamente programados os trabalhos.
5. Pessoal designado: em caso de incluir designação de equipe técnica, deve-se prever a orientação e supervisão do auditor, pois o mesmo será quem assumira todas as responsabilidades sobre o trabalho.
6. Épocas oportunas dos trabalhos: deve-se considerar no planejamento para definição da melhor época para a realização do trabalho o conteúdo da proposta aprovada, existência de épocas cíclicas nos negócios, épocas que será preciso a presenta física do auditor, época adequada para verificação dos estoques e outros ativos, momento adequado para confirmação de saldos e informações de terceiros, necessidade de cumprimento de prazo pré-fixados, fatores econômicos que afetam a entidade, possibilidade de utilizar de auditores internos e de especialista como auxiliadores do auditor externo, existência de fato relevante que possa afetar a continuidade normal dos negócios e por fim estipular os prazos para emissão de parecer e relatórios de trabalhos realizados.
7. Horas estimadas para execução do trabalho: ao elaborar sua proposta, nela deve conter uma estimativa de honorários e horas de trabalho.
8. Supervisão e revisão: a supervisão e revisão devem cobrir desde a etapa inicial até o termino do trabalho.
9. Indagação a administração para concluir o planejamento: deve ser discutido todo o planejamento a fim de confirmar as informações e possibilitar a utilização.
10. Revisões e atualizações no planejamento e nos programas de auditoria: o planejamento e programas de auditoria devem ser revisados permanentemente, a fim de avaliar possíveis modificações, essas modificações devem ser documentadas nos papeis de trabalho e ficar evidenciados os motivos das modificações.
11. Planejamento da primeira auditoria: a realização da primeira auditoria na entidade requer alguns cuidados, relados em três situações, caso nunca foi auditada requer mais atenção do auditor, pois a mesma nunca passou por esse processo; caso a entidade tenha sido auditada em um período anterior, permite uma orientação sobre o trabalho a ser realizado; caso não tenha sido auditada no período anterior, ficando assim um prazo em aberto sem auditoria, requer maior atenção nas demonstrações que não foram auditas.
12. Saldo de aberturas: deve examinar os saldos de abertura com os registros contábeis dos saldos de contas de ativo, passivo e patrimônio líquido.
13. Procedimentos contábeis adotados: o auditor deve revisar os procedimentos contábeis adotados no exercício anterior e naquele a ser auditado, a fim de efetuar a comparabilidade dos procedimentos.
14. Uniformidade dos procedimentos contábeis: devem ser uniformes as demonstrações de todos os exercícios, respeitando os Princípios Fundamentais da Contabilidade e as Normas Brasileira de Contabilidade, caso não respeite a esse critério dever ser objeto de discussão antecipada entre o auditor e a entidade.
15. Eventos relevantes subsequentes ao exercício anterior: caso nota-se situações com características relevantes em eventos do exercício anterior, deve imediatamente discuti-las com a administração e caso essas informações tenham sido auditadas, deve-se discutir com os auditores responsáveis.
16. Revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior: no planejamento da primeira auditoria, o auditor deve avaliar a necessidade de revisar os papéis de trabalho e dos relatórios emitidos por outro profissional da mesma área de atuação.

        Avaliação da informação: nessa segunda etapa do processo de auditoria, determina-se os métodos e medidas a serem seguidas para coleta de provas e informações, para determinas esses métodos e medidas é necessário examinar as circunstancia que influem na determinação da suficiência a ser alcançada. Existem fatores que podem a vir influenciar no processo de avaliação das afirmações, fatores como: Nível de controle interno, essa é uma parte essencial para efeito do todo o trabalho, sendo assim a existência de um bom sistema de controle interno reduz a possibilidade de erros e irregularidades; subjetividade inerente, esse fator implica em até que ponto determinada seção o trabalho de auditoria pode ser afetado por julgamentos e fatores que interferem na execução do trabalho da empresa, muitas vezes pessoas má qualificadas, com poucas experiência, possam vir afetar o andamento das operações, quanto menor a necessidade de chegar a usar essas pessoas na trabalho, menor será o risco da auditoria; integridades dos administradores, deve ficar atento a integridades passada pelos administradores, muitos podem negligenciar informações, esconder algo para se beneficiar ou até mesmo para evitar que falhas possa vir a aparecer no processo de auditoria; ponderação da relevância, todo planejamento deve ser efetuado a fim de que os eventos relevantes sejam identificados durante o processo de auditoria, a direção do exame de auditoria deve concentrar-se nas áreas importantes para quais os procedimentos compreendem um estudo profundo dos controles internos, sempre com uma formulação preparada para evidenciar as áreas de maior relevância; ponderação dos risco relativos, significa que para algumas empresas certas áreas de auditoria os riscos podem ser maior e para outras menor, sendo assim deve ser designado recursos adequados para cada situação, afim de amenizar a possibilidade de erros graves, o risco relativo de auditoria pode ser afetado pelo controle interno, pela complexidade, subjetividade inerente ou inexatidão, pela possibilidade de a administração exorbitar de sua autoridade no sistema, pela natureza da atividade, considerações ambientais e outros.

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