Resenha As Martilhas de Hobbes
Por: melissalinda • 10/7/2015 • Resenha • 2.031 Palavras (9 Páginas) • 371 Visualizações
UNESPAR
Curso – Pedagogia
ALINE PAIFER WAGNER
MELISSA LAZAROTTI DA CONCEIÇÃO
Resenha –As Martilhas de Hobbes
2o Ano – Diurno
2o Semestre
Paranaguá, 2014
SANTOS, Maria do Socorro; MESQUITA, Peri. As Matilhas de Hobbes: o modelo da pedagogia por competência. São Paulo: Mesquita, 2007.
Pedagogia de competências é questionada por ser um método apenas voltado para a concepção neoliberal para capacitação de bons empregos para o mercado.
O neoliberalismo é considerado por Gentili (1998) como ‘’ filho do liberalismo’’, esse com o intuito que o estado garanta suas propriedades. Sendo um estado burguês, o governo protege os proprietários, esses tem direitos e são os cidadãos enquanto os que apenas tem a força de trabalho estão subordinadas. Assim as classes são bem diferenciadas : proprietários e não proprietários.
O neoliberalismo tem suas raízes no liberalismo, construindo nos povos a aceitação de serem subordinados, em nome do livre mercado, sendo uma servidão moderna.
A concorrência é mais poderosa arma que a burguesia usa contra os próprios operários, a livre concorrência gera sofrimento, desemprego, baixo salário, uma luta de todos contra todos, porque causa pânico do desemprego, pois são chantageados com o mesmo. Assim a falta de solidariedade e cooperação provoca a exclusão, esses reflexos são mais danosos em países menos desenvolvidos.
O continente latino- americano foi pioneiro no neoliberalismo no Chile com Pinochetem 1973, em uma ditadura cruel, depois foi implementada na Inglaterra com Margareth Tatcher em 1979, e em 1980 na América do Norte com Ronald Reagan.
Com as políticas neoliberais o progresso técnicocientífico submeteu-se a um crescimento desproporcional entre bens de consumo e bens de capital, isso quer dizer que os riscos obtiveram mais riquezas e os pobres empobreceram ainda mais. Com essa nova tecnologia o capital financeiro opera em alta escala, o capitalismo eletrônico com informações rápidas e sem incertezas, essa tecnologia estimula economistas de grandes empresas transnacionais.
Segundo Genro (1998) com a globalização e a tecnologia a produção é desviada para países que o trabalho não é valorizado, causando eliminação da autonomia desses países, desemprego, trabalhos precários ocasionando anulação do direito de cidadão, com isso vem as drogas, alcoolismo, violência entre outros....
A autora nos assegura que estamos vivendo em uma época de perigo virtual, que os seres humanos ( classe dominante) vivem em um pensamento único voltado somente para o lucro, algumas regiões ainda lutam para não entrarem nesse mundo ‘’civilizado’’, porém são excluídas e hostilizadas.
Os donos do capital agridem os trabalhadores oferecendo subempregos e salários baixos e desmoralizam os sindicatos, os trabalhadores sempre são chantageados pelo desemprego, com isso trazendo uma censura esmagadora que impede a mobilização e a reinvindicação. O neoliberalismo defende a propriedade essa escondida nas empresas transnacionais e do capital financeiro, causando efeitos catastróficos na classe menos favorecida, agravando ainda mais a distribuição de rendas.
No Brasil segundo Gentili (1998) com o Consenso de Washington gerou alguns impactos como: ajuste fiscal, redução do tamanho do estado, fim das restrições ao capital externo, estado mínimo, privatização dos serviços públicos, redução de gastos públicos, mercado econômico livre e instável, projeto de diminuição do custo monetarista e especulativo, flexibilização das relações de trabalho, desemprego e emprego não formal, desmonte de sindicatos, medidas que alicerçam o neoliberalismo, a estabilidade da moeda e o corte do déficit público.
Com o neoliberalismo a educação obteve um novo objetivo mercantilista a reduzindo a mercadoria, a qualidade educacional e os conteúdos específicos valoriza o mérito e a competição, o mercado é que regula as políticas educacionais. As reformas econômicas na América Latina foram homogêneas sem importarem com as peculiaridades de cada região.
As políticas educacionais descentralizam a responsabilidade federal e as passou para o município, assim impedindo que o estado interfira, essas mudanças vieram importadas da Europa, como a Pedagogia de Competências. No Ministério da Educação encontra-se vários intelectuais competentes que trabalham para elaborações de reformas que o Brasil necessita para sair da crise, há também os especialistas internacionais pagos pelo Banco Mundial para impor suas ideias neoliberais e patrocinam editoras que difundam as políticas dessa agência financeira de forma sútil e suave.
A nossa realidade brasileira não condiz com políticas generalizadas vindas da Europa, mesmo o Pedagogo sendo competente conseguirá coordenar essas políticas curriculares, pois o Brasil necessita de políticas voltadas para a nossa realidade e não de receitas prontas internacionais.
A partir do segundo capitulo as competências já ficam de forma mais clara e coesa, onde podemos conhecer a origem desta palavra e saber como ganhou grande ênfase no campo educacional. Pois a competência está em várias áreas e com determinados afins, no campo jurídico e empresarial. Com a Revolução Industrial as competências se desligam da área jurídica e se instala e se estabiliza nas áreas empresariais, ganhando força após a II Guerra Mundial. O próximo passo do termo “Competências” foi no campo educacional, onde o neoliberalismo passou a influenciar as políticas públicas, definição do currículo, a nomenclatura escolar e as praticas educacionais. Sendo assim o fundamento para adaptação para o mercado de trabalho e um grande efeito negativo para as políticas publicas educacionais, assim este termo torna-se uma ideologia, pelos espaços sociais políticos e econômicos,
Os autores com óticas diferenciadas, também como um conceito próprio a respeito do assunto.
A economia brasileira na década de 1980 passou por uma grande mudança ideológica, devido à entrada de empresas multinacionais com meios de produção mais avançados, sempre visando a excelência, e diversas características que demonstram a verdadeira vantagem das empresas estrangeiras sobre as nacionais. A competitividade era desleal, o que fez indústrias do Brasil buscar o aperfeiçoamento tanto industrial como pessoal. Assim, é implantada indiretamente a busca por melhorias da competência no ideal dos brasileiros.
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