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RELATÓRIO DO LIVRO AO PROFESSOR, COM O MEU CARINHO (RUBENS)

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Por:   •  30/9/2014  •  600 Palavras (3 Páginas)  •  2.890 Visualizações

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Rubem Alves inicia o livro exemplificando sobre os perigos da leitura, e critica a forma de ensino tanto no ensino regular público como também nas universidades, pois de acordo como ele a obrigatoriedade de se ler e falar sobre algo que querem, faz com que os leitores perdem suas próprias ideias e a capacidade de pensar por si só. Rubem cita um exemplo vivido na UNICAMP quando era professor, ele havia sido designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, que segundo ele: “é um sofrimento”, pois sempre que terminava sai com um sentimento de culpa já que era muito curto o tempo para decidir a vida escolar de uma pessoa.

Rubem Alves combinou com os colegas professores que fariam uma única pergunta aos estudantes para observar quais se sairiam melhor diante da questão;

- “Fale sobre aquilo que você gostaria de falar?” A maioria esperava poder falar dos autores que estudaram e memorizaram, não conseguiram expressar seus pensamentos, entraram em pânico.

Segundo ele, a leitura é uma forma para ampliarmos nosso pensamento não devemos fazer dela, ideias principais em nossa memória, devemos utilizar para expandir nosso conhecimento e não para memorizarmos, como nos ensinaram a fazer desde a infância e sim aprender a pensar criar, tirar nossas próprias conclusões, melhorando a arte de pensar.

Rubem Alves encontra nas obras de Nietzsche, palavras que expressam e explicam em seu ponto de vista o verdadeiro significado do que é o pensar.

Segundo Nietzsche:

“E, no entanto, eu me daria por feliz se as nossas escolas ensinassem uma única coisa: o prazer de ler!”

Rubem explica que para ter um ensino de qualidade é preciso ensinar as perguntas e não as respostas, pois através do vazio e do anseio de procurar a solução, aprendem a ter prazer de ler, e assim obtém a sabedoria.

Segundo ele a sabedoria é a inteligência, vem pela procura do que é desconhecido, e que habilidades é a automatização para se resolver exercícios e não devem ser confundidas.

O autor também usa conceito de analogia sobre o ato de amar e o ato de ensinar, “pois é na mente que o pensamento procria”.

Rubem critica os vestibulares, por acreditar que são pragas da Educação Brasileira, deveriam ser abolidos, pois deformam a educação.

Os alunos precisam ter fome de aprendizado, de palavras, de conhecimento e de saber, e cabe ao professor o dever de provocar a fome, nada de entregar o queijo e a faca na mão, conhecimentos devem ser nascidos do desejo. “A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede.”

No capítulo final, Rubem Alves descreve o pensar:

“o pensamento é como a águia que só alça vôo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe.... para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas... somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido... A tarefa primordial do professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda... O grande perigo é deixar os alunos dentro das escolas num passado cristalizado, o mais importante é o que se pode ser explorado com as asas do pensamento, e deve se chegar

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