Proposta Curricular

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1. ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL

Buscamos, já há vários anos, um repensar da Educação, mas, essa necessidade encontrou condições mais propícias e urgências a partir de 1996, momento em que a nova L D B 9394/96 começou a exigir reformulações na Educação Nacional. Com isto, o Ensino Municipal passou a sofrer mudanças estruturais, deixando de ser organizada de forma seriada e passando a ser organizada por ciclo de formação.

As mudanças estruturais ocorridas dizem respeito apenas ao ensino fundamental, porém, a Educação Infantil passou por mudanças significativas que valem ser ressaltadas:

Ao longo de toda a história da educação infantil, ficam evidenciados os diferentes discursos baseados nas mais diversas teorias sobre concepções da infância e como a mesma deve ser atendida em instituições coletivas.

Entendemos que para nós a educação infantil deve oportunizar a criança uma passagem adequada do primeiro círculo mais estreito, a família, para o círculo mais amplo, a escola. Para tanto a proposta pedagógica da educação infantil deve organizar o currículo sem cair no exagero de atividades acadêmicas ou de disciplinamento estéril e os educadores devem estar acolhendo, estabelecendo limites com energia e sensibilidade, desafiando a curiosidade e a criatividade das crianças, alegrando-se com as conquistas individuais e coletivas das mesmas e promovendo a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade entre elas.

Consideramos, ainda, fundamental neste nível de ensino, entender o comportamento da criança e investigar os caminhos do desenvolvimento da psicologia da criança.

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1.2 ESTRUTURA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Quando pensamos uma estrutura curricular, e em especial, o da educação infantil não pode deixar de ressaltar que nela precisam existir alguns princípios norteadores, que provoquem na escola uma organização diferenciada, evidenciem uma concepção educacional e considerem a criança sujeito de direitos. Abaixo apontamos alguns princípios possíveis que devem ser considerados na educação infantil, são eles:

- O planejamento deve estar permeado pela concepção da infância, considerando as crianças como sujeitos de direitos e respeitando as características do desenvolvimento em cada uma das diferentes faixas etárias.

- O trabalho pedagógico deve buscar reconhecer a realidade sócio-econômico-cultural das crianças e de sua comunidade, tomando-a como ponto de partida.

- As atividades de ensino e de aprendizagem devem proporcionar a descoberta e a criatividade.

- A história de cada grupo e do coletivo deve ser registrada para que ocorra a reflexão e o planejamento do seu fazer, num processo de formação permanente.

- A partir da vivência de situações concretas e significativas, viabilizar uma leitura crítica do mundo onde ocorram estudos, análises, reflexões, discussões e avaliações permanentes.

Quando a criança entra na escola de educação infantil, o círculo de pessoas se amplia e as relações com estas pessoas “são mediadas pelas relações que ela estabeleceu no primeiro círculo mais estreito”. É um momento que exige atenção, pois parece que seu modo de vida está mudando totalmente.         

No mundo das relações da criança, entre seus iguais, existe um espírito de grupo, e aí a professora desempenha um papel fundamental, na medida em que sua atenção é indispensável para a criança. No final deste período a criança pode estar até lendo, mas este fato não pode permitir que esqueçamos que ela vive um processo de desenvolvimento que trás em si a maturidade própria da sua idade e que isso colore todo o seu conhecimento, não havendo uma superioridade definidora do conhecimento formal sobre suas bases psicológicas.

Para avaliarmos o desenvolvimento da criança, devemos nos deter na sua atividade, como ela constrói esta atividade nas situações concretas.

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11.1. MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

MODALIDADE: EDUCAÇÃO BÁSICA

SUB NÍVEL: EDUCAÇÃO INFANTIL

TURNO: MATUTINO E VESPERTINO

NÍVEL: REGULAR

Na educação infantil o conhecimento parte de situações reais, concretas e também da socialização, estás, por si constituem totalidades e interdisciplinares. No quadro abaixo, mostraremos uma matriz curricular para a educação infantil.

Áreas de Base Nacional Comum Lei 9394/96, art. 26	Dimensão Globalizada	CHS	CHA
Linguagens	Artes, Educação Física, Coordenação motora, percepção visual e música.
Natureza e Sociedade	Eu, Família, Casa, Escola, Comunidade e Meio Ambiente.
Matemática	Discriminação, comparação, Identificação, Tamanhos e formas.
TOTAL		20	800

LEGENDAS CHS - CARGA HORÁRIA SEMANAL CHA – CARGA HORÁRIA ANUAL

N° de Dias Letivo Anual: 200 N° de Dias Letivo Semanal: 05 N° de Semanas: 40 Carga Horária da Matriz: 800

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1.3 TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Entendemos educar, neste período, como cuidar das relações afetivas, dos aspectos biológicos do corpo, da alimentação, saúde e acesso aos conhecimentos.

Eis porque o cuidado é entendido como uma forma abrangente de proteção à saúde, alimentação, a segurança, o afeto, as atividades que permitam a exploração e a descoberta. O aspecto cognitivo enfatiza tanto o desenvolvimento das estruturas do pensamento quanto de conhecimentos específicos. Como tratar então esta “especificidade” do conhecimento dentro da dimensão de “amplitude desejada no trato do mesmo?”.

Na busca de explicação desse questionamento, cabe dizer, em primeiro lugar, que produzir conhecimento distingue-se de adquirir informações na medida em que o ato de conhecer implica a produção da diferença no interior de uma dada composição contextual. Conhecer passa por perceber e interferir no contexto vivido, isto é, significa olhar atentamente os ganchos e conexões que se estabelecem na totalidade das dimensões de nossas vidas, reconhecer a abertura de canais de transversalização e acolher a diferenciação que se opera no interior de cada um.