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Projeto Integrador - Getão Estratégica

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Por:   •  20/11/2013  •  4.141 Palavras (17 Páginas)  •  410 Visualizações

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A ECONOMIA GLOBALIZADA E SEUS EFEITOS NAS ECONOMIAS NACIONAIS

Em relação à globalização, podemos preliminarmente afirmar que vêm se atribuindo a determinados fatos proporções maiores do que as reais, isto é, alguns fatos aparentam ou são classificados como maiores do que realmente são. A partir disto, podemos nos referir ao excessivo crédito que o fenômeno da globalização exerce sobre as economias dos diferentes países. No Brasil, a partir da década de 1990, com maior intensidade.

Compreender o atual processo de globalização das economias e seus efeitos, em especial nos países em desenvolvimento, é na verdade procurar desvendar, não só ao público acadêmico, mas para a sociedade, a concepção do papel do Estado nesta nova fase do capitalismo pós-Segunda Grande Guerra, representada pelos agentes econômicos: as famílias, as empresas e o governo.

Em virtude da automação, da racionalização dos processos produtivos, do aumento da competitividade das empresas, apresenta-se uma crescente inelasticidade da oferta de empregos em relação ao nível de produção, evidenciando-se a necessidade cada vez menor da utilização do número de trabalhadores para gerar maior quantidade de bens, ou seja, a produção está dissociada do nível de emprego, a produção aumenta extraordinariamente com os ganhos de competitividade, mas os postos de trabalho não aumentam na mesma proporção.

Portanto, ao tratarmos da questão econômica, não podemos deixar de vinculá-la à reorganização do nosso sistema econômico, do sistema educacional e a participação da sociedade no esforço permanente em busca do desenvolvimento do País.

A educação torna-se um importante elo entre o emprego e a família no Brasil, principalmente, porque uma parcela significativa de chefes de família ainda são as principais fontes de renda familiar, lembrando que o termo chefe de família não representa necessariamente o gênero masculino.

Por hora, interessa-nos tão-somente ressaltar que as instituições familiares, integrantes do objeto de nosso estudo, foram apontadas como detentoras de um importante papel social e, como parte de um processo sócio-político dinâmico, poderão reagir às mudanças contextuais atuais e com elas interagir.

As mudanças sociais no País fizeram surgir uma nova realidade às famílias. As transformações que estão ocorrendo, na maioria das vezes sem o conhecimento das partes envolvidas, exigirão cautela na análise das causas e conseqüências da desestruturação ou reestruturação familiar.

A família constitui um ponto de ligação entre os membros do grupo familiar e a sociedade. Sob esta óptica, a família não só interioriza aspectos ideológicos dominantes na sociedade, mas também efetua a projeção em outros grupos dos modelos de relação criados e recriados dentro do próprio grupo.

O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO DAS ECONOMIAS

Podemos observar que ao final do século XX e início deste, a globalização das economias revela-se através de políticas liberais adotadas por inúmeros governos que vêm atuando sistematicamente a favor do mercado financeiro, dificultando a relação entre a produção e a utilização da força de trabalho.

Devemos aí colocar parênteses. As influências e créditos à globalização reforçam-se e ampliam-se com o uso excessivo da própria palavra que se revela, na verdade, na retórica de governantes – incluam-se aí os do Brasil – como maneira para abrandar e/ou justificar tanto a adoção de medidas impopulares como a inexistência de resultados prometidos ao longo das suas campanhas: crescimento econômico, elevação dos níveis de emprego e inclusão social.

O significado da palavra globalização para os ricos e poderosos é inteiramente específico, foi idealizado de forma particular, significando que a difusão desse processo tem uma única finalidade – servir aos seus interesses, baseado no livre mercado, na flexibilização do sistema financeiro e no fim das fronteiras nacionais dos países emergentes, pobres, periféricos etc. Evidentemente esse processo não se aplica aos países desenvolvidos.

Stiglitz salienta:

Em muitas situações, os benefícios da globalização têm sido menores do que seus defensores apregoam, e o preço pago tem sido maior, já que o meio ambiente foi destruído e os processos políticos, corrompidos, além de o ritmo acelerado das mudanças não terem dado aos países tempo suficiente para uma adaptação cultural. As crises, por sua vez, que trouxeram em seu rastro o desemprego em massa, têm sido acompanhadas por problemas de desintegração social de maior prazo – desde a violência urbana na América Latina até os conflitos étnicos em outras regiões do mundo, como na Indonésia. Esses não são novos, mas a reação cada vez mais veemente no mundo todo contra as políticas que impulsionam a globalização é uma mudança significativa.1

O que deveria ser correto afirmar é que a globalização, ao contrário do que muitos defendem, é a supremacia de um grupo social sobre outros; em outras palavras, estamos assistindo à hegemonia do processo de internacionalização do mundo capitalista. O atual processo de globalização pode ser entendido, de certa forma, como o apogeu da ideologia capitalista.

O professor Milton Santos elucida:

Hoje haveria um motor único que é, exatamente, a mencionada mais-valia universal. Esta se tornou possível porque a partir de agora a produção se dá em escala mundial, por intermédio de empresas mundiais, que competem entre si segundo uma concorrência extremamente feroz, como jamais existiu. As que resistem e sobrevivem são aquelas que obtêm a mais-valia maior, permitindo-se, assim, continuar a proceder e a competir.2

Fica claro na ideologia globalizante em curso que as influências seletivas no processo da comunicação de massa foram largamente utilizadas: as características do comunicador, a capacidade exercida pelo poder da oratória dos defensores do neoliberalismo sobre a multidão, o conteúdo das mensagens com característica intimidadoras e ao mesmo tempo unificadoras. Assim se difunde a inserção do País às novas regras para caminharmos rumo ao desenvolvimento, mas o que estamos assistindo é o inverso: a perpetuação do atraso e a subordinação.

A GLOBALIZAÇÃO E O DESEMPREGO NO BRASIL

O processo de desenvolvimento econômico brasileiro, no início do século XX, já se mostrava desigual, estruturado no modelo de produção capitalista, resultado da colonização e do escravismo. A economia brasileira teve seu desenvolvimento industrial subordinado a poderosos grupos capitalistas internacionais,

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