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RESENHA SOBRE A MUDANÇA NA MÚSICA

Por:   •  5/10/2020  •  Resenha  •  1.225 Palavras (5 Páginas)  •  137 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

SILAS DA SILVA GOMES

Título: A nova educação como meio de reforma nacional

Texto: O manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932)

O escrito diz como surgiu a recepção e o desenvolvimento dos ideais recomendados para a Educação Nova no Brasil durante o período da Segunda República. O primeiro tópico inicia externando que a educação é o problema mais grave do país, superando inclusive os de ordem econômica da época. Mesmo com o atual desenvolvimento econômico do país, acredito que a educação seja não apenas o mais grave, mas a base de todos os impasses, uma vez que o crescimento de uma economia depende de mentes concebidas para colaborar e agir com esse desenvolvimento.

O sistema educacional anterior a esse período mostrava-se dividido, dominado pelo empirismo e sem cultura própria determinada a estabelecer os fins e objetivos para a educação. Tal desordem deveu-se à falta de espírito científico dos educadores, devido à formação que visava o ensino da teoria dissociada da prática educacional.

Os precursores da Educação Nova introduziam mais filosofia e metodologia científica para a resolução das divergências que haviam na educação. Por terem caído na mesmice e no egoísmo, as velhas instituições já careciam de uma nova forma de funcionamento. Já em toda a América Espanhola haviam conversões na área educacional, e no Brasil não poderia ser diferente. Levar a educação para ambientes além da escola e transformá-la a fim de persuadir a sociedade foram objetivos da reforma proposta. Conforme Alberto Torres, os movimentos de mudança que são recomendados no Brasil dificilmente chegam à sua integral conclusão, pois não assemelhamos ou filtramos as ideias o bastante para vivê-las como ensinamento. Porém, para os educadores adeptos da Educação Nova, a reforma em questão possui bases firmes para fundar uma nova forma de ser em todo o campo educacional, já que ela analisou a educação observando a origem de cada problema.

Uma bela citação de Ernesto Nelson aponta que a educação não é uma exclusividade socioeconômica, mas um “caráter biológico” do ser humano, sendo direito de todo indivíduo ser educado “até onde aprovem suas aptidões naturais”. Esse trecho vem provar o direito e o dever à educação não como ordem, mas como necessidade humana. A educação como concepção de vida irá se despir de convicções burguesas e chegar a uma posição mais social, preocupando-se em atender não aos interesses de classes, mas os do próprio indivíduo. A personalidade humana deve ser respeitada e estimulada a desenvolver-se, e a educação não tem o direito de transformar os homens em “máquinas do trabalho”. O manifesto evidencia quais são as obrigações educacionais do Estado, começando pela educação como função principalmente pública. A família também possui seu papel, e as práticas educacionais escolares e familiares devem agir unidas, através da colaboração entre pais e professores. Essa ideia tem estado perdida ultimamente, pois os pais veem a escola como fonte completa da educação e sem adicionais, e isso ocorre muitas vezes por falta de tempo para educar pessoalmente os próprios filhos. Também são abordadas as questões da escola única, laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação. Todos esses fatores são assentados para instituir a educação comum a todos e simplificar o processo educacional, não apenas para os educandos, mas também para os educadores.

Em seguida são apresentadas as funções educacionais:

  • Unidade: se a educação procura formar o indivíduo como um total, ela também deve ser única. Os manifestantes enfrentam contra tudo que possa quebrar a unidade educacional.
  • Autonomia: a unidade educacional estará ameaçada se o controle da educação estiver em mãos do Estado. Portanto, as instituições educacionais devem ser dirigidas e coordenadas por técnicos e educadores cientes dos problemas da educação e instruídos para resolvê-los.
  • Descentralização: o conceito de unidade não implica centralismo, mas multiplicidade. A descentralização objetiva desenvolver um plano comum a ser seguido por todo o país, entretanto, adaptando-o de acordo com as propriedades de cada região.

 O processo educativo enriqueceu-se quando conseguiu escapar do empirismo e atingir uma visão mais científica e experimental. A antecessora educação era pensada por acréscimo e o aluno era “moldado exteriormente”. A Nova Educação gera o processo educativo como sendo uma reforma que vem de dentro para fora, e deixa de ser mecânica para se tornar viva. As atividades deixam de ser controladas e intelectuais para serem espontâneas e de acordo com as necessidades do indivíduo. Esse último aspecto mostra-se, a meu ver, sem autenticidade enquanto se pretende uma unidade educacional, pois se cada um segue no seu próprio balanço de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, o resultado final será no mínimo diverso.

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