Projeto De Ensino
Trabalho Universitário: Projeto De Ensino. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pameleca • 16/5/2014 • 866 Palavras (4 Páginas) • 470 Visualizações
Sabe-se que a Pedagogia está passando por mudanças em seus currículos universitários atendendo uma sociedade cada vez mais exigente sendo notória a busca pelo Pedagogo para que o mesmo colabore em algumas instituições. Mas será que a atuação deste profissional realizando atividades em instituições não escolares é importante? O mesmo que tem a sua capacidade de ter seus olhos voltados para o todo, dentro de algumas instituições pode fazer a “diferença”? Que ambientes não escolares são estes?
O Pedagogo está praticamente dimensionado a interagir sempre em espaços escolares assumindo a classe regular de ensino como professor das primeiras séries iniciais, a coordenação pedagógica, a supervisão educacional, a orientação, a direção.
Ao focarmos o pedagogo em empresas, na área social e hospitalar este profissional assume um determinado perfil e isto historicamente deve-se ao fato de que a formação de professores/pedagogos no Brasil, esteve vinculada a preparação de profissionais para atuarem dentro da escola com o processo de ensino e aprendizagem.
Desde a escola tradicional jesuítica até nossos dias, uma dubiedade para esta formação se resume entre dois enfoques: o da técnica/ instrumental e o da operacionalização metodológica a partir dos estudos das ciências da educação. Em uma formação como aplicação prática, e em uma formação como aplicação da ciência da educação.
A partir de 2005, as Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia, traz em seu texto o objetivo central para a formação destes profissionais: docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas que formam professores; bem como, uma formação para participar do planejamento, gestão e avaliação nas escolas; e, ainda planejar, executar, coordenar, acompanhar e avaliar projetos e experiências educativas não-escolares.
E, se nesta relação educativa, acredita-se que a intervenção pedagógica vem sempre enriquecida pelas contradições existentes na realidade sócio-política, na qual estamos todos inseridos, professores e alunos, educadores e educandos, se crê também que esta relação pedagógica entre sujeitos vem repleta de tensões e conflitos que merecem aprofundamentos teóricos metodológicos.
Esses aprofundamentos é que desvelarão o ato emancipatório libertando os sujeitos através do trabalho que se executa: o trabalho pedagógico, o ato, o processo ensino-aprendizagem a que somos todos submetidos, em qualquer espaço, inclusive os não-escolares. Portanto pensar na formação do Pedagogo a partir destas considerações é refletir sobre uma práxis educativa necessária.
A Pedagogia é uma ciência da prática social da educação. Para Suchodolski (1977) a Pedagogia é a ciência sobre a atividade transformadora da realidade educativa. Esta atividade educativa que acontece em todos os espaços sociais, só é efetivamente educativa quando emancipa o cidadão. A emancipação, por sua vez só acontece quando existe o enfrentamento das contradições.
A partir da consciência de sua existência enquanto cidadão num mundo repleto de relações contraditórias, as quais devem ser enfrentadas e transformadas é que se estabelecem os processos de emancipação. A educação não se reduz à relação educando - educador no interior de um processo pedagógico intra-escolar. Ela se insere no processo social, como parte de um todo mais amplo, onde encontramos a sociedade, seus dinamismos e conflitos. Neste contexto importa assumir uma intervenção com o mínimo de intencionalidade.
Mesmo sendo uma educação não-formal e que pode alterar-se conforme a realidade e o momento histórico existem e exigiu-se uma intencionalidade, um eixo norteador que é o processo de emancipação social dos sujeitos envolvidos e articulados através do conhecimento socializado. É a Pedagogia um campo onde se efetiva a educação intencional. E, a educação intencional acontece quando educar passa a ser objeto
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