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Qualidade e uso da água subterrânea em Ipatinga-MG

Por:   •  9/3/2018  •  Projeto de pesquisa  •  5.236 Palavras (21 Páginas)  •  369 Visualizações

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qualidade e uso da água subterrânea em ipatinga-mg

Júnio César Silva Lopes

Rinara de Sá

Thamara Ribeiro Araújo

Professor orientador: Jacsan Ferreira

Colégio CEST

resumo

        A utilização da água subterrânea tem grande relevância para o consumo humano no Brasil. É um meio importante de captação de água para consumo humano no Brasil. Os conceitos utilizados nesta dissertação temas como hábitos de consumo, análise da qualidade da água subterrânea da cidade de Ipatinga-MG, o uso e os impactos que a qualidade tem na saúde da população. Realizou-se uma coleta de dados com alguns moradores que utilizam a água subterrânea em Ipatinga para avaliar o modo de construção dos poços, a regularização e se analisavam água que utilizam. Também foram realizadas duas análises de poços para demonstrar os elementos presente na água subterrânea e qual o principal problema encontrado na água da região. O trabalho propõe uma visão ampla sobre o cenário, apresentando seus principais problemas, como identifica-los e trazer as principais soluções para solucioná-los.

Palavras-chave: Qualidade – Água Subterrânea – Poços – Análise laboratorial

  1. Introdução

A água é o elemento essencial para o desenvolvimento e a manutenção da vida, mas somente 3% das reservas existentes no planeta são constituídas de água doce. Desse total, apenas 0,3% pode ser aproveitado para o consumo humano, sendo 0,01% de origem superficial (rios e lagos) e 0,29% subterrâneas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – ABAS, 2014). Os mananciais restantes são constituídos por geleiras, vapor de água e lençóis existentes em grandes profundidades, o que torna inviável economicamente seu aproveitamento para o consumo das populações.

A maior parte de reserva de água doce do planeta não é encontrada de em condições de potabilidade grande partes dos mananciais existentes, principalmente os superficiais, estão muito poluídos pelo lixo gerado pela população e por resíduos sólidos e químicos, portanto essa água precisa de um tratamento rigoroso para se tornar potável.

De acordo com Faustino et al. (2013) as águas subterrâneas são consideradas de fundamental importância para o equilíbrio natural dos ecossistemas, além de servir como reserva de água para abastecimento público. Em geral apresentam melhor qualidade do que as águas superficiais (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB), contudo, como observou Medeiros filho (2014), as águas subterrâneas podem ter sua qualidade afetada por condições naturais do solo, através da incorporação de impurezas durante os processos de precipitação, escoamento superficial, infiltração e percolação em concentração fora dos padrões permitidos pela Portaria 2914/2011/MS, por isso, tornando indispensável à verificação e o acompanhamento de sua potabilidade.

 Para que a água subterrânea seja considerada potável, é necessária a realização de análises microbiológicas e físico-químicas, a fim de verificar se ela está dentro dos padrões de potabilidade para consumo humano, estabelecidos nas normas vigentes do país.

Segundo REBOUÇAS Brasil as reservas de água subterrâneas são estimadas em 112.000 km³ até uma profundidade de 1000m e estão distribuídas em dez províncias hidrogeológicas. Essas águas são aproveitadas por fontes ou poços que podem alcançar profundidades de mais de 1500m. As vazões obtidas variam de quase zero até cerca de 1000m³/h. A exploração da água subterrânea requer uma autorização emitida por órgão estadual credenciado como o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), determinado de outorga, ou uso insignificante, para obtenção da licença ambiental. Os critérios estão dispostos na Deliberação Normativa CERH n° 09, de 16 de junho de 2004, para captações e acumulações superficiais, e captações subterrâneas por meio de cisternas, nascentes e surgências, e na Deliberação Normativa CERH n° 34, de 16 de agosto de 2010, para captações de águas subterrâneas por meio de poços tubulares.

Cerca de 60% da população brasileira é abastecida por fins domésticos por águas subterrâneas, sendo 6% por poços rasos, 12% fontes e 43% por poços fundos. Entorno de 15,6% dos domicílios utilizam exclusivamente água subterrânea para seu abastecimento (Agência Nacional de Águas – ANA 2005).

Dessa forma, o presente trabalho apresenta como objetivo avaliar a qualidade microbiológica e química das águas subterrâneas para consumo humano provenientes de poços na região de Ipatinga, bem como identificar influências do meio na qualidade e analisar os impactos da utilização dos poços na saúde da população da região. Para que isso seja feito, serão analisadas amostras de águas dos poços da região e uma pesquisa de campo com os moradores que utilizam essa água, para que se possa comparar os resultados e saber os efeitos causados por seus componentes e como isso afeta a saúde de seus consumidores.

2. qualidade da água subterrânea

De acordo com a Portaria nº2.914/2011, do Ministério da Saúde, “a água para consumo humano tem que ser potável, destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e a higiene pessoal, independentemente, da sua origem”, grande parte da população tem usado fontes naturais e poços artesianos como forma de abastecimento de água.

A portaria nº2.914/2011 do MS, em seu artigo 4º, estabelece que “toda água destinada ao consumo humano proveniente de solução alternativa individual de abastecimento de água, independentemente da forma de acesso da população, está sujeita à vigilância da qualidade da água”, realizadas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. A legislação define ainda a quantidade mínima e a frequência em que as amostras de água devem ser coletadas, bem como os parâmetros e limites permitidos (Duarte 2011).

        O crescimento da utilização de água subterrânea foi acompanhado da proliferação de poços construídos sem critérios técnicos adequados (Zoby, 2008), isto é, poços perfurados sem levar em conta as normas de regulação em vigor, de maneira que toxinas presentes no solo e nos aquíferos mais rasos infiltrem no poço, e por consequência tornem a água imprópria para uso.

Poluentes oriundos de diversas atividades e produção humana contaminam o solo, fazendo com que a água subterrânea seja cada vez mais propensa à poluição. A implantação de residência em locais sem saneamento básico; uso intensivo de pesticidas e fertilizantes; uso intensivo de combustíveis fosseis; presença de cemitérios próximos, metais pesados entre outros, contribuem para a constante poluição do solo e da água. Desta forma, ao furar um poço e não fazer um tratamento adequado estará ingerindo água contaminada que poderá contribuir para o aparecimento de diversas doenças.

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