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Resenha Hobbes - O medo e a esperança

Por:   •  18/1/2018  •  Resenha  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  502 Visualizações

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Resenha[1]

RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: O medo e a esperança. In: WEFFORT. Maria Tereza Sadek, Renato Janine Ribeiro, Leonel Itaussu Almeida Mello, At All, Francisco C. Weffort (org). Clássicos da Política vol.1, cap.3, p.42-64. 1 ed. – São Paulo. Editora ática, 2011.

Arielly do Socorro Carvalho da Silva[2]

Sérvulo Augusto Ramos dos Passos[3]

Resumo:

A partir do texto é verificado que ao se falar de Thomas Hobbes logo é preciso procurar por suas características mais inquietantes, neste sentido surge ao questionamento a proposição de que é preciso criar ferramentas para “controlar” a natureza humana. Sim, pois sabe-se que tais indivíduos se apresentam de forma essencialmente bruta em muitas de suas ações e atividades, daí sugere-se que estes são capazes através do menor estado que seja de remorso, por exemplo, de finalizar a existência que lhe é alheia. A isso o filosofo chama de Estado de Natureza (onde o home desfruta de tudo por direito natural e absoluto), em função deste dito direito de natureza atrela-se a liberdade individual onde usa-se até a força para a preservação própria.

Palavras-chave: Estado de Natureza. Leis da Natureza. Leviatã.

Esta resenha é norteada pelo texto Hobbes: o medo e a esperança escrito por Renato Janine Ribeiro que é Professor-titular da cadeira de Ética e Filosofia política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em 2001, graças à obra "A Sociedade Contra o Social" (Editora Companhia das Letras), bem como foi condecorado com a Ordem Nacional do Mérito Científico, em 1998, e com a Ordem de Rio Branco, em 2009.  Os textos A marca do Leviatã (1978), A sociedade contra o social: o alto custo da vida pública no Brasil (2000) também assinado por Renato.

Dadas as considerações, marcamos Thomas Hobbes sendo um autor defende que desde seus primórdios o homem é o detentor de poder sobre as coisas onde muitas dessas são causadas por e para ele, não existiria se assim for admitido como correto compreensões divinas regentes sobre a vida ou as demais atividades e fenômenos ocorridos na existência destes homens.

Por estes fatores a “máquina natural”, ou seja, o homem de Hobbes é submetido a uma constância de combinatividades que reúnem causas e efeitos. Este mesmo apresenta uma capacidade que é comum em todos os outros homens, assim compreende-se que ele age e delibera por meio dos desejos que ele agrega. Então, tudo o que é bom para o homem aloca-se na satisfação dos seus apetites (honra, poder, etc.), e o que é mal se dá em vista daquilo que lhe contraria tais desejos (a morte é tida como o maior infortúnio).

Alguns pontos são importantes sobre a analise hobbesiana, pois estes mesmo esclarecem de forma mais acertada o que ele pretendeu dizer em determinadas intercalações de seu pensamento, sendo estes os que seguem. O ponto 1 – a guerra se generaliza. Bem aqui percebemos que por haver a ideia de um grau de igualdade entre os homens, ela derivará também para o sentimento de esperança nas possíveis conquistas que podem ser objetivadas por ambos e ao mesmo instante, a isso se tem a ação humana como norteadora dos caracteres posteriores desta relação, ou seja, se não houver um norteador (ciência política) dessas ações o estado de guerra se faz presente bem como a disposição ruma a tal empreitada, já que a inimizada lhes é comum.

Em seguida aprece o ponto 2 – como por temo a esse conflito? Frente a esta perquirição o dialogo desenvolvido por Hobbes infere que dentro das margens da Lei da Natureza é possível administrar as ações humanas, assim estes indivíduos terão suas condutas avaliadas e algumas proibições serão efetivadas, com o princípio da conservação de suas particularidades. Porquanto que, se os homens vivem em constante estado de guerra (todos tem direito a todas as coisas) é preciso em função da ciência hobbesiana promover segurança entres eles. Se pensarmos em uma realidade como a do Brasil esta posição do filosofo parece ser muito bem acertada, ora é comum presenciarmos lutas e disputas entre grupos sociais como é o caso “polícia x ladrão”.

Mesmo com todas as disposições da lei do Estado Nacional constantemente lamentamos o número de mortos, desaparecidos e feridos de ambos os lados, então nada mais útil do que inserir mecanismos cerceadores (Leviatã) no meio desta realidade afim de reestrutura-la. Pois bem, o homem pode exercer seus direitos a defesa própria (liberdade), mas o homem também tem por obrigação (lei) e dever (moral) que agir em prol de uma paz necessária e possível.

Por conseguinte, apresentamos uma outra observação sobre o ponto 3 – igualdade e liberdade. Estes dois expoentes são desconexos da sua carga comum que é almejada pelos homens, pois a esses o próprio Hobbes designa primeiramente como já foi elencado aqui que: a igualdade dá as condições factuais para a guerra e isto não é bom para a existência humana. De outro modo, a liberdade afere-se a compreensão de que ao assinar um contrato nossas possibilidades de sobrevivência, segurança e paz aumentam, pois como nos vemos incapazes de nos resguardar enquanto atuantes no estado de natureza o mais viável é direcionar o poder a representatividade do Soberano (ser capaz e cioso da vida, regente sábio e preocupado, legislador e juiz).

A seguir observamos a reflexão de Hobbes sobre a parte descrita no ponto 4 – O Estado, o medo e a propriedade. Ao escavarmos um pouco sobre as ideias do autor nos surgem algumas concepções sendo estas as mais aparentes: o Estado é o detentor da morte e também da bonança, por isso o poder exercido pelo mesmo dar-se-á de forma um tanto simbólica, porque nesta perspectiva não há uma “eminencia de ataques” mas digamos que alguns recados do que pode vir a ser a ação do soberano sobre seus súditos, e como estes assinaram o contrato ficam atrelados ao que foi acertado em seus termos, isso gera certa estabilidade na mais rasa interpretação.

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